GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

GOZO & DOMINIO

Entrega excitação e prazer
Vivemos gozamos sentimos
Sexto sentido nosso querer
Partilhamos multiplicamos dividimos

Vibra erótica flor dos meus impulsos
És tão a minha musa em devaneios
A venda a renda o laço nos pulsos
O teu abraço aninhando-me os seios

Cuidadosamente me ensinas
Versos de pele e sentidos
O meu corpo amas dominas
Poro a poro em gemidos

Sacias-me e me pertences
Em gozo doce domínio
Todo o prazer que sentes
No meu olhar o fascínio

Ardentes húmidas ereções
Flor e falo penetrando
Pétala e haste em seduções
Luxuria amor murmurando

Sussurros prisioneiros desejo
Fulminando-nos de vontade
De amor acendes lume do beijo
Chamas quentes sensualidade

musa

DESASSOSSEGO RIO

Desassossegas-me
Como um rio de margens lambidas pelo teu desassossego
Enfurecem-me as tuas mãos no meu peito a escorrer
Águas límpidas no leito seios do sentir e do segredo
Quando com a tua boca me desassossegas de prazer...

Secreta foz onde chega a tua boca nascente
Ávida inquietação no doce abraço de um beijo
Afagos de querer em desassossego crescente
Da boca prelúdio intenso em dança de desejo

Dança olhar no trémulo instante da humidade ondulação
O suor brilha nos corpos cansados quentes extenuados
Há no sentir trilhos esvoaçados na palma da nossa mão
O desassossego abrindo caminho aos sentidos excitados

A luz dos sentidos é prata luzindo na húmida pele
À flor da água de desassossegados prazeres
Murmura o rio entre as pernas doce mel
Assim goza olhar ao me teres
E gozas desse sentido
Explosão louco gemido
Por tanto me quereres

musa

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

PÃO SEDUÇÃO - ao Jorge (Padaria S. Mamede)

Em aceso fogo bravo sensual excitação
Forno quente do teu sentir esperando
Com farinha seduzindo carnal tesão
Amassadas as palavras levedando
Pão de sentidos acrescentados
Humidade e calor em sal e fermento
E a doçura do amor sedento
A levedar desejos provocados
Que o calor vai fazer crescer
De vontade louca e de prazer
Trigo centeio mistura ou brancura
Pão de forma ou em forma sedutora
Excita e deixa subentender
O gosto pervertido de estranha loucura
O branco da farinha provocadora
O gozo do sabor meiga ternura
Que assim de poesia fazemos acontecer
Pão de sedução a ser degustado
Oferecido pela mão que sabe a pecado
Estala na boca desejo gemidos
Dentada louca trincados sentidos
É pão salgado feito de farinha ardente
Amassado de vontade e sonhos tidos
Em forno a escaldar querer que consente
Ao padeiro sedutor os versos oferecidos
Pão poema na boca sensualidade
A vontade serena de o conhecer na realidade (rsrsr)

musa

AO AMANTE DA POETISA

Se um dia disserem que a poetisa amou alguém
Perdeu-se de amores por um forasteiro sedutor
Amou-o inteiro pele e sentidos como a ninguém
Entregou-lhe corpo alma a vida e todo seu amor

Falou-lhe ao ouvido em cânticos versos declamados
Algumas vezes em gemidos se sentiu assim morrer
E nas palavras proferidas e nos silêncios provocados
Eram chamas de um fogo ateado excitação e prazer

Eram amantes em horas curtas de seduzido temporal
Afogando urgências de boca dedos olhar e doce poesia
Amavam-se de sentir em profunda necessidade carnal

Gestos urdidos sentimento em silenciada cumplicidade
Feiticeiro e bruxa presos em flor desabrochada magia
Num jardim de perfumado sexo luxuria e sensualidade

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

ABRAÇO - ao RB... abraço-te...

