GRÃO DE MALÍCIA

A minha foto
Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

domingo, 10 de fevereiro de 2013

PRELÚDIO DESEJO



errarei um arco de sentidos imperfeito
o palco das tuas mãos em vénia curvada
toda a pele vivida rendida tida
na pele do teu peito de beijos lavrada
na pele do teu ventre de beijos sentida
de sedução e sentidos desejada
desejo profano eleito viver no corpo já suado
altar de luz loucura claridade
flor de sensualidade e manso pecado
instantes de gozo pleno e de prazer
que nos teus olhos vejo incendiado
fogo aceso
corpo a arder
insano tesão
esse amor preso nas rédeas da tua mão...
musa

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

TEOREMA DE SENTIDOS


nos espaços geométricos da matemática dos desejos há uma linha côncava de sensualidade que divide sagrados e profanos sentidos em contas sobre a pele como rosário desfiado de múltiplas sensíveis pérolas equacionais

há números carnais que aumentam a excitação e equações de sensibilidade que dão e tiram prazer na pele das contas por fazer mas é mais a multiplicação dos meus orgasmos que define a unidade do que é o meu sentir na teoria dos números fracionados de tesão
em poesia de sentidos

a insaciável soma de tudo o que te dou nessa aritmética de sensações que gozas por pura loucura de formas e conteúdos em denominadores comuns de suor saliva e sémen na ciência do raciocínio lógico e abstrato do desejo das quantidades, medidas, espaços, estruturas e variações dos nossos sexos fundidos num só

é o meu corpo a tua matemática aplicada

a teoria dos números fica na álgebra penetrada
musa

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

VIR-SE


há em ti
não só
o poema
a mão que esgaça
caule desprovido de folhas
a dor desejo a açucena
despida de pétalas escolhas
orgasmo que amordaça
a boca fechada
no caule da flor
na haste abocanhada
o botão orvalhado
de rubra cor
entesado
se vem

Eros perdido
Em Éden ajardinado
Respira o aroma vertido
Do teu sexo empapado
Em fluidos odores
Bucais resíduos e cores
Onde sossega
A mangueira da rega
E o adubo das caricias
Espremidas delicias
Nessa adoração cega
Colhidas flores
No teu sentir

da mão o vento agita
o falo dançante
faúlha que crepita
fogo amante
em gozação
turgido tesão
boca delirante
dança com a mão
a lava prestes a expelir
o gozo perto de ser
a vontade a explodir
tanto o tesão de prazer
que boca e mão fazem vir
musa