GRÃO DE MALÍCIA

A minha foto
Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

domingo, 30 de dezembro de 2012

BALLET DE SENTIDOS


Concedes-me a dança do afago dentro de ti
Poetando entranhas que descubro de tesão
Em ballet de sentidos como nunca eu senti
Passos em ponta de bicos em doida sedução

As tuas pernas são cisnes rodopiando no lago
O tule desliza na água do teu corpo a escorrer
Em doces caricias murmúrios sussurros afago
Todo teu secreto segredo endoidado de prazer

Danças os sentidos na ponta dos dedos descobrindo
Todo teu corpo entregue ao ato de loucura
Flor da pele despida concedendo amando e sentindo

Na dança do amor eternizando cumplicidade
Passos em sensual comprometimento ternura
Desabrocha a flor na sua mais pura intimidade
musa

CORPOS ARDENTES


Tua pele vestida endeusada de adornos sedutores
Vestes que seduzem toda a alma e loucura de sentir
Humedecem de tesão em turgidos e quentes odores
Quando tocados parecem pétalas despidas a cair

São misturas de cheiros sabores bucais e fluídicos
Por entre rendas cetins fitas laços sedas e algodão
Em êxtase inebriante pele sentidos aromas púbicos
Escorrem o fogo ardente de arrebatada excitação

Os olhos faíscam brilham de um rubro fulgor intenso
Entre coxas há um tremor encoberto cratera vulcão
Um convite a um cheiro cio a que me dou e pertenço

Na lascívia luxuria dessa aragem cheirosa de um jardim
Perco-me em esfuziante sentir de estranha sensação
Emanante da flor do teu corpo cheirando a doce jasmim
musa

NO GALOPE DO TEU SENTIR


Em louco cavalgar num galope empolgante
A mão desce a seda a meia negra da perna
Resvala macia acetinada seda emocionante
Deixa a coxa nua arrepiada quente e terna

Por debaixo da pele negra da saia de couro
Brilha nudez despida do vidro meia rendada
A tua tez enternecida do preto sobre o ouro
Brilha a mão coberta de negra luva aveludada

Quase um sobressaltado galope esse do teu sentir
Dança erotizada em sensual caminho de sedução
Despes a meia para mim como se te estivesses a vir

E no sapato preto o pé da meia ainda calçada
Provoca frémito tremor endurecendo de tesão
A pele do corpo inteiro em nudez entrelaçada
musa

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

RUBI DE VELUDO


Há no meu corpo a luxuria do veludo
Vestida a pele como um rubi no anel
Há um tecido carmim macio felpudo
Tão outro sangue possa jorrar cruel

Matas-me quando me desnudas
Arrancas com a boca esse veludo
E rasgas com as mãos carnudas
A pele que me cobre quase tudo

Corpete prendendo meia de vidro
O negro sentir das coxas nuas
Dando prazer a nobre sentido
Pernas tão apetecíveis e cruas

É um presente de luxuria embrulhado
Papel rubi de veludo transparente
Tirar-te o corpete é cometer pecado
Que olhar seduz que a carne sente

Ofereces-te manjar loucura excitação
Apetece tirar essa pele a cobrir-te
Ver-te de vermelho que vontade tesão
Desnudar-te a pele e poder sentir-te
musa

sábado, 1 de dezembro de 2012

CONCEDE-ME


Concede-me a dança na ponta dos dedos
O pulsar vibrante desse sentir-te
Pele arrepiada contornos relevos
De prazer morder-te e permitir-te

Concede-me equilibrar-me sem cair
No teu corpo demorar-me sem pressas
Concede-me voltar e partir
Sempre que queiras e assim mereças

Concede-me o cheiro o calor e o pudor
O tato da língua no galope da boca
O golpe profano de te fazer o amor
Inundar-me de ti em fluídos e polpa

Concede-me o sabor o gosto o tesão
A carne saboreada de vontade e sentido
A dança equilibrada em loucura excitação
O êxtase supremo insano proibido