“queria-te aqui agora para te abraçar...
adoro os teus abraços…”

teu corpo é raiz dos meus sentidos
o meu abraço a força do vento
olhar vórtice frescura a tremer
os teus braços para mim estendidos
a acolher-me a alma o pensamento
a abraçar-me de gozo e de prazer

e os teus olhos assim perdidos
na folhagem azul do meu olhar
parecem aos meus dizer
brisas ventos incontidos
sussurros de aves a esvoaçar
paisagens de sonhos a transparecer
abraçando-os de saudade
arvore corpo folhas versos
tantos murmúrios inconfessos
embriagados de sensualidade
erotismos assim dispersos
de desejos por embeber
em ventania suavidade

o teu abraço vendaval na enseada
do corpo abraçado margens de loucura
abraço-te como a vaga do mar levada
à praia do teu sentir em abraçada ternura

musa

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

EMOÇÕES... ao Desassossego

EMOÇÕES

Há fragâncias noctívagas exalando saudade nos sulcos húmidos que perduram na ponta dos dedos ensinando caminhos na escuridão silenciada de espera... Ensinas me a esperar silencio e inquietude resvalando nas pausas das palavras por dizer quando tudo se resume ao prazer deixado na tua boca farta de mim com lucidez alucinada do gozo lento em nudez envergonhada no seio tímido do encanto partilhado de pele e sentidos... Desse amor feito por fazer emudece desejo e excitação na luxuria do tempo que nos atravessa e partilhamos de espera e emoção...
Havemos de saber... Sem sentir sem querer sem esperar…

Desejo na ponta do sabre em riste
Fere desassossego lento
Excitação persiste
Olhar sedento
Sentir querer
Acontecer
Sedução
Emoção
Prazer

No tato da língua cheiro húmus chão
Na ponta dos dedos lucidez alucinação
Travo de raízes ramos folhas haste
Vontade que sobre e baste
Sentido que nos afaste

Na tua boca humidade loucura
No vale do teu olhar ternura
Clareira de afagos
Terna doçura

Nossos olhos húmidos lagos
Vertem desejo e emoção
Sentidamente sofreguidão
Fazemos sentir
O toque da tua mão
Fazendo-me vir
Doce gemido
Ao teu ouvido
Quero-te

Vivemos de emoções
Onde semeamos ilusões
Sentidos à flor da pele
Sabor a sal e a mel

musa

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

DELEITE SENTIR

no seio do verso
o deleite dos teus sonhos
no colo do poema
o calor das tuas mãos
a tua voz serena
a deleitar-me
e o olhar
ah… o olhar
perverso
sentir

sobre o teu peito adormeço
no calor do teu abraço
de ternura desfaleço
em loucura e cansaço

de que cor são os teus seios?

Sabes aquelas conchas que ficam na orla da praia
Belos
Brancas macias endurecidas pela força do mar
Como tê-los?
A mão que em desejo se enfurece e se espraia
O salgado do mar substituído pelo doce da tua pele
Parece nos meus olhos se afundar
Um algo doce de mel
Que eu quero provar

Isso é desejo…
Tomar os teus seios nas minhas mãos poesia
Resgatar-te num beijo
Nas encrespadas ondas da maresia
Sentindo e querendo
Somente amar
Nas vagas do teu sentir morrendo
No azul dos teus olhos naufragar
Morrer vivendo

Um soneto de toque e calor
Nos teus dedos aprendendo
Palavras de amor

Em doce excitação
Sensual fulgor
Numa estrofe de inquietação
De sentidos cedendo
Sem medo sem pudor
As mãos descendo
No sentir do tesão
Um sim um não

musa

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

69

69
fendeste-me a pele de excitação
loucura desejo água prata e movimento
um beijo de ousada sedução
calou discernimento
poro a poro penetrada
tépida sensualidade
toda a pele excitada
em gozo densidade
doida sedução
nos dedos da mão
na língua na boca
a deixar-me louca
arrebatador tesão
fazemos o amor
na pele derretida
na carne fendida
a alma carnal
a deixar sentida
vontade animal
quase perversão
doce inspiração
ágil ternura
na tua boca loucura
o sexo na mão
o olhar no sexo
o sentir amplexo
sem hesitação
dizer foder
morrer contigo de prazer
por amor ou por paixão
no meu corpo te ter
musa

