GRÃO DE MALÍCIA

A minha foto
Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

sábado, 30 de dezembro de 2017

SE É PAIXÃO

SE É PAIXÃO

É nas tuas mãos doce ternura
Que encerram fogo que arde
Vontade em chamas que invade
Entre os dedos húmida procura

A pele macia suave estremecer
Que a língua rodopia tímida dura
Na obscuridade do louco prazer
Entre gemidos a ofegar loucura

E a visão do teu rosto afundado
Perdido num abraço rendido
Caído aos pés do poço molhado
Onde profundo lhe é o sentido

E a provocação o gozo espasmo
A terna excitação da boca quente
O mundo a girar doido orgasmo
Que o corpo inteiro assim consente

E saber e sentir frêmito sintonia
Os dois rendidos em comunhão
Tão íntima e cúmplice harmonia
Para além do amor do que é paixão
...
musa

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

PRIVAÇÃO

PRIVAÇÃO

Ainda és gozo
Liquida excitação
Fio de saliva a escorrer
Súbita urgência de prazer
Domador da minha mão
Na insistência dos dedos
A súplica do teu sentido
Dos espasmos aos segredos
Do silêncio ao gemido
Dos momentos recordados
Insana privação
De olhos fechados
Sensual rendição
Deixo-me vir
Explodem orgasmos
De lábios cerrados
Êxtase sentir
Amanhece o teu nome
Na minha boca em loucura
Tem o gosto da ternura
Com que saciavas a minha fome
...
musa

domingo, 6 de agosto de 2017

TRANSFIGURAÇÃO

TRANSFIGURAÇÃO

O teu rosto moldado
Retorcido
O êxtase sulcado
De músculos veias nervos contorcido
De olhos fechados lábios cerrados
De tanto prazer sentido
E ao fundo um falo a latejar
Húmido a gotejar
O sémen vertido
O hirto olhar
O gozo apetecido
A fúria da excitação
A doce sensação
A terna provocação
Da boca o gemido
O pénis no vaivém da mão
E a língua a lamber
Transfigurada felação
Tão íntimo querer
Doida tortura
Chupar beber
Felácio loucura
Transfiguração
Endoidecer
Delito de imaginação
Duro a derreter
Tanto tesão
...
musa

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

TRÉMULA SAUDADE

São as tuas mãos 
Loucos pássaros a querer voar
No céu da tua boca e no teu olhar
Húmidos caminhos de sentir
E excitada e nua
Fazes-me vir
No leito de tantas tardes
Até ao entardecer
Fazes-me inteiramente tua
Nas chamas onde ardes
De gozo e de prazer
Em profundo desejo
Até ao último beijo
Infinita loucura
Meiga tortura
Endoidecer 
A boca a mão
O nosso tesão
Trémula saudade
A secreta intimidade 
Do silêncio de viver
A poesia de pele e sentidos 
Em versos gemidos
No doce torpor
Até morrer
De amor
...
musa

DUETO DESORIENTADO

DUETO DESORIENTADO

Nos teus beijos ásperos,
Entre as tuas mãos
No labirinto do amor
Que se desenham as tuas palavras,
No teu olhar profundo,
No amanhecer silencioso, na tua janela
O anoitecer nos teus braços,
E na tua voz,
E nas tuas mãos,
E os meus dedos descansando
Na base das tuas costas
Como pássaros estranhos.

Perdido no teu calor,
Nas tuas caricias,
Nos teus lábios no meu ouvido,
No teu corpo sobre o meu
Penetrando-te muito devagar,
Muito devagar,
E no teu sorriso quando acabas,
Acaricio a tua bochecha
E dizes que me amas.

Perdido
Sem querer-me encontrar,
Queimei os meus mapas,
Parti o gps e esqueci a minha bússola
E agora navego sem rumo,
Com o teu amor como rosa dos ventos
E o teu alento, no ar.

Beijos
J.