Concede-me devorar-te em paixão furtiva
Na fome do olhar em pulsante eternidade
Concede ter-te desejo beijo ensejo esquiva
E nessa cedência dar-te toda minha sensualidade
musa

domingo, 25 de novembro de 2012

SONETO DA LUXURIA


A carne a alma a essência a bruma encantamento
Levanta-se na pele denso nevoeiro luxuria de tesão
Intenso manto cobre das mãos em deslumbramento
Nas pontas dos dedos desponta de vontade iniciação

Demência algoz selvagem crepitar do fogo do vulcão
Há no olhar acesas faúlhas lascivas de libido salpicada
Em cinzas e labaredas fenece incandescente excitação
Caricia a caricia desperta em chamas a doce alvorada

Que euforia alaga de suor calor a pele adormecida
Em sensualidade premente poro a poro inatingível
Na clareira a barca a mão rema nas águas apetecida

Devoram-se no crepitar de sussurros da boca sentida
Trémula provocação da cratera em fogo inacessível
Jorra orgasmos de névoa sobre a mão enfurecida
musa

SENHOR DO TEMPO


Kronos erecto em poesia de sentidos
Toma-me do teu tempo falo insano
Senhor uivando aos meus ouvidos
O tempo em altar gozo profano

Senhor do tempo mágica excitação
Leviandade lascívia em dias loucura
Em horas de desejo e doido tesão
Na ponta dos dedos feitiço procura

Toma-me o tempo quando não és meu
Morro-me no tempo não sendo tua
Sabes o gozo desse azul sentir teu
Quando no tempo me tomas já nua

Senhor do tempo de falo erguido
No rosto contorcido veio vontade
Mãos a língua o olhar verga sentido
A pele brotando húmida sensualidade

Fazes do meu corpo horas de prazer
Dias acalmando tua fome mensal
Anos sussurrando na tua pele o ser
Do jeito que me tomas pureza animal
musa

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

COXA NUA DA NOITE


A coxa nua da noite
Em meia de silêncio e neblina
Estende-se aberta à minha frente
Em sombra secreta escura esquina
Estica-se contorce-se e se ajeita
Como ténue luz sem se ver espreita
Igual prazer que se sente
Quem comigo se deita
E em seda escuridão consente
Afagos de mãos nevoeiro
Trepando este corpo inteiro
Feito noite de todos os sentidos
Em curvas delírios contornos perdidos
Húmidos bafos murmúrios cheiros
Notívaga pele das coxas mansas
Em litania de suave sentir
Corpo lasso de que nunca te cansas
Nele de bruma e beijos avanças
Pelas mãos nuas sem nada te pedir
musa

domingo, 4 de novembro de 2012

POÉTICO ORGASMO

Delira no teu dedo

Poético orgasmo
Lira de segredo
No teu olhar pasmo

Clitóris vibrante
Arfar ofegante
Olhar delirante

Pungente sentir
Êxtase sideral
Convulsivo vir
Limiar do desejo
Afiado punhal
Corta o beijo
Química perfeita
Delirante inspiração
Carne e alma desfeita
Em gume de tesão
Escorre doida excitação
Nos dedos da tua mão

Cavaleiro do prazer
Nos trilhos aprendiz
Sabes como endoidecer
Sabes como fazer-me feliz
Em embriagado gemer
Boca com boca condiz
Na tua mão fazes-me morrer
Nos teus dedos acontecer
Em quadro negro pau de giz
Em húmida tinta escrever
Em arrojado satisfazer
Palavras nuas subtis
Poético orgasmo
Louco prazer
musa

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

NO TEU COLO (para ti… por esse amor que fizemos todos os dias…)


Depois do amor
A pele fria
Quente
O ser

No teu colo
Até ser dia
Aninhada
Nudez

Já não nos bastam os sentidos
Nada apaga o desejo a arder
Depois de acendido o prazer
Nos poros de amor ardidos

Onde me queres tanto assim
Acesa na pele essa saudade
Essa intensa vontade sem fim
Teu húmido fogo sensualidade

Continuo nos teus braços
No aconchego do teu sentir
Enrolo-me no calor dos teus abraços
Até que o beijo de novo a permitir
Me deixe todos teus sentidos descobrir

