GRÃO DE MALÍCIA

A minha foto
Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

GOZO & DOMINIO

Entrega excitação e prazer
Vivemos gozamos sentimos
Sexto sentido nosso querer
Partilhamos multiplicamos dividimos

Vibra erótica flor dos meus impulsos
És tão a minha musa em devaneios
A venda a renda o laço nos pulsos
O teu abraço aninhando-me os seios

Cuidadosamente me ensinas
Versos de pele e sentidos
O meu corpo amas dominas
Poro a poro em gemidos

Sacias-me e me pertences
Em gozo doce domínio
Todo o prazer que sentes
No meu olhar o fascínio

Ardentes húmidas ereções
Flor e falo penetrando
Pétala e haste em seduções
Luxuria amor murmurando

Sussurros prisioneiros desejo
Fulminando-nos de vontade
De amor acendes lume do beijo
Chamas quentes sensualidade

musa

DESASSOSSEGO RIO

Desassossegas-me
Como um rio de margens lambidas pelo teu desassossego
Enfurecem-me as tuas mãos no meu peito a escorrer
Águas límpidas no leito seios do sentir e do segredo
Quando com a tua boca me desassossegas de prazer...

Secreta foz onde chega a tua boca nascente
Ávida inquietação no doce abraço de um beijo
Afagos de querer em desassossego crescente
Da boca prelúdio intenso em dança de desejo

Dança olhar no trémulo instante da humidade ondulação
O suor brilha nos corpos cansados quentes extenuados
Há no sentir trilhos esvoaçados na palma da nossa mão
O desassossego abrindo caminho aos sentidos excitados

A luz dos sentidos é prata luzindo na húmida pele
À flor da água de desassossegados prazeres
Murmura o rio entre as pernas doce mel
Assim goza olhar ao me teres
E gozas desse sentido
Explosão louco gemido
Por tanto me quereres

musa

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

PÃO SEDUÇÃO - ao Jorge (Padaria S. Mamede)

Em aceso fogo bravo sensual excitação
Forno quente do teu sentir esperando
Com farinha seduzindo carnal tesão
Amassadas as palavras levedando
Pão de sentidos acrescentados
Humidade e calor em sal e fermento
E a doçura do amor sedento
A levedar desejos provocados
Que o calor vai fazer crescer
De vontade louca e de prazer
Trigo centeio mistura ou brancura
Pão de forma ou em forma sedutora
Excita e deixa subentender
O gosto pervertido de estranha loucura
O branco da farinha provocadora
O gozo do sabor meiga ternura
Que assim de poesia fazemos acontecer
Pão de sedução a ser degustado
Oferecido pela mão que sabe a pecado
Estala na boca desejo gemidos
Dentada louca trincados sentidos
É pão salgado feito de farinha ardente
Amassado de vontade e sonhos tidos
Em forno a escaldar querer que consente
Ao padeiro sedutor os versos oferecidos
Pão poema na boca sensualidade
A vontade serena de o conhecer na realidade (rsrsr)

musa

AO AMANTE DA POETISA

Se um dia disserem que a poetisa amou alguém
Perdeu-se de amores por um forasteiro sedutor
Amou-o inteiro pele e sentidos como a ninguém
Entregou-lhe corpo alma a vida e todo seu amor

Falou-lhe ao ouvido em cânticos versos declamados
Algumas vezes em gemidos se sentiu assim morrer
E nas palavras proferidas e nos silêncios provocados
Eram chamas de um fogo ateado excitação e prazer

Eram amantes em horas curtas de seduzido temporal
Afogando urgências de boca dedos olhar e doce poesia
Amavam-se de sentir em profunda necessidade carnal

Gestos urdidos sentimento em silenciada cumplicidade
Feiticeiro e bruxa presos em flor desabrochada magia
Num jardim de perfumado sexo luxuria e sensualidade

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

ABRAÇO - ao RB... abraço-te...

“queria-te aqui agora para te abraçar...
adoro os teus abraços…”

teu corpo é raiz dos meus sentidos
o meu abraço a força do vento
olhar vórtice frescura a tremer
os teus braços para mim estendidos
a acolher-me a alma o pensamento
a abraçar-me de gozo e de prazer

e os teus olhos assim perdidos
na folhagem azul do meu olhar
parecem aos meus dizer
brisas ventos incontidos
sussurros de aves a esvoaçar
paisagens de sonhos a transparecer
abraçando-os de saudade
arvore corpo folhas versos
tantos murmúrios inconfessos
embriagados de sensualidade
erotismos assim dispersos
de desejos por embeber
em ventania suavidade

o teu abraço vendaval na enseada
do corpo abraçado margens de loucura
abraço-te como a vaga do mar levada
à praia do teu sentir em abraçada ternura

musa

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

EMOÇÕES... ao Desassossego

EMOÇÕES

Há fragâncias noctívagas exalando saudade nos sulcos húmidos que perduram na ponta dos dedos ensinando caminhos na escuridão silenciada de espera... Ensinas me a esperar silencio e inquietude resvalando nas pausas das palavras por dizer quando tudo se resume ao prazer deixado na tua boca farta de mim com lucidez alucinada do gozo lento em nudez envergonhada no seio tímido do encanto partilhado de pele e sentidos... Desse amor feito por fazer emudece desejo e excitação na luxuria do tempo que nos atravessa e partilhamos de espera e emoção...
Havemos de saber... Sem sentir sem querer sem esperar…