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

DOCE EUTERPE

E veio a este mundo a musa melodia
Doadora de prazeres do bom do bem
Tangendo a pele do corpo em poesia
Amando de sentidos como ninguém

Sabem dela usava flauta lírico poema
Nona musa da mitologia grega amada
Sentada em seu trono doce e serena
Em colo Oceano de Tétis germinada

Musa da música prazer aflorado som
Doce Euterpe reinando sensualidade
Há nos dedos da mão excitado dom

Desejo em gozo da música ao prazer
Arrebatado sentir na flor da idade
Meiga musa assim deixa acontecer

musa

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

CEGA EXCITAÇÃO ... ao Miguel... benvindo

um suspiro
um gemido
sensualmente
nudez papel papiro
corpos em ebulição
na pele desejo consentido
possuir-te lascivamente
lentamente
em dança de sedução
emergir nos contornos do teu corpo suado
submergir dos teus beijos
num lamber devorar gemer provocado
suavemente
até te aninhares nas minhas coxas
cegueira em doces gemidos
os dois a gemer
nas veredas da pele o prazer
invadindo sentidos
na minha língua cega
guardo o sabor do último beijo
aquele, que ontem não me deste...
em loucura insano desejo
os gemidos na palma da tua mão
de todos os sentidos
que de mim tiveste
em ternura excitação

musa

domingo, 1 de dezembro de 2013

VALE LOUCURA

“vontade de te amar, acarinhar o teu corpo, entrar nas tuas profundezas...”
Desnuda-me a pele o vento da tua boca respirando aroma carnal
No teu olhar desprendido em suaves insanas subtilezas
A efervescência do amor galopa quase animal
Na ponta dos dedos insanas destrezas
Ao alcance da tua boca tórrido vendaval
Vale de loucura invadindo campos floridos do teu sentir
Tuas mãos em ventania húmida e fria corporal
Derrubando todos os limites sem pedir
Respirando-me louco prazer
Amando-me até me ter
Por querer
Quero-te
musa

BEIJOS ALUCINADOS

Não sei se são beijos da tua boca a fome
Sorvendo loucura de outra boca ardente
Desassossego que sinto e me consome
Deixando-me esfomeada demente

Entregue à tua boca saboreando
Polpa húmida quente excitação
Por entre beijos me rondando
Os dedos loucos da tua mão

Beijos de boca tão alucinados
Em doce sentir meigo profundo
Dos meus teus lábios beijados
Nessa boca penetras bem fundo

E ama e beija e sente e consegue
Rios de loucura em beijos de prazer
Um orgasmo louco te será entregue
Nem que nesse beijo tenha que morrer

musa

sábado, 30 de novembro de 2013

HAVIA DESEJO

havia pele humedecida frialdade
a pedir o calor da tua suave mão
um desejo incrustado suavidade
em sentir alucinado de tesão

havia os poros despertados mel
adocicado desejo da tua boca
nos lábios o gosto amargo fel
de sentir-me perdida e louca

havia no teu olhar tanta loucura
um frémito ardente sedução
o corpo inteiro de ternura
a fervilhar húmida excitação

havia um falo erecto e duro
um roseiral de odor inebriante
um fruto saboroso e maduro
degustado na tua boca amante

havia em ti inteiro doido querer
na boca nas mãos no sexo dorido
o êxtase supremo luxuria prazer
em convulsão entregue rendido

musa

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

NA TUA BOCA

"Nas madrugadas em que descobrimos o prazer, os lençóis agarram-se aos corpos, as mãos procuram a pele em desespero, e até a felicidade se encolhe para nos poder entender. Tu ensinas-me a encontrar o interior das tuas pernas, o espaço em que todos os orgasmos se reúnem, depois há toda uma textura para procurar, as rugas sapientes do redor dos teus olhos, o toque macio de todas as curvas do teu peito, até que a verdade absoluta se impõe. Toda tu me puxas para dentro de ti e todo eu me empurro para o calor do teu ventre. E acontece o céu."
Pedro Chagas Freitas

