GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

segunda-feira, 17 de julho de 2017

INCÓGNITA VONTADE

INCÓGNITA VONTADE

Onde sossegam teus olhos sem me ver
Tuas mãos vazias de mim
Tua boca sensível a estremecer
Teu corpo onde me perder
Tua alma sem querer
Teu desassossego sem fim
Onde sossegas sentidos
Onde silencias gemidos
Onde recordas esquecidos
Desejos delitos devaneios
Onde gozas perdidos
Túrgidos sensíveis os seios
Em sensações de sentir
Por caminhos de excitação
A carente carnal sedução
Do teu olhar ao me vir
Do orgasmo profundo imenso
Ao vibrar quase desfalecer
No ondear fundo intenso
A gozar e a tremer
Em segredos de intimidade
Nos teus dedos em cumplicidade
Numa incógnita vontade
De amar e de prazer
...
musa

LUXÚRIA DA POESIA


LUXÚRIA DA POESIA

Súplicas a esvoaçar entendimento
Que os corpos em delírio sintonia
Abrem asas voo pensamento
Cântico prece melodia
Vibram de estremecimento
A luxúria da poesia
Em movimento querer
"Vem fazer amor comigo e com esta canção..."
Ouve-se a melódica sedução
A incitar ao prazer
Íntimos devaneios
Gozos perdidos
Harpas violinos seios
Notas na pauta a crescer
Como se o êxtase fosse rendição
E o desejo a endoidecer
Da boca o beijo a estremecer
E o corpo a ferver de tesão
Quente humedecido
E as asas do sentido
Como algo escondido
Agitadas de excitação
...
musa

NO CÉU DO TEU SENTIR

NO CÉU DO TEU SENTIR

Escondidos agora
Os teus sentidos
Como um tesouro para mais tarde
O desassossego que demora
O corpo o fogo que arde
Faúlhas incendiárias de gemidos
A derreter o beijo
No céu secreto do desejo
Beijos apetecidos

Estrelas a explodir
Em espasmos de loucura
A trémula excitação de se vir
No instante de tortura
No gozo mansidão
No rasto da tua mão
Em cometa de tremura
Orgasmos a florescer
Em céu de prazer

Êxtase demorado
Na pele húmida lua
Todo corpo afogueado
Estrela brilhante e nua
A cintilar a fantasia
No firmamento intimidade
Em silêncio poesia
A cantar a saudade
musa

terça-feira, 4 de julho de 2017

CICATRIZ

Aqui... deste paiol de saudade

Vou amar-te
Até que se apague a palavra eternidade
Do vocabulário de todos os povos
...
musa

CICATRIZ

Há uma cicatriz de silêncio

No odor do teu corpo amado

A marcar o lugar por onde passei
Fluidos quentes que incendiei

Do fogo do olhar rasgado

Pelas mãos em lava

Lágrimas a escorrer
Marcas de êxtase e de prazer

No infinito de tudo o que acaba
Sem nunca acontecer

E como um rastilho por detonar
A pólvora em resquícios de tempo

Pequenas cicatrizes a brilhar

Um fio de orvalho em sentimento
Marcas de intimidade
Silenciando o lugar da loucura

Feridas da amarga ternura

Na fogueira do sentir

A ardente saudade
A persistir …

musa

AS AMANTES NÃO TÊM ROSTO

AS AMANTES NÃO TÊM ROSTO

Lívido grito suspenso em lábios a suspirar
A boca o lugar onde ascender ao desejo
Que o corpo estremece em euforia
E súplica de versos em poesia
De silêncio pelo beijo
Da eternidade ao olhar
Onde a escuridão
Faz cintilar
Odor

Um travo torpor
Dos ausentes olhos escondidos
E roga-lhes em prece os sentidos
Na mudez do amor
Carente a vergonha de afecto
O instinto secreto
Do rosto ausente
Que a carícia consente
O sentir discreto
Que somente as mãos conhecem
E das loucuras que se tecem
Rostos que vão passando
Corpos se amando
Instantes acontecem
Na pele prometida
Na trivial loucura
A carnal ternura
Do acaso
Da vida

musa

VOA

VOA

Voa
Pássaro de silêncio e ausência
Num grito escondido
No bater de asas do sentido
Ecoa
Do alarido e sentimento
No infinito da essência
Que as asas te dão de prazer
Voa até morrer
Da pequena morte cativeira
O insustentável momento
A cintilante fluorescência
E quando em tuas mãos me tiveres prisioneira
A luz do teu olhar em mim
Faz-me endoidecer
E livre quero ser
No cativeiro teu abrigo
Até ao fim
Magnânima toda inteira
Ao desfalecer
Contigo
...
musa

SILENTE SOFRER


SILENTE SOFRER

Que faço com este amor
Que se agiganta ante o meu seio
Que não sei de onde veio
Do tamanho das tuas mãos famintas
Do profundo silêncio do teu olhar
Do beijo cheio de desejo
Das parcas palavras sucintas
Desta angústia a sufocar
Da dor sempre que não te vejo
Do tamanho de tudo que não sei
Do que pensas dos instantes da ausência
Se continuo se paro se estou certa se errei
Se sou nada ou algo em ti
Se sou somente um número ou a paciência
E o que faço da tua e da minha vontade
Se ela existe
Se já te senti
Paixão ou ciência
Tanta mas tanta cumplicidade
E amar-te persiste
Viver do teu abraço e de prazer
Na discreta intimidade
E esta dor que resiste
Secreta em silente sofrer
E imensa saudade
...
musa