GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

segunda-feira, 27 de maio de 2013

PECADOS DE ESCRITA


PECADOS DE ESCRITA

Vejo-te ao fechar os olhos. É com o calor doutro corpo que se aprende a ver.
O sabor da língua deixa cair o entendimento em tentação. E o significado das palavras caladas pelo beijar faz o novo dicionário dos sentidos.
Assumo... tenho pelas palavras a cegueira quente dos sentidos e no pecado da escrita cometo o sentir mais mundano que línguas em profana vontade possam despertar ousando a pele do verbo inominado...
Pousa o teu prazer no meu corpo. É fundo o lugar onde depositas o teu desejo em mim. E no fim da caminhada estará o teu gemido a contar-me como susténs o êxtase que irá evaporar-se entre as nossas mãos.
Das areias presas no fundo humedecido das lagrimas ao sol dos dias entrançados nos dedos das mãos em versos caminhados nas palavras do prazer subtil em silêncio e poesia...
Toco na boca e descubro porque fica a língua molhada;
encontro o teu sabor; a água que irá secar-me por fora
e encharcar-te por dentro.
Troco essa humidade por maresia que me salga olhar em ondas de saudade desfeitas no peito cheio de lagrimas sorridas... Húmido mar que encontrei esperando me e que agora não me canso de olhar...
Eu queria ser todo negro
Como a noite que se deseja penetrar
Manchada de dia...
Perpetuada de horas claras e sombras
És obra de arte esculpida
pelo prazer e o desejo.
O esquecimento tem memória breve,
no teu corpo.
E o impulso onde se ergue a vontade
impõe a natureza aprisionada por dentro.
Há nas memórias da arte esculturas em esculpimento
Há nos sentidos o pensamento ressurgido do sentir
A arte esculpida de um desejo
Somente permitir
O teu beijo...
Duo, musa & Juan Pablo

terça-feira, 21 de maio de 2013

GUERRA SEDUÇÃO


GUERRA SEDUÇÃO

No frio ferro erotizado
Bélico desejo aprisionado
Corpo deitado em pecado
No canhão abandonado

Lua vermelha veste a pele
Encoberta de insatisfação
Na pedra negra do painel
Em prazer brando tesão

Nos sentidos excitados
Balas perdidas são a mão
Os desejos provocados
Na guerra da sedução
musa

segunda-feira, 20 de maio de 2013

DUPLO SONETO VERMELHO


não há vermelho nas vestes dos girassóis
não há o branco nas pétalas perfumadas
mas há o teu cheiro na pele dos lençóis
e há a tua forma nas roupas amarrotadas

e há o teu corpo pedindo sossego ardente
na ânsia febril de um beijo incontestado
no rasto dos lábios de sabor doce e quente
no palpitante instante do desejo a pecado

e há os teus seios como carne em flor
maduros botões de um fruto por colher
sabores sensações em rubro florido amor
gozando o sentido no perfume do prazer

não há o pudor dos olhos abandonados
não há o frio no corpo trémulo e suado
mas há o teu gosto nos dedos cansados
e há o teu olhar penetrante provocado

há húmidas sensações que lentas se consomem
tremuras risos espasmos lâminas de punhais
na pele onde as ilusões em doce colo dormem

há toda uma vontade renascida aos poucos
em veredas de inquietação e gestos sensuais
inebriantes sedes que nos deixam loucos

há na encarnada seda o vermelho das delicias
acesa labareda que no corpo fica a arder
de uma fome que as bocas saciam de caricias

há sublimados momentos no rubro de um beijo
a começar nos seios o crescente querer
desponta no horizonte o poente do desejo
musa

quarta-feira, 8 de maio de 2013

ARESTAS DOS SENTIDOS


Fragâncias da tua pele moldada sentir
O meu desejo embainhado em teu tesão
Aromas fluidos beijos mão que me faz vir
Nas arestas dos sentidos de louca sedução

Loucura humedecida na ponta leve dos dedos
Vontade proibida a desvendar nossos segredos
Breve emoção bebida em lábios provocantes
Saciados pele e sentidos excitação de amantes

Excitados e vencidos em gozo penetração
Sentes todos orgasmos molhados e rendidos
Os dois perdidos amando em deliciosa paixão
Em investidas vibrando espasmos consentidos

Consentindo o peso do corpo sobre o meu
Sexos extenuados em combate de desejo
Mãos e bocas mordendo suave o beijo
Fazes-me vir nesse olhar que é só teu

Alma corsária na tua embebecida
És a minha loucura de doido instante
Sou tão mulher por ti apetecida
Doce corsário meu amante
musa