GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

quarta-feira, 27 de julho de 2011

INCISA ENTREGA

Incisas vontades viradas do avesso
Meu corpo entregue ao teu
Num desejo insano firme e espesso
Teu corpo em cima do meu

Penetrado em poesia de flor fechada
Gozo em detalhes de corpos em desalinho
De fluidos saliva suor a pele molhada
E um falo túrgido possante a caminho

Num encaixe em delírios calafrios cedências
Prazer transborda do teu falo latejante
Flor de lótus se abre carícias transparências
Seduzida amada táctil seiva pulsante

Mãos sobre seios ávidos de apertos ternura
Teu ser colado ao meu em vibrante sensação
Deixo-me invadir em cadência loucura
Sorvendo quieta teu doce tesão

Boca procura-me insolente entorpecida
Lábios ferrados por tão intenso sentir
Imagino-me ser na tua mente apetecida
Meretriz de consolo pelo teu gozo a vir

Horas perdidas instantes saboreados
Teu gosto sémen fresco delírios emana
Dos meus vertidos líquidos provocados
Rio e fonte em humidades sobre a cama

Corpos em prazeres insanos fundidos
Num vaivém em suaves entregas
Somos carne e alma de todos os sentidos
Entregues incisos a um amor sem regras
musa

domingo, 17 de julho de 2011

INTIMIDADE

Penumbra perdida pele
Delírio flamejante sombra
Inunda intimidade dele
O meu na cama assombra

Sinto-lhe respiração
Evasão de sentidos
À flor da pele tesão
Martírios consentidos
Furtiva emoção
Corpos unidos
De paixão
Prazer

Na sagração sombreada do sentir
Meia nudez vontade transparecer
Em golpes de desejo mais profanos
Rogo-te rasga-me faz-me vir
Pelos teus dedos mundanos

Faz-me inteira de prazer
Rameira dama senhora
Da tua boca receber
Gozo que não demora
E chega de mansinho
Sem tempo sem hora
Rasga caminho
Por toda eu

Leva-me ao céu
Ao paraíso
Perco juízo
E já a vir

Volto a pedir
Beija-me o mel
Na escuridão
Solta o tesão
Sobre minha pele
Sabre a tua mão

Em golpes delinquentes
Sobre as coxas quentes
Inunda-me de suor
De sémen lavanda
Fluidos rituais

Desejo que comanda
Gemidos doces ais
Lábios cerrados
Corpos arqueados
Tez humedecida
Boca apetecida
Falo salivado
Bicos de peitos duros
Sexo abocanhado
Dedos maduros

Num banho de céus
Corpo cansado
Em sombra de véus
Sobre a cama deitado

Meio despido
Meio amado
Meio sentido
musa

quinta-feira, 14 de julho de 2011

DESPE-ME

Há um conflito nos teus dedos
Um universo feito espartilho
Corpete de muitos segredos
Que contigo partilho

As meias de seda preta
Estrelas tombadas
Asas de borboleta
Das pernas roubadas
Em pose discreta

Despe-me diante do teu desejo
Solta-me dessas amarras de seda
Rouba-me lentamente num beijo

Das cores negras do vermelho cetim
Corpete e meias onde estou presa
A pele perfumada baunilha e jasmim
Despe-me a vontade acesa em mim
musa

FRICÇÃO

Erudita vontade
Ficcionados sentidos
Sobre a minha pele
Fazes o filme hardcore
Devaneias sensualidade
Entre suspiros e gemidos
Lambes sal de mel doçura
Doce pássaro beija-flor
Suavizas loucura
Fazes amor

Corpo apimentado de calor
Braseiro acendido de beijos
Explode atrito fricção
O rosto em rubor
Morto de desejos
Doido de tesão
Doces lampejos
Lava vulcão

Vulva e falo em fogo lento
Chamas trespassam
Leve movimento
Olhos devassam
Tudo por dentro
Sentir momento
Enlaçam-se
Para se fundir
Para se sentir
Para se vir
musa

quarta-feira, 13 de julho de 2011

GUARDIÃO DOS DESEJOS

Nos meus mais íntimos desejos
Guardião dum templo de querer
Acendes em mim velas de beijos
Em insana prece de tesão prazer