Encontrado
Por aí entre mãos e pernas
Contorcidas
Entre as carícias mais ternas e apetecidas
Por caminhos devaneios fantasias
Alvoradas a existir somente na imaginação
As tuas mãos nos meus seios sentidas
Claras manhãs envoltas em melancolias
Preces em riso nos húmidos olhos gemidas
Lábios cerrados de excitação
E no olhar profundo dessas palavras desenhadas
As pernas ainda a falar estremecidas
Rosas dos ventos desabrochadas
O grito cerrado no sentir
O caminho guiado pela mão
Encontrado
O templo sagrado onde me fazes vir
Todas as desorientações em rumo incerto
Encontrado o lugar secreto
Onde a vida emudece
O ávido esplendor
Acontece
De tanto querer
E vive prazer
De amor
...
musa

LOUCO QUERER

LOUCO QUERER

Quando um dia a tua boca descobriu
Ávido desejo em euforia a nascente
Um rio a escorrer a fonte que se abriu
Humido desejo que a língua consente

Beber saciando gozo de estremecer
Rosada a flor se abrindo em docilidade
Trêmula e agitada em pulsão de prazer
Desabrochando a loucura intimidade

Liquida e mansa dos sentidos os espasmos
Todo o corpo contorcido em doida vontade
Rendido desde o olhar as mãos os orgasmos

Sempre acontece essa avidez desmedida
Cada vez mais profundo o querer e a saudade
Dos mistérios indecifráveis que esconde a nossa vida
...
musa

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

FAZES-ME FALTA

FAZES-ME FALTA

Talvez as estrelas percam a irreal
Luminosidade que as lágrimas brotam
De uma luz imersa em íntima tristeza

Quando o teu corpo matéria e alma carnal
Pequenos pontos luminosos que importam
A frágil ilusão dispersa na vã solitude da incerteza

Se existes pele dos meus sentidos
História profunda de loucura e paixão
Toda inteira no rasto da ternura dos teus dedos
A rasgar símbolos totens e gemidos
Suspiros e sombras na úmbria escuridão
De países inventados de murmúrios e segredos
Ao sul de uma qualquer saudade numa praia de verão

E no teu olhar errâncias em paredes caiadas de melancolia e desejo
Com mensagens de distâncias por decifrar e sonhos antigos
Sabendo-te longe entre amores e amigos
Quero-te feliz na falta que me fazes por um beijo
...
musa

MAIS DO QUE UM BEIJO

MAIS DO QUE UM BEIJO

Na tua pele a palavra lavra
O verso escrito pela mão
Entre lábios o grito que se crava
Disperso explode insano de excitação
Toda a loucura do infinito prazer
Uma fome de íntimos sentidos
Uma sede de ternura e doce querer
Em tempos carnais verbos de sentir
Sussurros ofegantes gemidos
Na boca ousada e obscena
Muito mais do que um poema
No olhar vendado a sorrir
A cumplicidade do desejo
E todo corpo a pedir
Muito mais do que um beijo...
...
musa

EMBRIAGADO OLHAR

EMBRIAGADO OLHAR

Fosse o vinho a embriaguez
O seio hirto desnudo em tentação
O bico teso por debaixo da nudez
Que a boca despe a seda pela mão

E húmidas afloram apertam devoram
Gozam carícias a imaginar fantasias
O néctar maduro que os lábios adoram
Beber fluidos vaginais em doces iguarias

Pele de sentir em loucuras corporais
Um sem fim de emoções a vibrar
Sexos molhados e o gozo no olhar
Dos sentidos o êxtase das delícias carnais

Corpórea tentação de uma sede sem limite
A ser tanta cumplicidade do louco desejo
Como resistir à cegueira do insano convite
Desde o primeiro instante e da secura desse beijo
...
musa

segunda-feira, 17 de julho de 2017

INCÓGNITA VONTADE

INCÓGNITA VONTADE

Onde sossegam teus olhos sem me ver
Tuas mãos vazias de mim
Tua boca sensível a estremecer
Teu corpo onde me perder
Tua alma sem querer
Teu desassossego sem fim
Onde sossegas sentidos
Onde silencias gemidos
Onde recordas esquecidos
Desejos delitos devaneios
Onde gozas perdidos
Túrgidos sensíveis os seios
Em sensações de sentir
Por caminhos de excitação
A carente carnal sedução
Do teu olhar ao me vir
Do orgasmo profundo imenso
Ao vibrar quase desfalecer
No ondear fundo intenso
A gozar e a tremer
Em segredos de intimidade
Nos teus dedos em cumplicidade
Numa incógnita vontade
De amar e de prazer
...
musa