Fazer amor contigo penetrar-te
Tudo nas tuas mãos consentir
Abraçar-te sentir teu calor teu cheiro
Entranhar-te de aromas e suor
O teu perfume a tua sensualidade
Odores que te desejam todo inteiro
A tua vontade em sentires-te amada
Universalidade de um só desejo
Nos meus braços acarinhada
Nos meus lábios doce beijo
Entre o tesão e o amor
No auge do nosso fulgor
Sentir o teu peito com cio
Sentir o nosso tesão em foder loucamente
Sentir como te aqueço o frio
Na minha pele sentidamente
Chupar-te os mamilos até te vires
E por mim amar-te eternamente
Penetrada até me sentires
Amada docilmente
musa

domingo, 21 de outubro de 2012

DESLUMBRE

Foi esta tarde no chuveiro
Num desejo intenso oculto
Tive-te na bruma vulto
Todo meu todo inteiro
Em deslumbre sedução
Vislumbre sentido tesão
Na água a escorrer
Em banho de prazer
Doce emulsão
De sentidos
Banho de caricias
Sussurros gemidos
Doces delícias
A inundar-nos despidos
Na água a correr
Nos corpos quentes
Perdidos a gemer
Fundidos prementes
Em nevoeiro a descer
Pelo todo de nós
Na rouquidão da tua voz
No meu ouvido a sussurrar
Quero tanto te amar
Em húmida loucura
Desenhada silhueta
No vidro embaciado
Vapor que tortura
O corpo marcado
Flor borboleta
De amor suado
A mão que me usa
De gozo sem fim
Orgasmo vibrante
Louco amante
Pulsante
Faz de mim
Tua musa
musa

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

PROFANO ALTAR


Há desejo escondido
No verso do teu sentido
Em profano altar
Fazes do meu dorso poesia
No teu olhar heresia
Um só desejo penetrar
Na mais doce fantasia
Excitada ousadia
No teu olhar

Cobiças altar sagrado
Cirio aceso em prece
Romper leito imaginado
Como a mão que a teia tece
De luxuria e tesão
Somente apetece
Ter de prazer

Profundo ereto fundido
Secreto intenso gemido
Deixa romper
Em gozo vaivém
Gulosa delicia apertada
Doido querer
Daqui e daquém
Desfalecer
Todo sentido
Doce prazer
Perdido
musa

PULSAR


Duro desejo
Puro cristal
Pulsar na boca
Húmido beijo
Doce genital
Flor louca
Zenital
Endurece
Excitação

Desfalece
No frio tesão
Vibra e treme
Apetece
Penetrar
Fusão
De sentir
Permitir
Gozar

Vulcão quase rio
Quase a vir
Lava aquecida
Esfriada
Fugidio
Adormecida
Adocicada
Enlouquecida
Ritmada
musa

domingo, 30 de setembro de 2012

POEMA A DOIS SENTIRES


Se da tua vontade
Vivesses os meus desejos
Em pele sensualidade
Transformado o amor
Em versos da carne
Doce impulsividade
E em silabas dos meus beijos
Acesa Héstia sagrada
Ilumina e arde
A palavra consumada
Volúpia ardor
Na boca

Bardo do Olimpo
Nem mais
Assim sou eu!
Eu sei
Ósculos eivados de afabilidade em Vós toda
Grata mansamente retribuindo
Em orvalhado derrame de brilho em vossos lábios
Meus lábios rejubilam ímpar
Júbilo de tentação
Júbilo de desejo
Júbilo de sedução
Fogo dos sonhos
Vulcão das entranhas
Luz de chamas
Ardor da alma
Luar de brasas
Tempestade de sentidos
Mar de emoções
Erupção de fogo orgástico
Caminhos proibidos
Caminhos percorridos
Imaginário de sentir
Realidade de sonhar
Querer e permitir
Sonho adormecido
Realidade acordada
Esquisso da madrugada
Pranto entristecido
Dealbar vespertino
Crepúsculo de sangue
Aurora de vida
Olhar cósmico
Olhar intestino
Alma sentida
Vendaval de palavras
Poema a dois sentires
E depois somente fingires
Que não me conheces
Que não me apeteces
musa