Desejo na ponta do sabre em riste
Fere desassossego lento
Excitação persiste
Olhar sedento
Sentir querer
Acontecer
Sedução
Emoção
Prazer

No tato da língua cheiro húmus chão
Na ponta dos dedos lucidez alucinação
Travo de raízes ramos folhas haste
Vontade que sobre e baste
Sentido que nos afaste

Na tua boca humidade loucura
No vale do teu olhar ternura
Clareira de afagos
Terna doçura

Nossos olhos húmidos lagos
Vertem desejo e emoção
Sentidamente sofreguidão
Fazemos sentir
O toque da tua mão
Fazendo-me vir
Doce gemido
Ao teu ouvido
Quero-te

Vivemos de emoções
Onde semeamos ilusões
Sentidos à flor da pele
Sabor a sal e a mel

musa

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

DELEITE SENTIR

no seio do verso
o deleite dos teus sonhos
no colo do poema
o calor das tuas mãos
a tua voz serena
a deleitar-me
e o olhar
ah… o olhar
perverso
sentir

sobre o teu peito adormeço
no calor do teu abraço
de ternura desfaleço
em loucura e cansaço

de que cor são os teus seios?

Sabes aquelas conchas que ficam na orla da praia
Belos
Brancas macias endurecidas pela força do mar
Como tê-los?
A mão que em desejo se enfurece e se espraia
O salgado do mar substituído pelo doce da tua pele
Parece nos meus olhos se afundar
Um algo doce de mel
Que eu quero provar

Isso é desejo…
Tomar os teus seios nas minhas mãos poesia
Resgatar-te num beijo
Nas encrespadas ondas da maresia
Sentindo e querendo
Somente amar
Nas vagas do teu sentir morrendo
No azul dos teus olhos naufragar
Morrer vivendo

Um soneto de toque e calor
Nos teus dedos aprendendo
Palavras de amor

Em doce excitação
Sensual fulgor
Numa estrofe de inquietação
De sentidos cedendo
Sem medo sem pudor
As mãos descendo
No sentir do tesão
Um sim um não

musa

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

69

69
fendeste-me a pele de excitação
loucura desejo água prata e movimento
um beijo de ousada sedução
calou discernimento
poro a poro penetrada
tépida sensualidade
toda a pele excitada
em gozo densidade
doida sedução
nos dedos da mão
na língua na boca
a deixar-me louca
arrebatador tesão
fazemos o amor
na pele derretida
na carne fendida
a alma carnal
a deixar sentida
vontade animal
quase perversão
doce inspiração
ágil ternura
na tua boca loucura
o sexo na mão
o olhar no sexo
o sentir amplexo
sem hesitação
dizer foder
morrer contigo de prazer
por amor ou por paixão
no meu corpo te ter
musa

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

DOCE EUTERPE

E veio a este mundo a musa melodia
Doadora de prazeres do bom do bem
Tangendo a pele do corpo em poesia
Amando de sentidos como ninguém

Sabem dela usava flauta lírico poema
Nona musa da mitologia grega amada
Sentada em seu trono doce e serena
Em colo Oceano de Tétis germinada

Musa da música prazer aflorado som
Doce Euterpe reinando sensualidade
Há nos dedos da mão excitado dom

Desejo em gozo da música ao prazer
Arrebatado sentir na flor da idade
Meiga musa assim deixa acontecer

musa

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

CEGA EXCITAÇÃO ... ao Miguel... benvindo

um suspiro
um gemido
sensualmente
nudez papel papiro
corpos em ebulição
na pele desejo consentido
possuir-te lascivamente
lentamente
em dança de sedução
emergir nos contornos do teu corpo suado
submergir dos teus beijos
num lamber devorar gemer provocado
suavemente
até te aninhares nas minhas coxas
cegueira em doces gemidos
os dois a gemer
nas veredas da pele o prazer
invadindo sentidos
na minha língua cega
guardo o sabor do último beijo
aquele, que ontem não me deste...
em loucura insano desejo
os gemidos na palma da tua mão
de todos os sentidos
que de mim tiveste
em ternura excitação

musa

domingo, 1 de dezembro de 2013

VALE LOUCURA

“vontade de te amar, acarinhar o teu corpo, entrar nas tuas profundezas...”
Desnuda-me a pele o vento da tua boca respirando aroma carnal
No teu olhar desprendido em suaves insanas subtilezas
A efervescência do amor galopa quase animal
Na ponta dos dedos insanas destrezas
Ao alcance da tua boca tórrido vendaval
Vale de loucura invadindo campos floridos do teu sentir
Tuas mãos em ventania húmida e fria corporal
Derrubando todos os limites sem pedir
Respirando-me louco prazer
Amando-me até me ter
Por querer
Quero-te
musa

BEIJOS ALUCINADOS

Não sei se são beijos da tua boca a fome
Sorvendo loucura de outra boca ardente
Desassossego que sinto e me consome
Deixando-me esfomeada demente

Entregue à tua boca saboreando
Polpa húmida quente excitação
Por entre beijos me rondando
Os dedos loucos da tua mão

Beijos de boca tão alucinados
Em doce sentir meigo profundo
Dos meus teus lábios beijados
Nessa boca penetras bem fundo

E ama e beija e sente e consegue
Rios de loucura em beijos de prazer
Um orgasmo louco te será entregue
Nem que nesse beijo tenha que morrer

musa