… sentir a tua boca amainando
lavradio de tesão
a ponta dos dedos pulsando
sulco húmido grito
entre os lábios se elevando
no teu olhar vidrado o grito
ritmada dança da mão
flor desabrochada doçura
insana ousada ternura
beijos a boca sorvendo loucura
gosto de desejo excitação
pele quente e louca
querendo mais e mais
do teu sentir
da tua boca...
musa

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A COR DO ÊXTASE

Procurei a cor do êxtase em sentir mental
Em cada palavra o desassossego sedento
Nas entrelinhas a inquietação carnal
O êxtase passivo e lento
Quente húmido sal
No corpo intenso
Sensível inteiro
Dócil e denso
Braseiro

Tons da tua pele enrubescida
Volátil odor perfumado cheiro
Em profundo colorido imenso
Extasiada sensação sentida
Pervertido ousado extenso
Adocicado e terno tintureiro 
Mais do que fogo aceso
Mais do que sentidos
Mais do que fogo preso
Caminhos proibidos
Profanados
Em mim

Nos trilhos do pensamento
Em sensual humedecida sedução
Louco contentamento
Ávida excitação
Arrebatamento
Sem fim

Subitamente desprendida
Nos lábios o olhar cor carmim
Em transe desmedido
Chama em mim acendida
Em olhar consentido
Um quase ter quase vir
Súbito prazer
Sentir

Transe vulcânica meiga ilusão
Profana tela pele e sensações
Derramadas tonalidades pela mão
Em êxtase serenidade
Doces ilusões e torpor
Toda a sensualidade
Das paixões
A cor