Invocas sentidos em raios loucura
Toda minha pele estremece vibrante
Num trovão boca incendeias ternura
A cada beijo teu de dócil amante

Em altar profano inicias tempestade
Brando fogo ateias chama sensual
De gemidos presos íris docilidade
Lábios em gozo húmido vendaval

Tumulto de sentimentos ser agitado
Perde-se desinquieto em doido vibrar
A cada beijo teu o corpo provocado
Quer mais e mais até se sossegar

Viciada em ti numa espera ardente
Sinto-me prisioneira deste sentir
Ser tua serva obscena indecente
Em palavras gozo pranto doce vir

Exploras caminhos sossegando teu ser
Sorves do paraíso fluidos meigos quentes
Num ritual intenso onde derramas prazer
Todo o meu ser nas tuas mãos o sentes

És em mim muso de louca inspiração
Sabes que te quero guardião de sentidos
De desejos vontades trepidante tesão
A cada investida de beijos consentidos
...
musa

quarta-feira, 6 de julho de 2011

COLO DE VERSOS

Ao peito teu olhar se recolhe
Duas íris em dois seios cobiçados
Aconchego que teu amor acolhe
Dois círios acesos iluminados

Lindos deliciosos em fogo preso
Colorido em céu aberto ternura
Protegidos guardados querer ileso
De tantos perigos tentação e loucura

Promontório de onde avisto colo de versos
Em alturas que provocam quente trepidação
Fazem sonhar constelações distantes universos
Perdidos de ansiedade tremor desejo sudação

Olhá-los é um poema proibido
Desses que fazem corar e suar
De outros sentires louco sentido

Seduzidos em colo de imaginação
Esses versos que assim fazem poetar
Perdem-se poema doce de tesão
musa

NO TEU SENTIR

Primitivo sentir o teu
De costas voltadas ao universo
Rumo dorso deste verso
Sentir primitivo o meu

Encaixada no teu colo
Falo penetrado quente molhado
Eixo da terra preso ao pólo
Desinquietação sentir provocado
Gozo fundeado toque a solo
Encaixe perfeito colo e pólo

No teu sentir
Abro entranhas fruída agitação
Altar excitado velas ardendo
Cheiro a cera doce tentação
Meu sentir acendendo
Loucura provocação
Prece cedendo
À imaginação
Derretendo
Todo tesão

E nas tuas mãos forte pressão
Peles coladas embriagadas
Perdidas de sedução
Emocionadas
Por esse sentir
Perdem-se a vir
Suave sossego
Terno segredo
Nosso prazer
Doido querer
Duplo enlace
Meu ser abrace
O teu em mente
De costas voltadas
Teu corpo que sente
Flor e haste molhadas
Húmida quente
musa

ESPUMA VAGAS

Serias tu capaz de poetar de prazer?
Preencher esse vazio de desejo satisfeito ao sentir do gozo da poesia…
Desprender-se da pele gozo carícias de sol com cio de mar
Há sal e fogo arrebatando sentidos em tesão de maresia sobre areal de desejo
Formas feitios estátuas de salitre e chumbo oxidadas de fluidos corporais
Vontades esgrimidas sobre peles vibrantes em lâminas vivas de punhais
Adagas túrgidas em punho levantado verso húmido em olhar sedutor
Provocado sentido salgado sémen saliva suor doce cratera e mastro
Cristas vagas dedos expelindo fogo táctil de lúmen aceso verso lastro
Espuma vagas lambidas de língua pericial
Antecipação do teu querer fazer-me amor
E todo o teu sentir deitado nesse areal
Como se eu e toda eu corpo e alma fosse o teu universo
Amor e poesia
Poema fantasia
Querer declamado em verso
Das tuas palavras cito:
“Deito-me nesse areal, acomodo as formas da tua areia ao meu corpo, com a mão abro-te e aconchego o meu tesão na clareira do sentir que me ofereces…”
Sou mar onde afogas membro com vagas de abundância longas alteradas e quentes
Vagas de ânsia madura de alvura branda e doce
Que fosse tal a tua vontade onde me sentes
Que te afundarias mais e mais
Escorrendo de mim húmidos afluentes
Saindo dos lábios a escorrer
Ondas ritmadas de prazer
Nas tuas mãos deixo-me incandescer
No brilho aceso de outros punhais
Fogo lava carvão em lume
Em profundidade sedução
Corte salgado fenda gume
Mergulho nas tuas águas mortais
Onde apago incansável tesão
Morro desses teus sentidos imorais
Toque dos teus dedos da tua mão
Doces segredos duma paixão
musa

