GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

NO SEIO DO FUMO

Nudez envolta em fumaça
Silhueta vestida de fumo
Véu que desejo enlaça
Teu sentido nele durmo

A pele a estalar tesão
Arrepiada de prazer
Bico do seio excitação
A vontade acontecer

Em trémula loucura
Desse intenso querer
Que de gozo perdura
Num feitiço sem saber

E o fumo se eleva
Na pele fome desejo
Em doçura entrega
Dos lábios o beijo

Consentida nudez
Teu corpo aflorado
Vibra em timidez
Ousado provocado

Abre-se flor incensada
Lótus de primavera
Doce quente suada
Pétala luz quimera

Seio sensualidade
De tão intenso sentir
No fumo da privacidade
Começas nas mãos a florir
musa

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

INTIMA COR


Há um cheiro férrico oxidado
Rio vermelho em seu leito
Manchando portas do paraíso
Nas entranhas guardado
Em ligação com o peito
A escorrer ferido impreciso
Em desordem do tempo
Tempestuoso frágil anémico
Em renovação por dentro
Fluxo organizado dos dias
De cheiro a cio térmico
Cor assinalada de tesão
Tatuando fantasias
Por canais de sedução
Por onde a vida se tece
Em rituais ousadias
De mensal prece
musa

domingo, 20 de novembro de 2011

DOMADOR

Vens com teu ar manso
De quem nada teme
E seguras o leme
Tomas balanço
Domas o sentido
Ao primeiro gemido
Perdes a latitude
Mostras inquietude
No teu jeito desinquieto
Brincalhão irrequieto
Ousado domador
Pedes o amor
Com a boca
Doida louca
Senhor dono
Nos teus braços me ponho
Presa cativa domada
Nos teus lábios me deponho
Doce sobremesa
De liga rendada
Beijos de prazer
Amada feiticeira
Sem parecer
Presa
Prisioneira
Cativa
Sentida
musa

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

MULHER DE FOGO

Campanário de sentidos
Toque de sinos ardente
Arde o corpo em sussurros gemidos
Pele em chamas toque arrebate docemente

Crepitam faúlhas dançantes
Brasas acesas nessa fogueira
Fogo intenso dos amantes
Que amam dessa maneira

Mulher de fogo cume do vulcão
Explode vibrantes línguas de lume
Derrama em suor cio e tesão
Fluido viscoso doce ciúme
Olhar de fogo sedução
Saliva sensualidade
Beijos de desejo
Doce vontade
Pelo beijo

Cratera
Flor desespera
Insana loucura
Completa imensidão
Em caricias mel ternura
Ao toque o fogo vibra paixão
Arde intensidade nas brasas prazer
Desinquieto consente todo o corpo quente
Numa erupção em vagas de lavas sem querer

Mulher de fogo num orgasmo sente
Os cinco elementos da natureza
Fogo
Terra
Metal
Água
Madeira
Em cumplicidade e harmonia
Suavidade e dureza
Invoca qual feiticeira
O amor em filosofia
Numa única certeza
Dessa maneira
Fogo fantasia
musa

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

COCKTAIL EROTICO

Ontem me amei
Pensando em ti
De amor brindei
Excitação que senti
Pensando no teu
Na minha pele me perdi
Num cocktail erótico
De amor sedução e eu
Em fluido amniótico
Dentro de azul olhar
Afundar-me de humidade
Com teu desejo a quebrar
Vagas de sensualidade
Como ondas a estremecer
A começar na minha nuca
Deixando-me maluca
Com vontade de te ter
De doido tesão cheia
Insana loucura de querer
O corpo de quem anseia
Ir muito mais além
Presa e prender na teia
Não só mas também
Aranha no seu ninho
Que convida a beber
Doce néctar de seu vinho
Embriagando de prazer
Saliva sémen suor
Caricias carinho
Paixão ou amor
Deixar acontecer
O que dita o destino
musa

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

GOZO SENSUAL INDIGO

Manto escondendo nudez
Pele lavrada húmido desejo
Em recatada timidez
À espera do beijo
Imersa em languidez indefinida
Profunda febre viril alucinada
Sensualidade sentida
Gentil espada
Cobre-te a pele azul índigo
Corpete rendado meias que te rendam
Contemplação em loucura perigo
Vestes sensuais onde teu olhar prendam
Luxuria do caos em fiel plágio
Como promessa doce castigo
Afundando sentidos prazer naufrágio
Pele de renda índigo azul rendido
Dócil oferenda ao teu sentido
Tombado o vison despido
musa

sábado, 12 de novembro de 2011

VIRGEM MADONA

Instinto purificação
Seio virginal
Santificado sentido
Sensual desejo
Sagrado cio
Sedução do beijo
Em inquietante pedido
Na timidez do tesão
Profano consentido
Coberto da emoção
Em delírio perdido
Virgem mulher de branco
Teu sentir é santo
Em imaculada devoção
Feiticeira da loucura
Que da pele perdura
Para o intenso querer
Onde a prece é prazer
Em doçura vibração
Trémula excitada
Vibra na fonte do sentir
Majestosamente provocada
Sem implorar sem pedir
Sem rogar sem exigir
Explode a vir e mais vir
Seu vulcão de tesão
De lava faz surgir
Fogo excitação
Rio de tesão
musa

