GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

UMA TARDE?

UMA TARDE?
Chegas
Devagar
Pela manhã
A abençoar a espera
Memórias guardadas
No fundo do olhar
Seda algodão lã
Feitiço quimera
Vulto de mãos dadas
Surge alvorada
A esvoaçar
Neblinas acetinadas
Rompendo aurora
Como quem desespera
Hímen da demora
Luz atravessada
Infinita a madrugada
De saudade
Por gritarrrrrr
...
musa

SEDUZINDO

SEDUZINDO

Febril
Tempestividade
Atração
Despudorada promessa
Cumplicidade
Emotiva
Sedução
Intimidade
Prometida

Entre os seios a loucura
Profundidade
Seduzindo
Carícia tortura
As mãos conduzindo
Fogo carnal
Labareda ritual
Possessão
Sensual
Paixão

Ao canto da boca a provocação
Ainda a escorrer
Indícios de gozação
Detalhes de prazer
...
musa 

RUBOR

RUBOR
Espasmo
Grito
Feito no silêncio da boca
Ritual essência
Ascensão do orgasmo
Silenciosa ciência
Da loucura
Fogo rubor
Corpo suado
Do querer ao amor
Verbo de prazer
Presente e passado
Vibrar estremecer
Sem pudor
Botão rosado
Urgência de florir
Roseiral excitação
Haste e a mão
Em gozo de sentir
Louca intimidade
Resistir
Tentação
Ou a saudade
Sem pedir
...
musa 

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

MORRER DE AMOR

MORRER DE AMOR


Não é uma dor
É estremecer
Cada vez que prenúncio
O teu nome
De silêncio


O súbito fragor
Quase endoidecer
A explodir o vazio
Uma ânsia uma fome
A essência
O frio


Do fragoroso coração
Que se agarra de memória
À doce luminescência
A impaciência
Em ascensão e glória
Sangrante paixão
O vulto sombrio
A deambular
Escuridão


Por vezes lágrimas no olhar
A enchente o rio
O músculo a palpitar
A cortante emoção
Velho render
Do tempo


A eternidade do sentimento
De melancolia a surpreender
De amor o pensamento
De amar e morrer
musa

domingo, 4 de novembro de 2018

PRONUNCIA O MEU NOME COM A TUA ALMA


PRONUNCIA O MEU NOME COM A TUA ALMA
Só assim saberei ouvir-te
Pronuncia o meu nome com a tua alma

Só assim poderei sentir-te
Como amparo de águas ribeirinhas
Murmura as palavras como se fossem minhas
Murmura no olhar o açude pensamento
Murmura a memória do meu cabelo
Sem qualquer mágoa ou lamento
Soluça as minhas mãos suaves
No silêncio da boca o doce apelo
No olhar o pranto e o sentido
O doce encanto da tentação
Enlace dos dedos a esvoaçar como aves
O terno e lânguido gemido
Voo de paixão
E entre lábios o sorriso mais belo
Na pele os delírios e os afagos do prazer
Segredos profundos em carinhos e desvelo
A maior loucura e o bem querer
A mais íntima devoção
De corpo e alma
O eterno selo
Do amor
...
musa