LUXÚRIA DA POESIA


LUXÚRIA DA POESIA

Súplicas a esvoaçar entendimento
Que os corpos em delírio sintonia
Abrem asas voo pensamento
Cântico prece melodia
Vibram de estremecimento
A luxúria da poesia
Em movimento querer
"Vem fazer amor comigo e com esta canção..."
Ouve-se a melódica sedução
A incitar ao prazer
Íntimos devaneios
Gozos perdidos
Harpas violinos seios
Notas na pauta a crescer
Como se o êxtase fosse rendição
E o desejo a endoidecer
Da boca o beijo a estremecer
E o corpo a ferver de tesão
Quente humedecido
E as asas do sentido
Como algo escondido
Agitadas de excitação
...
musa

NO CÉU DO TEU SENTIR

NO CÉU DO TEU SENTIR

Escondidos agora
Os teus sentidos
Como um tesouro para mais tarde
O desassossego que demora
O corpo o fogo que arde
Faúlhas incendiárias de gemidos
A derreter o beijo
No céu secreto do desejo
Beijos apetecidos

Estrelas a explodir
Em espasmos de loucura
A trémula excitação de se vir
No instante de tortura
No gozo mansidão
No rasto da tua mão
Em cometa de tremura
Orgasmos a florescer
Em céu de prazer

Êxtase demorado
Na pele húmida lua
Todo corpo afogueado
Estrela brilhante e nua
A cintilar a fantasia
No firmamento intimidade
Em silêncio poesia
A cantar a saudade
musa

terça-feira, 4 de julho de 2017

CICATRIZ

Aqui... deste paiol de saudade

Vou amar-te
Até que se apague a palavra eternidade
Do vocabulário de todos os povos
...
musa

CICATRIZ

Há uma cicatriz de silêncio

No odor do teu corpo amado

A marcar o lugar por onde passei
Fluidos quentes que incendiei

Do fogo do olhar rasgado

Pelas mãos em lava

Lágrimas a escorrer
Marcas de êxtase e de prazer

No infinito de tudo o que acaba
Sem nunca acontecer

E como um rastilho por detonar
A pólvora em resquícios de tempo

Pequenas cicatrizes a brilhar

Um fio de orvalho em sentimento
Marcas de intimidade
Silenciando o lugar da loucura

Feridas da amarga ternura

Na fogueira do sentir

A ardente saudade
A persistir …

musa

AS AMANTES NÃO TÊM ROSTO

AS AMANTES NÃO TÊM ROSTO

Lívido grito suspenso em lábios a suspirar
A boca o lugar onde ascender ao desejo
Que o corpo estremece em euforia
E súplica de versos em poesia
De silêncio pelo beijo
Da eternidade ao olhar
Onde a escuridão
Faz cintilar
Odor

Um travo torpor
Dos ausentes olhos escondidos
E roga-lhes em prece os sentidos
Na mudez do amor
Carente a vergonha de afecto
O instinto secreto
Do rosto ausente
Que a carícia consente
O sentir discreto
Que somente as mãos conhecem
E das loucuras que se tecem
Rostos que vão passando
Corpos se amando
Instantes acontecem
Na pele prometida
Na trivial loucura
A carnal ternura
Do acaso
Da vida

musa

VOA

VOA

Voa
Pássaro de silêncio e ausência
Num grito escondido
No bater de asas do sentido
Ecoa
Do alarido e sentimento
No infinito da essência
Que as asas te dão de prazer
Voa até morrer
Da pequena morte cativeira
O insustentável momento
A cintilante fluorescência
E quando em tuas mãos me tiveres prisioneira
A luz do teu olhar em mim
Faz-me endoidecer
E livre quero ser
No cativeiro teu abrigo
Até ao fim
Magnânima toda inteira
Ao desfalecer
Contigo
...
musa