musa

domingo, 10 de novembro de 2013

A HÓSPEDE MISTERIOSA – Conto erótico

A HÓSPEDE MISTERIOSA – Conto erótico
O jogo começou pelos meandros de um site de encontros, casualmente a conversa deambulou pelos bites carregados de sensualidade e sedução.
Ele apresentou-se como um diretor de hotel e ela funcionária de uma agência de viagens, divagaram por temas variados desde a personalidade de cada um até uma conversa sobre desejos ocultos transbordando aventuras secretas, abordando intenções e objetivos de ali estarem sem necessariamente culpas ou compromissos, provocaram e amansaram palavras em cio tempestivo induzido de trivial excitação rumo a um prazer imaginativo cheio de interrogações passaram testemunho de vontades e sonhos.
Alta magra, olhos amendoados de um azul doce e sereno, emoldurava-lhe o rosto um cabelo medio de âmbar doirado, a pele bronzeada e límpida transparecia a serenidade e timidez que lhe ocupavam a alma e descarnava dos sentidos a pequenez da ousadia que a levara até ali em busca não sabia bem do quê, mas atendendo a um chamado interior carnal e insano pervertendo-lhe o sangue e a lucidez, domada numa afável elegância aprendia os caminhos dessa secreta aventura que a esperava nos seus quase cinquenta anos de vivencia quieta de esposa fiel e aquietada a uma relação estável e afetuosa.
De estatura média, cabelo e barba grisalhos, uns olhos azuis de Paul Newman, boca pequena lábios sensuais, mãos pequenas e macias, magro, olhar atrevido e agitado, postura de gestos sossegados, misterioso, buscando nas palavras o deleite dos sentidos em atrevimento e ousadia, dominava como macho altivo por palavras presas seletivas devidamente escolhidas num código de conduta silenciado pelo distanciamento a que se propunha no embate furtuito que determinava o avanço da situação ou a escolha consumada em vista ao desfecho ou o impasse que lhe proporcionava horas de lambuzado delírio em luxo de sentir pela virtualidade da conversa e dando asas a relutante imaginação, reacendia humidade e calor vibrando pulsátil devoção por uma emotividade carregada de sensualidade e desejo.
A conversa retomou-se durante alguns dias, em horas mortas de horário de trabalho, surpreendiam e eram surpreendidos pela sintonia de sentidos a que os dois se propunham com a troca de palavras, acertavam agulhas, colocavam na mesa várias sugestões, incendiavam-se e humedeciam-se, elevavam a fasquia da sedução a cada entendimento que surgia entre conversas alinhavando capítulos de um tórrido encontro proporcionando gozo delirante em luxuriante cenário.
Entre eles apareceu um outro perfil dando luta à sedução, audaz caprichoso insistente, o professor de matemática seduzia pela capacidade numérica de raciocínio esplendido com que a torturava de prazer retorico, fazendo-a sonhar com resultados de um kamasutra fantasioso ainda por inventar.
Havia entre eles um teorema de sentidos invadindo segmentos nos espaços geométricos da matemática dos desejos existindo uma linha côncava de sensualidade que dividia sagrados e profanos sentidos em contas sobre a pele como rosário desfiado de múltiplas sensíveis pérolas equacionais, havia números carnais que aumentavam a excitação e equações de sensibilidade que davam e tiravam prazer na pele das contas por fazer mas era mais a multiplicação de insondáveis orgasmos que definia a unidade do que era o sentir na teoria dos números fracionados de tesão em poesia de sentidos e a insaciável soma de tudo o que se dava nessa aritmética de sensações que gozavam por pura loucura de formas e conteúdos em denominadores comuns de suor saliva e sémen na ciência do raciocínio lógico e abstrato do desejo das quantidades, medidas, espaços, estruturas e variações dos sexos fundidos num só e era o corpo a sua matemática aplicada a uma teoria dos números que ficava na álgebra penetrada das sensações induzidas pela imaginação partilhada em conversas escaldantes e pós horário de trabalho ou hora do almoço, em virtual combate de sedução.
Combinaram encontrar-se numa noite chuvosa e fria. Levariam máscaras a cobrir o rosto e só as tirariam de comum acordo. Quando chegassem à recepção do motel ela viraria o rosto para o vidro da janela do carro e assim permaneceria até que ele seguisse para a garagem indicada pelo recepcionista.
