GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

SAUDADES DAS TUAS MÃOS DE AGORA

Ainda hoje
Surgem as tuas mãos de agora
Vindas de pequenos nadas
Nas costas quentes suadas
Em urgência e em demora 
Poisam silêncios e saudade
E gritam a sensualidade
De despertada sedução
E nessas alvoradas
De loucura e prazer
Fazem a pele estremecer
Doçura excitação
O corpo desfalecer
Saudoso e quente
Morrendo de vontade
Como quem consente
Essas mãos ter
Em louca intimidade
Deixar-se beber
Impulsividade
Pelos teus dedos
Cumplicidade
Em carícias trementes
Acordando segredos
Húmidos quentes
Doces apertos
Desejos despertos

Corpos arrefecidos 
Nas mãos escaldantes
Beijos lambidos
De gozo atrevidos
Fazemos-nos amantes
De fogo sentidos
Nas tuas mãos labaredas
Deixas nas minhas costas fogueiras acesas
Provocas chamas gemidos
Ficamos os dois perdidos
Tão somente rendidos
...
musa

sábado, 28 de janeiro de 2017

VALE DELÍRIOS

VALE DELÍRIOS

Descobri
Um vale de lírios
Nos sulcos húmidos
Do teu corpo
A fragrância de delírios
Em botões de azul a abrir
Lírios azuis orvalhados a florir
De amanhecidos beijos
Corpos abraçados a desejos
Em manhã de sentir
E no vale de lençóis o teu olhar escondido
Era a luz que amanhecia
Tímida e vã acontecia
Para iluminar o sentido
Os lírios do vale em poesia
E na pele um trilho perdido
A boca seguia
...
musa


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

DESPE-ME

Tira-me o vestido
Despe-o
No chão da tua boca
E verás o que vais descobrir
Em rendado sentir
Molha de saliva o negro tecido
Como quem rasga de segredo o ventre
De força ávida e louca
Húmido e quente
Em floreado cetim
E abre botões de prazer
Um jardim florido
De loucura desejo
Em pétalas de querer
Num frenesim oferecido
Por tão intimo beijo
A florir de endoidecer
...
musa

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

GRÃO DE MALICIA

GRÃO DE MALÍCIA

Na tarde de todos os encontros
Quando desespero se faz espera
E se fantasiam todos os confrontos
E se faz do frio primavera
Os corpos aquecidos de loucura e cio
Entre doces gemidos e um beijo fugidio
E a boca em rendição
À ternura do tormento
No rastro da excitação
No fruir do sentimento
Malícia em aventuras doidas carnais
As tuas mãos nas minhas cravadas
Em movimentos sensuais
Fortemente agarradas
Como areia a escorrer
Em intima vontade
Fazendo estremecer
No gozo da saudade
No palco da paixão
Exultas um grão de malícia ardente
Na pele húmida e quente
Nas linhas da tua mão
Uma sina de endoidecer
Há linhas longas de prazer
E a vida a acontecer
...

musa

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

AOS TEUS BRAÇOS

PRECE

No teu peito vivo
Pulsante a seiva a escorrer
Na boca um grito mordido
Na carne um rio de prazer
Na pele o ritmo a arder
Palavra a palavra mais e mais
Em loucura e querer
A vibração de punhais
Rasgando de amor
Em golpes de excitação
E húmido torpor
E liquida gozação
Na mais intima sensibilidade
A prece da saudade
Aos corpos nus de vontade
Porque se existe no teu peito um altar
É a ele que eu vou amar e orar
...
musa

SEDE DE LOUCURA

O céu num arrebatamento
O corpo entorpecido
O doce gozo sentido
Em intimo momento
O tempo que parece parar
A luz húmida do olhar
O gemido de um silêncio
Em ondas de vibração
Da seiva que fica a cantar
Em melodia excitação
No calor dos corpos colados
De fluidos perfumados
De intimidade e sedução
Em rios de prazer
Que são na boca endoidecer
E na pele inebriante tortura
A louca fonte onde beber
E matar a sede loucura
...
musa

ABRAÇO DE NÃO TE TER

Tem o tempo nos braços
A meiguice de te esquecer
Dos silêncios e dos cansaços
Dos beijos dos abraços nas tardes de prazer
Das mãos no corpo a estremecer
Na fonte o húmido nascer
Na pele o bem querer
Em rituais de excitação
Em preces a um deus maior
Em gemidos oração
Em gozo sentido do amor
Em carnal altar
A doce sublimação
Em tímido vibrar
Em intima comunhão
Jamais esquecida
Pode o tempo perder a vida
Entregue ao esquecimento
E no mais choroso lamento
Em mergulho de lembranças
Resgatam as tuas mãos mansas
Resquícios de cúmplices momentos
Fogo que não se apaga de tanto arder
Em queixumes sentimentos
Do amor que ficou por fazer
Do tempo num abraço de não te ter
...

musa