PECADOS MORTAIS

Sobre o leito faço-te amor
Dum olhar aceso de fogos apagados
Entre o orvalho acendido sem calor
Onde outros fogos ardem incendiados
Entre o tesão desejo desse prazer dor

Cada intensidade vibrando
Faísca a pele em afiado gume
Tantos os ornamentos com que vou desafiando
Essa tua vontade de acender em meu corpo lume
E nos dois olhares crescendo
Pecados mortais em chama acesa
Gestos rituais que eu vou lendo
Sabendo da tua incerteza
Em me queimar em me aprendendo
Leitura de corpos de insanidade presa
Os dois mortos por dominar dominando
Esse desejo que impele desafiando
A usar arreios chicote cinto venda algemas em cabedal
Loucos acessórios para o bem e para o mal
Satisfatório anseio incita ao prazer
De no meu corpo teu corpo se perder
musa

terça-feira, 5 de julho de 2011

TOMADA EM TUAS MÃOS

Pedra bruta por esculpir
Tomada em tuas mãos
Burilada em finos grãos
Nas tuas mãos fazes sentir

Esculpida nudez
Doce embriaguez
Sombreada palidez
Olhar timidez
Por descobrir

Vénus de afectos
Na ponta dos teus dedos
Sentidos despertos
Pele de segredos
Fazes ressurgir

Revelada cada toque teu
Calor e suor desprendidos
Como pertença de Morfeu
Acordada desses sentidos
Nos meus a consentir

Chão farto de carícias instantes
Doidos por ousados confrontos
Num combate de incansáveis amantes
Para a loucura de desejos sempre prontos
Um no outro consentidos confiantes
Sem que nada nos possa dissuadir
Pele com pele por competir
Num jogo de paixão
Nada nos faz desistir
De tanto tesão
Querer vir
Na tua mão
Conseguir

Incansável prazer
Corpos rendidos
Deixamos acontecer
De loucos sentidos
Sem nos confundir

Sem culpa nem compromisso
Por um momento
Teu pensamento
Pela mão esquisso
Traço no papel
Negro carvão
Desenhas a pele
Em traços de tesão
musa

sábado, 2 de julho de 2011

INCUMPRIMENTO

Murmura os segredos
que a pele permeia
fios enlevos
que desejo
ateia

Murmura o teu gosto
teu sentido querer-me
sorver do meu mosto
passiva submissa
imobilizada
teu desejo atiça
derreter-me
na tua pele
impermeabilizada
fêmea indefesa
sulcos de mel
agonizada
tua presa
em múltiplos
orgasmos
provocada
sentidos
presos

teus desejos acesos
os meus perdidos
em pele nua
falua de sentidos
oferecida ao teu tesão
voluptuoso e macho
túrgido possante
teu olhar facho
brilha sedução
fogo aceso
amante
delírio preso
que obriga gozar
ofegante
vibrar

e sob o teu gozo
doce cavalgar
aguentada luxúria
redentora explosão
escrita poesia
sal doce penúria
terna emoção
nossa fantasia
a dois para depois
um só

com teu membro erecto
roçando vulva quente
húmido sentido desperto
teu louco querer premente
escorre tinta de abundantes
secreções inebriantes
feitos amantes
em lugar secreto
sentir predilecto
meu querer
desperto
teu prazer
erecto
...
musa