CEGUEIRA DO TESÃO

Olhos sonhadores
Cobertos de sémen
A cegueira do orgasmo
Um rosto de Rubens
Escrito a tesão
Dócil deleite lava
Inspiração de palavras
Pénis pena
Vontade que lavra
Quieta serena
Vagina fogo
Vertendo em delírio
Excitação somente
Rosa e lírio
Corpo e mente
musa

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

VIDA INCOMPLETA

Toda a minha vida será uma poesia incompleta
Um poema por cumprir
Uma palavra por sentir
Um verso por florir

E digo-o sentido
Com a alma em lágrimas
Com o coração ferido
Com a pele em mágoas

O corpo prisioneiro das palavras
As mãos cansadas de escrever
Os dedos amortecidos pelo prazer
De sentir e de ler
Esses versos sentidos
Que falam do ser
Incompreendidos

Sem nada mais saber
Solidão soberana em reino de sentir
Trono da poetisa
Chão da sacerdotisa
Tripé da pitonisa
Lamento sem mentir
Dessa verdade que ajuíza
Não saber mais o que seguir
Em sensível entendimento

Perdida no pensamento
Em jardins proibidos
Desfloram desgostos
Afloram ansiedades
De versos perdidos
De antigos gostos
De omitidas verdades
Doidos sentimentos
De tanto sentir por cumprir
De todos os meus lamentos
Que ao corpo e alma ainda hão-de vir

Saberei eu cumpri-los
Saberei eu senti-los
Saberei eu admiti-los

Tanto e tudo que nego de mim
E desse puro fingimento
Sonho com o trono do meu fim
Fica a vida por cumprir
Curto será o impedimento
Se a vida por mim não decidir
Se curto for o tormento
E tudo em mim omitir
E tudo em mim ferir
E eu não precisar mais fingir
musa
Poema do SER em meditação 11H11:11 do dia 11/11/11

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

BEIJO VENDADO

Adorava vendar esses olhinhos lindos e pôr a Bárbara
a recitar poesia.
Um beijo e desde já, um pedido de desculpas por esta mensagem.
Rafael

... dos mistérios do sentir solta- se pensamento
num enlace de sentidos...

numa récita de véus sombreando poético desejo das loucuras do sentir a luminescência do poetar fragrâncias da alma louca... trajada vontade ... a tua … em evidente sentir... sem mácula de perdão...

beijo vendado…
Bárbara

BEIJO VENDADO

Adoro sua mão atrevida
Mesmo de olhos vendados
Sei-lhe os caminhos desorientados

Sei como seus olhos me deixam despida

E os meus nos seus provocados

Insana perdida

São como doidos pecados

Que enlouquecem a vida

Sei como despe os meus sentidos
Tira lenço a lenço degrau a degrau
Fulgor intenso fogoso e mau
Que deixa meus rumos perdidos

Sei desses lábios que a qualquer instante
Nos seus lábios poderiam ser emudecidos
Pela sua boca de saudoso amante
Nos meus desnudados consentidos

Palavras sussurradas ao ouvido
Mãos que falam mil línguas por decifrar
Sei-lhe intenso bruto imenso seu sentido
Que acaba sempre no verbo amar

Louca professa nossa despedida
Em sedoso vendado ritual
Se em palavras me deixa assim sentida
E num jogo misterioso e fatal
Me faz ser
Chegada e despedida
Dança enlace de prazer
Apaixonada e cativa
De corpo alma e ser
musa

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

SILÊNCIO ADORMECIDO

Tu… me chamas de amor
E eu resvalo num sorriso
Pétalas desfolhadas de uma flor
Num bem-me-quer mal-me-quer sem juízo

Sonho em silêncio esse teu cheiro teu odor
Guardo por dentro o sonho adormecido
Calo no íntimo o desejo desse sentido
Onde há o amor também há a dor

Você promete beijos da cabeça aos pés
Faz-me sentir marinheira em água doce
Asas de gaivotas pousadas em convés
De barcos à deriva indo onde eu fosse

