ESCARLATE
Tanto vermelho
Para cobrir-se de ânsias
Em pousio no olhar
De rubro entardecer
No mar tímido espelho
Em profundo naufragar
Maresia a espalhar fragrâncias
Boca a morrer o prazer
Das pedras onde a água bate
As ondas a bailar a espuma
No horizonte tingido de escarlate
As vagas uma a uma
Tanto o cio como o querer
No corpo todo humedecido
Nos lábios doce gemido
Do matiz encarnado
Quase a derreter
Tanto beijo pedido
Tanto gozo sentido
Com sabor a pecado
E tanto fogo a arder
Em incendiada mão
Tanta loucura excitação
Demorada chama ardente
A pele avermelhada
Suada e quente
Pelos caminhos do amor
Carente envergonhada
Em tímido rubor
Apaixonada
…
musa
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