GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

terça-feira, 12 de março de 2013

SOLSTÍCIO DO QUERER



Sortilégio das palavras em silêncio de sentidos.
Há todas as horas no repasto do tempo com fome de versos e orações no altar do sentir.
Acendem se vontades ao pavio de beijos na tremula luminosidade do desejo aclaram se poemas por escrever.
Quero-te
Beijo te... sempre...


Desejo-te, poetiza,
No altar da minha viril vontade,
De joelhos rendida perante o símbolo macho erguido,
Boca, língua, mãos em devotada adoração,
Corpos caminhos de mãos em peregrinação,
Corpos sentindo o silêncio em sofridos olhares,
Almas fundidas na ânsia aflita das paixões,
Vazios saciados preenchidos repletos,
Exaustos, no tumulto de corpos, capitulamos,
De suores e lágrimas lavados...
Sonharemos então, talvez,
Os teus poemas...
Quero-te

Escrevo a tua Alma
O amor que me ensinam as tuas palavras
Na harmonia dos sentidos em profundidade com as emoções Imaginadas tu e eu... a sensualidade dos corpos omissos
No poema por fazer a eventual vontade nascida de um verso
Na mais intensa intimidade em profanado desejo
Aprisionado no tempo vencido pelo imaginar
Partilhado palavras as nossas
Quero te eu sei... queremo-nos por tudo
O que nunca ainda existiu entre nós
Beijo te sempre...
Quero-te

Quero escrever com emoções no teu corpo,
Folha em branco para a minha imaginação,
As palavras todas, nossas, escritas...

Beijo-te...
Quero-te

há fiapos de gelo desprendido
onde a luz absorve o frio
há no sentir o sentido
vago odor do vazio
pleno de ti

em toda esta brancura
há lembranças de emoção
ainda por viver

há a promessa loucura
nas palavras a sedução
das mãos feitas prazer
deixado acontecer

há sentires com alma
a doçura do querer
instante de quietude e calma
nossas palavras por viver

saberás esperar por mim
há a espera e a ilusão
todo este desejo sem fim
em sensual vontade
doce virtualidade
louca paixão

quero te...

É bom saber do teu querer
Sentir a tua vontade arrepia-me
É quase sentir a tua boca à flor da minha pele
A tua língua saboreando-me
Um silêncio de palavras num tumulto de emoções
Quero-te

No silêncio da montanha imagino a tua respiração
Após êxtase e gozo
Sensual sentir sagrado instante no altar dos corpos
O ritual de pele e sentidos
Quero-te

No calor do leito pontas de dedos em cio
Turgindo sentidos em flamejantes inquietudes
No odor de suspiros orvalhados de fluídos
Insaciáveis deléveis lábios
Tateando arrepios incontornáveis
Onde a pele é toda sentir
Quero-te

Desejo o teu despudorado prazer
A tua boca procurando o falo intumescido
As minhas mãos invasoras
Tomando o poder entre as tuas pernas
Vacilantes vencidas
Desejo-te… ajoelhada
Penetrada pela minha demente vontade de te conquistar
E ver no teu olhar submisso, a minha glória
Quero-te

Pelos caminhos da imaginação
Conduzo a mão em silenciada peregrinação
Numa oração de sentidos deslizo dedos
Em secreto altar deleito-me de sentir
Brotando a humidade da gruta feita de segredos
Sensíveis e silentes murmúrios por descobrir
Como será essa descoberta de conquista
Pelo teu olhar…
Quero-te

Deambulo na pele das palavras
Em erógeno silêncio
Faço do sentir valado de loucura
Em sensações instantes
No verso deslizado de puro prazer
A tua boca despertando a madrugada humedecida
De turgido orvalho em torrente de sentidos
Na convulsão do poema lavrado pela tua língua
Quero-te

Acordo em ti… metida em mim
Doce acordar
Sentir a tua boca vazia de palavras
Cheia de mim… beijo-te saboreando-me, em ti
Quero-te

Silente respiração da tua pele… que ainda não senti
Beijo-te… quero-te…
musa & antonio

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