Entrou no carro estacionado ao lado dela, disse-lhe olá e ele seguiu para o motel, ele segurando a mão dela como consentimento do encontro, os dois em silêncio no escuro da noite, fervilhando de excitação, mordendo lábios inferiores, com um brilho efusivo no olhar a abarrotar de tesão, já no interior da garagem do motel aproximaram bocas e deixaram línguas enrolarem-se numa quente e húmida dança enrijecendo órgãos sensíveis e loucos de vontade de gozação sentida.
Saíram do interior do carro e subiram as escadas de mão dada, no interior do quarto ele sentou-se no sofá e puxou-a para o seu colo em cima dos seus joelhos, abraçou-a e começou a beijá-la no pescoço, pegou-lhe na mão e mordiscou-lhe a ponta dos dedos e lambeu-lhe devagar e demoradamente a palma da mão, enquanto lhe desabotoava a blusa e a fazia cair dos ombros, ia trocando beijos entre o pescoço, os braços, as mãos e a boca, ao mesmo tempo abraçava-a e aumentava o desejo entre eles, fê-la levantar-se, entre as suas pernas, puxou-lhe a saia para baixo deixando-a em lingerie e meias de seda com liga de renda, beijou-lhe o ventre e entre coxas, enquanto ela lhe afagava os cabelos, e os humedecia com os seus beijos fogosos e quentes, escaldava-lhe a pele que eriçava com o contacto dos lábios molhados, fazendo-a estremecer de tesão, ele levantou-se e deixou-a tirar-lhe a camisa e as calças, encostaram-se e queimaram corpos excitados, roçaram-se de tumefactos ardores e entre suspiros e gemidos acariciaram sexos empapados de fluidos prestes a rebentar.
Ele empurrou-a para a cama e deitou-se sobre ela, beijaram-se lentamente e foram descendo os beijos em caminhos de sedução, ele por cima dela aterrou no meio das sua pernas e fê-la gozar vertiginosamente com a sua língua deslizante abocanhando todos os múltiplos orgasmos que se iram desfazendo na sua boca como ondas numa praia solta de espuma e maresia, sentia-lhe cada orgasmo como maré enchente e vazante, cadenciados, ritmados, pulsáteis, como um rio transbordante de margens, da nascente à foz, era na sua boca uma torrente de águas quentes e adocicadas, excitando-o cada vez mais.
Inverteram posições e ela sobre o seu corpo dançou beijos e mãos, em eréctil dança, chegou do seu pescoço ao falo turgido e possante, humedecido e quente, fê-lo roçar entre as suas mãos, aproximou-lhe a língua e em círculos deixando cair-lhe saliva, invadiu a pequena cratera com a ponta da língua, engoliu-o até ao fundo da garganta, escorregou os lábios até fazer descer toda a glande, abraçou-o com a boca demoradamente e repetidamente fazendo-o gritar de prazer, enquanto lhe segurava as mãos apertando-as, ela de joelhos entre as suas pernas abertas, os seios roçando sobre elas, sentindo-lhes os bicos duros quase perfurando as suas coxas, sugou-lhe toda a virilidade e tesão, fazendo-o vir e engolindo todo o néctar pegajoso e leitoso, deixava-lhe a mão solta em caricias leves de vez em quando penetrando-a, acariciando o clitóris doidamente excitado, fazia-a vir vezes sem conta, e num arrebatado sessenta e nove deitou-se ao lado dela, cabeça entre as pernas e boca colada ao sexo molhado e bebeu-a até a fazer gritar não, não mais não, deixando-a esfomeada de sexo e penetração, pediu-o sabendo que naquele instante seria impossível tal façanha, ligou o numero do professor de matemática e já seduzidos ao ouvido pelo telemóvel, deitada ao lado dele, acariciou-se e fez-se vir com a sua mão imaginando a do professor, em masturbação de sentidos, num teorema de sensações imaginadas, gozou nos seus próprios dedos, invocando a matemática do sentir.
Deitada, de pernas completamente escancaradas começou com as caricias. Os seus dedos faziam movimentos em oito nos grandes lábios, deixando a rosa em rubra cor muito melada como cheia de um orvalho feito a clara do ovo quase liquida, levava os dedos a boca sentindo-lhe o próprio gosto, em seguida pressionava o clitóris inchado em movimentos rápidos, remexendo-se toda, como se um vulcão adormecido de lava escaldante estivesse prestes a explodir, desejava ser penetrada nesse fogo incandescente.
Ainda sobre o leito, olhando os corpos nus reflectidos nos espelhos do tecto, com as pernas elevadas enfiou o vibrador na sua flor sedenta, num vai e vem frenético, as vezes parava para sentir a sua própria vibração, o seu mel escorria sobre o lençol, os dedos deslizavam em movimentos circulares penetrando devagar e dando lugar ao vibrador e à língua gulosa do desconhecido que ainda mantinha a pequena mascarilha escondendo-lhe os olhos.
