GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

SETEMBRO... SIM

https://youtu.be/RSnHoynH-4o

SETEMBRO, SIM

Talvez Setembro…
Seja o mês de resgatarmos, aos sonhos, as ilusões..
O calor do verão será então apenas uma memória à flor da pele…
E será bom sentir a luz dos teus olhos iluminando os meus,
E a água cristalina da tua voz a escorrer-me pela garganta…
Talvez Setembro…
Seja um bom mês para aflorar com os meus lábios os teus...
E refrescar, finalmente, a minha alma sedenta e seca
De um verão árido de abraços, vazio de tudo…
Talvez Setembro…
Porque há um tesouro esquecido,
Que nos relembra que estamos vivos,
...E é um mês repleto de bonitas canções…

"...C´est en septembre
Que l'on peut vivre pour de vrai…"

Beijo-te

Ant.”

Setembro esmaecido de memórias
Tonalidades de sonhos desmaiados
De tons quentes e adocicados
Crepúsculos de meigas histórias
E dias pelos dedos contados

E a certeza do que vai acontecer
Olhares tímidos envergonhados
Como se esse súbito entardecer
Abrisse em flor doidos pecados

E na aridez de abraços e lábios sedentos
A ternura e os beijos guardados
A acalmar cansaços e sentimentos
E a doçura de silêncios intimidados
musa


terça-feira, 14 de agosto de 2018

PROVOCAÇÕES

PROVOCAÇÕES


“Provocas-me

Uma ambiguidade de emoções

Um travo agridoce

Palavras que me repletam

E ao mesmo tempo me magoam…

Poemas onde revejo tanto do que (não) nos aconteceu,

E onde vislumbro o que perdi. O que perdemos, ou deixamos passar… por nós…

E a visão disso tudo que não vivemos,

Desse tesouro que não quisemos encontrar,

Magoa-me o olhar nostálgico, tanto o brilho imaginado…

E fico assim, nesta dor doce e amarga,

Perdido entre o que nunca se cumpriu,

E o que ainda pode acontecer…

Beijo-te… sempre!

Ant.”



Cálidos os silêncios ambíguos e emotivos
De um travo agridoce provocador
De palavras com que me enches de sentidos
Mágoas de um tempo de prazer sem amor
Em silenciada poesia imaginada
A triste provocação
De quem espera nada
E vive de ilusão


O olhar e a nostalgia
O entardecer e a madrugada
O crepúsculo madrugador
O silêncio perturbador
A súbita melancolia
Da doce dor amargada
Em vislumbrada fantasia


Perdemos o que nunca cumprimos
Tanto que quiséramos e sentíamos
E que ainda pode acontecer um dia
Prometemos talvez encontrar
Um tesouro esquecido
Ou talvez perdido
Ou quem sabe provocar
Um desejo dividido
Louca poesia
musa