terça-feira, 25 de setembro de 2012

VERSO VAGINA


Abri-te o verso
Vagina emotiva
Dos olhos dos grandes lábios
Húmidas lágrimas de um universo
Abri-te o meu ser e a minha vida
O reconhecimento de velhos e sábios
Lábios trocados de boca e vagina
Mistérios em sedução de prece regina
Grandes e pequenos guardam segredos
Explorados nos teus dedos
Quase um poema
Verso poesia
Fantasia
musa

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

MINHA PELE É POESIA


No dorso do amor
Sou pele molhada de versos
Delírios poéticos de suor
Gotículas de sal dispersas
Caricias de tesão inconfessas
Verbos de perdidos universos
No cosmos do olhar sem cor
Sou ponta dos dedos gestos
Centelha pranto torpor
Rubro recato da flor
Onde sacias tua mão
Cópula sons doces venenos
Teia lírica de sedução
Cometidos pecados terrenos
Em bosque de obscuridade
Enigmática sensualidade
Clareira de morna ilusão
Onde repousa imortalidade
Do desejo e do beijo
Pura cumplicidade
Terno ensejo
Felicidade
musa

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

PRELIMINARES - Inspiração em Olhares.com


Preliminares
Os teus dedos
enrolados nos meus dedos
os meus dedos nos teus
os teus nos meus
à espera de gozares
leves libidos segredos
e de consolo penetrares
sem tabus sem medos
onde mais gostares

Tesão que surpreende
inflama e acende
sentires vasculares
reproduzindo esporos
transpirando nos meus poros
deitado em leve cansaço
no leito do teu abraço
em floresta tropical
no meu desejo animal
clareira de sedução
onde apetece tua mão
...
musa

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

EROTICAMENTE TUA


Era tão só uma noite
Raro momento febril
Eroticamente tua
No flanco do teu quadril
Nas tuas mãos nua
Os seios em doce açoite

Contemplada no rubor
De beijos ensandecidos
Fazíamos doce amor
Amantes e perdidos

Enlouquecida vulva húmida
A um pénis quente pulsante
Navegada nas coxas estremecidas
Turgida flor nas tuas mãos enlouquecidas
Em humidade estonteante
Tocamos a raia da loucura e do prazer
Essa profunda viagem alucinante
Que os dois fizemos por acontecer

Perdido em minhas entranhas
Numa explosão néctar de vida
Jorram botões a florescer
Dança de flores tão estranhas
Essa tua haste erguida
Que em penetração quer morrer
A cada caricia lingual apetecida
Aos teus apelos deixo-me ter

Fomos os dois juntos vencidos
Num duelo sem perdedores
Doce batalha acabamos por ganhar
Ao amor feito da noite rendidos
Travamos na cama sem pudores
O que dois seres fazem ao amar
musa

sábado, 15 de setembro de 2012

SEREI TÃO EU… O MAR E TU

Serei tão eu
O mar… e tu
E as vagas que deixas
De promessas mansas
Cores de brancura
Espuma branca como madeixas
As ondas brandas
Em nudez brandura
Quebram meu sentir
Silêncio de que não te cansas
Iluminada nua
Olhar que me tem
Secreta lua
Porque sem querer admitir
O mar nesse vaivém
Deixa consentir
Como intensamente quer alguém
Suavemente consente
O que pensa e sente

O mar fala-me pelas tuas palavras
Sem nada lhe pedir
Há murmúrios guturais
Sons em balbuciar de águas
Rumores apensos labiais
Pressa acesa de ir
Extensos sentidos
Na planura do areal
Vagas tombam abraços de areia
Olhares compreendidos
Ternura ateia
Uma vontade carnal
Cúmplices desejos
De sal e loucura
Ternos mornos beijos
A cada vaga uma tremura
Tentação de ti
Sensual doçura
Mar carnal
Que em ti senti
musa