Navegando em seu corpo alma perdida
Amor marinheiro doce paixão de pele
Em trémulos caminhos quase esquecida
Das mãos dos lábios da boca beijos de mel

Corpo insaciada de ondulação selvagem
No seu olhar desejada mulher de sentidos
Porque nestas palavras começa a viagem
De todos os desejos alcançados consentidos

Namoramos nossos sonhos delével despertar
De um vadio amor atracado em cada porto
Imagino-me amada no afeto do seu olhar
Depois de amansado rio saciado o teu corpo

Sonhas com meu cheiro impregnado em ti
Fluido pena deleite do tinteiro já bebido
Sonho com teu gosto de sémen que não bebi
Entre uma caricia um beijo e um gemido

Como quero amar-te no gozo desse despertar
Cobrir-te de beijos profanos de prazer
Incendiar caminhos em humedecido amar
Fazer de nossos corpos dois rios a correr

Ser musa mulher de chamamentos silenciados
Corpos estridentes em gritos vontades caladas
Em rubro de beijos deixarmo-nos abandonados
Como aves prisioneiras silêncio asas libertadas
musa

HUMEDECIDO FOGO

Promessas de libertação
Em gozo de menino vadio
Ser-lhe iniciação
De sonho e de cio
Perdido de amor
Na vontade loucura
Feita de nossa união
Calamos nossa dor
Da espera que ainda perdura
Pássaros de fogo chamas
Somos aves delirantes
Voos que em mim clamas
Na paixão não domada
Fazemo-nos amantes
De uma vontade sagrada
Em humedecido fogo sentir
Querendo mais e mais
Sonho em te pedir
O gozo dos vendavais
Ser no teu pensamento
Desejo mais profundo
Voz alada do vento
Varrendo o teu mundo
Não há- de haver oceano
Que possa nos separar
Este querer doido estranho
Que impede te venha amar
Dos inocentes adormecidos
Ninguém pode desconfiar
Sonhamo-nos como perdidos
Sem que ninguém possa imaginar
Em palavras fazemos o amor
No silêncio de cada um em solidão
Separados pelo mar Atlântico
Sonhamos nossa paixão
De prazer gozo tesão
De um doce amor tântrico
Ainda em iniciação
musa

sábado, 5 de novembro de 2011

VERSO DESABROCHANDO

Há versos que ficam sempre em botão...

Sou na cama no leito aos teus pés gozo sedento
Mar imenso em meu olhar que não se sacia
Toda a fundura do desejo ledo e lento
Excitação que perdura noite e dia

Fêmea ousada faminta a precisar de sustento
O corpo em grave ânsia a pele suada e fria
E nos teus olhos esse querer opulento
Que das tuas mãos me alcança e vigia

Vontade feita das carnes do corpo lindo
Que em palavras sussurros é poesia
E em versos tesão vai descobrindo

Corpo loucura em explosão exaurindo
Trémulos os dois esgotados de amar
O cansaço como flor se vai abrindo

Lindo o verso feito de pele a desabrochar…
musa

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

CIO INVOCADO

Invoco as luas cheias
A escuridão e as neblinas
O desejo que no meu incendeias
As tuas mãos sobre as minhas colinas
O fogo as chamas que em mim ateias
Vertendo tesão dos meus olhos lamparinas
O teu corpo a galope sobre minhas campinas
Da pele asas soltas aves loucas selvagens rapinas

Invoco desinquietação bruma sudação
Manto de orvalho sobre a pele quente
Invoco desassossego loucura excitação
Vulcão aceso lavrando brasa incandescente

Num abraço invocado fundidos em penetração
Invoco o pecado das bocas olhares mãos sexos
Em apertado naufragar de vontade fruição
Querer ousar vibrar em todos os amplexos

Invoco o amor a paixão a ternura o abraço
Dos dois consentidos sem pudor nem compromisso
Assim invoco afectos carícias em tudo que faço
Como se o prazer fosse unicamente tudo isso
musa

terça-feira, 1 de novembro de 2011

ROSA MULHER

Sentada nua
Teu corpo enrolado
Feito ébano lua
O peito coronado
Pareces mulher rosa
Desabrochado botão
Pele cheirosa
Nudez perfumada
Flor delicada
Aroma tesão
Deliciosa
Pétalas brancura
Rosa sedução
Esbelta loucura
Mulher ilusão
Rosa flor feminina
Roseiral do desejo
O homem domina
Em odor de beijo
Pura sensualidade
De cor ilumina
Imortalidade
Mulher rosa
Flor preciosa
Tonalidade
Rosa mulher
musa