Vislumbra enternecido
Meu sonho de ouro
Num só sentido
Teu tesouro
Escondo segredo
Em húmido leito
Apetecida
Clareira louredo
Bosque meu peito
Penumbra da vida
Louros preceito
Sentida
Do meio das coxas entreabertas
Há mil moedas a brilhar
Mil portas secretas
Deixam vislumbrar
Discretas
O mar
Guardo-te os sentidos
A humedecer nas mãos ardentes
Os orgasmos fingidos
Que tu sempre sentes
Dos meus olhos despidos
Ausentes frios e quentes
Mármore liquido magma ouro
Em tuas mãos deixo acontecer
Faço-me quimera vazadouro
Nas mãos do mago florescer
Como flor aresta dócil tesouro
Lentamente a tumescer
Solitária na minha floresta
Corro de ramo em ramo
Dedos enredados
Limando a aresta
Dos cantos recortados
Qual salto de gamo
Sobressaltado
Por seus gemidos gozados
Em profano pecado
Deitada em gozo doirado
Nas mãos molhadas
O ouro escorrendo
Meu deleite consumado
Vou vertendo
Todo pecado
Doirado
…
musa
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