GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

sábado, 22 de dezembro de 2018

POEMA A DOIS

O POEMA A DOIS

Movia-me nos lençóis
Entre sonhos proibidos
A tua língua, os teus lábios
Em desejos sentidos.

Palpitações localizadas
Enchiam meus tremores
Sensações de carícias
No meu corpo adormecido.

Sempre prazeres sonhados
Contactos quase proibidos
Tua boca absorvendo forte
Alimentanda a minha libido.

Abro os olhos e vejo
Os teus olhos que me olham
Me possuis, é teu
Aquilo que desejas.

Lambes, sugas
Como nunca senti
O prazer que me sufoca
É a vibração da tua força.

Queres beber de mim
Pedes-me com insistência
E eu me derramo
E vejo como te alimentas.

Sem deixares perder nada
Deste licor da vida eterna
Para no fim me soltares
E procurares a minha boca.

E compartilhares a essência.
Prazeres Insanos"

No seio de húmidos lençóis a deslizar
Sonhos proibidos e outras tentações
A língua, lábios, toda a boca a delirar
Desejos, sentidos, excitações

Locais secretos, profundos segredos
Discretos caminhos, tímidos tremores
Detalhes de gozo a seduzir entre os dedos
Na pele gotejando seda de suores

Ah! Esses prazeres de que falas, sonhas, doido querer
Quase libido explodindo, posse, desejo, loucura
A mais dócil e insana tortura
A sufocar vibrante de prazer

Luxúria ou divinal insanidade
Saciada a sede súplica insistência
Essa tão tua vontade intimidade
De compartilhar o grito, "la petite mort", a essência
... a dois…

musa

18 comentários:

Pedro M disse...

Ohhh!!! Não são insanos os prazeres que assim disfrutamos.
São uma dádivaa dos deuses, que com eles compartilhamos...
Um beijo!!

Grão de Malícia disse...

Vem...

Pedro M disse...

Ahhhh... mostra-me o caminho...

Grão de Malícia disse...

https://adonis1966.blogspot.com/2019/08/vem-um-grito.html

Grão de Malícia disse...

Ias te perder...

Pedro M disse...

mmm... ando sempre em busca do meu norte...

Grão de Malícia disse...

Norteando...
Talvez onde a luz busque a sombra em clareira de esperar...
O norte pode ser logo ali...
musa

Pedro M disse...

No Verão, a sombra é muito mais pequena. O risco de me perder é maior...

Grão de Malícia disse...

Divagações...

O tamanho da sombra...

A sombra pode ser de diversos tamanhos, dependendo da distância em relação ao corpo bloqueador da luz e da distância da luz em relação ao corpo
As sombras variam de tamanho ao longo do dia: no começo da manhã, as sombras são mais longas, por volta do meio-dia, as sombras são mais curtas, no fim da tarde, as sombras voltam a ser longas...

Será o desejo sombra tão rápido como a luz?

Grão de Malícia disse...

Procura um atalho...
... foge das sombras...

Pedro M disse...

O desejo é rápido! Assalta-nos quando percepcionamos a fonte desse desejo.
Mas o desejo também se cultiva... envolve-nos... tece uma teia da qual dificilmente nos libertamos...
mas haverá quem queira libertar-se do desejo?...

Grão de Malícia disse...

Tem o desejo
Caminhos e desorientações
O subtil enleio de um beijo
Trilhos atalhos divagações
Envolventes teias prevejo
Entrelinhas palavras cogitações
Águas agitadas da nascente
Rios de seduzir
Em tentações até ao mar
Pássaros que não voam
Leve anseio de sentir
Murmúrios onde ecoam
Dedos que se colam em lábios por beijar
...
musa

Pedro M disse...

O beijo...
primeira tentação...
primeiro alimento do desejo...

Deixemos ecoar os murmúrios. Afastemos os dedos e deixemos que sejam os lábios a colarem-se...

Grão de Malícia disse...

Há Palavras que Nos Beijam
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Alexandre O'Neill

Anónimo disse...

Na orla marítima dos teus lábios, naveguei
Arredando algas, limos e raros pintelhos
Misturando poesia e loucura,saboreei
O sal da vida, quando ergueste os joelhos

Grão de Malícia disse...

...pergunta ao silêncio da brisa que restou
das vagas de espuma por cair
do desejo e da vontade que ficou
da loucura ainda por sentir...

Pedro M disse...

deixeirei então que a brisa, a espuma das vagas, o desejo e a vontade da loucura me guiem...

Grão de Malícia disse...

Se tu és brisa... eu sou mar...
... tão perto do teu olhar...