não há vermelho nas vestes dos girassóis
não há o branco nas pétalas perfumadas
mas há o teu cheiro na pele dos lençóis
e há a tua forma nas roupas amarrotadas
e há o teu corpo pedindo sossego ardente
na ânsia febril de um beijo incontestado
no rasto dos lábios de sabor doce e quente
no palpitante instante do desejo a pecado
e há os teus seios como carne em flor
maduros botões de um fruto por colher
sabores sensações em rubro florido amor
gozando o sentido no perfume do prazer
não há o pudor dos olhos abandonados
não há o frio no corpo trémulo e suado
mas há o teu gosto nos dedos cansados
e há o teu olhar penetrante provocado
há húmidas sensações que lentas se consomem
tremuras risos espasmos lâminas de punhais
na pele onde as ilusões em doce colo dormem
há toda uma vontade renascida aos poucos
em veredas de inquietação e gestos sensuais
inebriantes sedes que nos deixam loucos
há na encarnada seda o vermelho das delicias
acesa labareda que no corpo fica a arder
de uma fome que as bocas saciam de caricias
há sublimados momentos no rubro de um beijo
a começar nos seios o crescente querer
desponta no horizonte o poente do desejo
…
musa
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