Seguiram-se orgasmos múltiplos, não conseguia parar de ser vir, ainda com o vibrador em alternados movimentos de língua e dedos, trocando de posições e gemendo todo o tesão que aumentava mais e mais, sentiu-lhe o falo tumefacto e húmido em novo orgasmo impulsivo e trepidante, delirou quando ele a penetrou sem aviso e quase de surpresa, gozando a masturbação idílica em sintonia virtual com a matemática aplicada, o corpo todo estremecia impulsionado de movimentos rápidos e invasivos, saciando-lhe o ímpeto de gozação tardia, sentia o arrebatamento dos orgasmos súbitos e ardentes uns atrás dos outros, em delírio e gozo sem limites.
Por instantes mudaram de cenário e ele segredou-lhe que seria a sua hóspede misteriosa, dando-lhe instruções para que ela se dirigisse a um determinado quarto, entrasse deixando o quarto às escuras, se deitasse e esperasse por ele.
Ele chegou ao fundo da cama, levantou o lençol e foi gatinhando ao seu encontro, tacteando a sua pele nua, colou-se a ela e começou a beijar-lhe o pescoço sussurrando-lhe QUERO-TE, estremecendo com a respiração ofegante e sentindo-lhe o hálito quente, arrepiava-se com o calor das suas mãos e a proximidade da sua boca, um desejo forte de tesão excitação e frio apoderou-se dos corpos elevando sexos e seios e uma nova sede nasceu por entre as caricias ousadas penetrando orifícios humedecidos e em fervente contacto estimulados pelos gemidos partilhados ao ouvido.
Era como se nunca nenhum homem a tivesse tido de verdade, como se nunca lhe tivessem abertos as pernas e a bebessem como água nascida para saciar uma sede moribunda, como quem tem sede e anseia beber o líquido que escorre, fio de água nascente, torpor, deleite, na fonte riacho de água límpida saciando essa sede latejante nascida do falo abocanhado metido na boca como quem submete uma mulher a uma sede tranquila de sobrevivência em serena doação de prazer e a salva de uma secura lenta com o jorro do leite ainda morno, escorrendo pelos cantos da boca como fêmea amamentando e cria se deleitando, os dois se alimentaram debaixo do lençol em duelo esvoaçante de ondulações serenas, corpos feitos searas modeladas de beijos em ventania, predador e presa em espera e abate, mulher que caça é a mesma mulher que quer ser abatida, numa insensatez livre de amarras e de dogmas, o prazer renascido era cavalgado até à exaustão.
Experimentou por duas vezes a sensação da "ejaculação feminina" (em inglês é squirting), um orgasmo feminino que docemente enlouquece... um gozo com todos os ingredientes de uma excitação feminina normal (tremores, gritos, respiração ofegante, quase um desespero, pernas cambaleantes) e mais um ingrediente absolutamente inacreditável e simplesmente maravilhoso, um jorro, esguicho, jacto discreto mas abundante e rápido, almiscarado e límpido, odor a puro sexo, absurdamente forte em feromonas e sais de tesão, pulsando involuntariamente, excitando-o terrivelmente, ficou doido com aquela sensação involuntária e única, tão fugaz como o ultimo capitulo do orgasmo provocado, apetecendo-lhe repetir a cena mais vezes, acariciou-a até a fazer gritar mais não novamente, afastando-lhe a boca do seu sexo aturdido, afogueado purpura completamente inundado, em luxuria de delírio estridente.
Sentia o seu corpo como o mais luxuoso dos hotéis, cada pedaço da sua pele era um quarto convidando a repouso vibrante, em cativo convite a dormitar segredos da noite desflorados de tentações e fantasias, em envolvência de cenários imaginados, repasto de ousadias, os poros abertos pela sudação relaxavam pelo prazer extenuante.
Já debaixo do chuveiro a sensação da água quente a cair sobre a pele devolveu novos arrepios e as bocas coladas uma na outra provocaram ainda mais humidade.
musa

terça-feira, 29 de outubro de 2013

GOSTO A SAL - ao Jorge com um beijo de sedução da musa

Degusto teu corpo salgado
Sussurro na tua orelha
Na tua boca vermelha
Um beijo adocicado
Acende centelha
Do pecado

És fruto proibido
Pedaço de mau caminho
Fogo no olhar acendido
Provocando desatino
E doce excitação
Meiga sedução
Doido prazer
Abrasador
Calor

Deixas-me quente suada
A pele em sal humidade
Nas mãos ardendo esgotada
Em torrente sensualidade
A boca deslizando
A roupa tirando
Suspirando
..

musa