GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

segunda-feira, 19 de julho de 2010

MAÇA PECADO

Atrás das montanhas
Pecado vermelho
Nádegas desejo
Maça na mão
Sedução

Firme aconchego
Carinho leito
Os lábios chego
Num morno beijo
Dado a preceito
A boca ergo
Encosto o peito
Sinto a pele
Suor frio
Aroma a mel
Fluidos rio
Ardente loucura
Oferece pecado
A seda pura
Doce rendado
Rubro tesão
Fruta proibida
Mar emoção
A trincar convida
musa

LUA DE MEL

Há uma lua de mel
Nos teus lábios loucos
Uma falua aprisionada
Onde se negam poucos
Quase mundo na tua boca
Montanha nua coroada
Cratera tesa oca
Quimera nada
Mamilo erecto
Desejo
Dois fios de saliva
Beijo
Selecto
Emoção sentida
Gosto predilecto
Desperto
Onde goza a vida
Há sensualidade
Sedução
Sentir
Há humidade
Tesão
Quase vir
musa

SOMBRA AZUL

Uma sombra azul inflama desejo
Chama de óleos intensos
Começam num beijo
Suores densos

Pujança de sentidos
O corpo erguido teso
Os dois despidos
Desejo preso

Os seios túrgidos possantes
As mãos doces peganhentas
Almas dançantes
Nuas sedentas

A flor ardente
Pede a tua
Haste nubente
Segura a lua

Claridade tesão
Corpos incendiados
Chama paixão
Endiabrados

Fluidos frios
Na pele quente
Esboços sombrios
Docemente
Tentação

Colados sedução
Em carícias loucura
Sexo fusão
Delicia ternura
Comoção

Nas minhas costas doce sentir
Teu mastro guloso crescente
E na tua mão meu quase vir
A flor rio prazer consente
musa

sexta-feira, 16 de julho de 2010

FÊMEA CLARIDADE


A sombra sem rosto
Traz a claridade
Dentro de mim
Sem sombra gosto
Na penumbra azul
Unhas cor carmim
Teço pérolas luz
Em voile tule
Seda seduz
E as mãos nuas
Sobre o peito
Fazem dois sois
Duas luas
Sobre luar leito
Fêmea abandonada
A flor oferecida
Cabelos negros de nada
Entrelaçadas contas da vida
Por dentro obscuridade
Tez imaculada
Nudez obscenidade
Pele acetinada
E a rubra rosa escondida
Humedece
Pela sensualidade
Sentida
No corpo nu endoidece
Prazer flor perdida
Vaidade
Tece
musa

quinta-feira, 1 de julho de 2010

FLAMA AZUL

tenho a flor em chamas azuis entumecidas
lábios que sangram de húmida dor secura
afluxo sangue  às mucosas enraivecidas
de tesão dominado por voltagem loucura

nervuras espasmos em tórrida excitação
uma fome negra a esvair-se sexo vontade
desejo formando cratera lava em ebulição
torrente rio esmegma fluidos ansiedade

margens vulcão acordado em meigo sentir
boca do corpo que se abre de par em par
doces ondas enfurecidas num quase a vir
orvalhados sentidos querendo ser um mar
musa

BOCA AMORA

Lábios negros amoras provocantes
Pétalas púrpura de orquídeas selvagens
Traços boca de contornos insinuantes
Águas loucas em pérfidas voragens

Sangue seco sobre terra de Siena cor
Pintura estalada em agreste moldura
Doces lábios gretados intempérie de dor
Onde tempo rubi brilha estranha loucura

Beijos ensandecidos húmidos sensuais
Exótica flor oferecida em carnudos veios
Pecados imaginados consentidos carnais
Pousados esses lábios vermelhos seios
musa

ASAS

Asas pelos meus sentidos
Insinuam-se na pele tentações
Cada poro estremece de loucos gemidos
Como se corpo nu fosse muro de lamentações

Imaculada em branco recato
Desnuda branda nudez
Termina o seu acto
Pura embriaguez

De joelhos em transe malícia
As asas abertas de olhos fechados
A cabeça pendendo em jeito molicia
Segredos ardentes de penas incendiados
musa