GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

terça-feira, 26 de março de 2013

DESEJO ... ao João


há uma pele nua
branca leitosa
espartilho peito
uma cor crua
quente desejosa
brilhando no leito
poros na obscuridade
húmida sensualidade
perfeita curvatura
surpresa loucura
a pele desnudada
brilha imaculada
negro corpete flor
aflorando desejo
dos seios o beijo
sangrando amor
doce oferecido
terno sentido
afago sensual
escorre carnal
erótica emoção
chama tesão
fogo excitação
pose fatal
musa

quinta-feira, 21 de março de 2013

SENSUAL MADRIGAL - ao poema sensual Feliz Dia da Poesia


disseras-me
que eu era a flor
em botão
carnal

num madrigal de cheiros
suplicas odores
fazia-mos então o amor
de toques sabores
de pele e sentidos
os dois perdidos inteiros
desabrochadas flores
orvalhados de doce excitação
entre caricias e gemidos
era toda a nossa rendição
em sensual madrigal
de sentidos carnal
noite e dia

a pele um poema
os beijos versos
o olhar a poesia

em descomunal sentir
jamais algum poeta
ousou em rimas florir
poetado botão
flor de húmidos madrigais
a rosa escondida
nos versos da excitação
nos umbrais
da vida
musa


terça-feira, 12 de março de 2013

SOLSTÍCIO DO QUERER



Sortilégio das palavras em silêncio de sentidos.
Há todas as horas no repasto do tempo com fome de versos e orações no altar do sentir.
Acendem se vontades ao pavio de beijos na tremula luminosidade do desejo aclaram se poemas por escrever.
Quero-te
Beijo te... sempre...


Desejo-te, poetiza,
No altar da minha viril vontade,
De joelhos rendida perante o símbolo macho erguido,
Boca, língua, mãos em devotada adoração,
Corpos caminhos de mãos em peregrinação,
Corpos sentindo o silêncio em sofridos olhares,
Almas fundidas na ânsia aflita das paixões,
Vazios saciados preenchidos repletos,
Exaustos, no tumulto de corpos, capitulamos,
De suores e lágrimas lavados...
Sonharemos então, talvez,
Os teus poemas...
Quero-te

Escrevo a tua Alma
O amor que me ensinam as tuas palavras
Na harmonia dos sentidos em profundidade com as emoções Imaginadas tu e eu... a sensualidade dos corpos omissos
No poema por fazer a eventual vontade nascida de um verso
Na mais intensa intimidade em profanado desejo
Aprisionado no tempo vencido pelo imaginar
Partilhado palavras as nossas
Quero te eu sei... queremo-nos por tudo
O que nunca ainda existiu entre nós
Beijo te sempre...
Quero-te

Quero escrever com emoções no teu corpo,
Folha em branco para a minha imaginação,
As palavras todas, nossas, escritas...

Beijo-te...
Quero-te

há fiapos de gelo desprendido
onde a luz absorve o frio
há no sentir o sentido
vago odor do vazio
pleno de ti

em toda esta brancura
há lembranças de emoção
ainda por viver

há a promessa loucura
nas palavras a sedução
das mãos feitas prazer
deixado acontecer

há sentires com alma
a doçura do querer
instante de quietude e calma
nossas palavras por viver

saberás esperar por mim
há a espera e a ilusão
todo este desejo sem fim
em sensual vontade
doce virtualidade
louca paixão

quero te...

É bom saber do teu querer
Sentir a tua vontade arrepia-me
É quase sentir a tua boca à flor da minha pele
A tua língua saboreando-me
Um silêncio de palavras num tumulto de emoções
Quero-te

No silêncio da montanha imagino a tua respiração
Após êxtase e gozo
Sensual sentir sagrado instante no altar dos corpos
O ritual de pele e sentidos
Quero-te

No calor do leito pontas de dedos em cio
Turgindo sentidos em flamejantes inquietudes
No odor de suspiros orvalhados de fluídos
Insaciáveis deléveis lábios
Tateando arrepios incontornáveis
Onde a pele é toda sentir
Quero-te

Desejo o teu despudorado prazer
A tua boca procurando o falo intumescido
As minhas mãos invasoras
Tomando o poder entre as tuas pernas
Vacilantes vencidas
Desejo-te… ajoelhada
Penetrada pela minha demente vontade de te conquistar
E ver no teu olhar submisso, a minha glória
Quero-te

Pelos caminhos da imaginação
Conduzo a mão em silenciada peregrinação
Numa oração de sentidos deslizo dedos
Em secreto altar deleito-me de sentir
Brotando a humidade da gruta feita de segredos
Sensíveis e silentes murmúrios por descobrir
Como será essa descoberta de conquista
Pelo teu olhar…
Quero-te

Deambulo na pele das palavras
Em erógeno silêncio
Faço do sentir valado de loucura
Em sensações instantes
No verso deslizado de puro prazer
A tua boca despertando a madrugada humedecida
De turgido orvalho em torrente de sentidos
Na convulsão do poema lavrado pela tua língua
Quero-te

Acordo em ti… metida em mim
Doce acordar
Sentir a tua boca vazia de palavras
Cheia de mim… beijo-te saboreando-me, em ti
Quero-te

Silente respiração da tua pele… que ainda não senti
Beijo-te… quero-te…
musa & antonio