SÚPLICA
ORAÇÃO
Queria
que a nossa poesia de pele
Fosse tão
transparente
Como as
cartas de amor
De Simone
de Beauvoir e Albert Camus
Da
espessa melancolia de suor e mel
Ingenuidade
crua e inocente
Quase
grito quase dor
Imersa
fantasia sem o pudor do papel
Os versos
aclamados dos amantes
De gozo e
prazer quase perfeito
E nos
corpos suados e distantes
Sempre o
querer a bater no peito
E para
sempre os mistérios do poema imperfeito
E o
secreto encontro da poesia
A
tentação sem jeito
Queria
que o nosso amor fosse a paixão
Do místico
envolvimento o estigma ousadia
Tão rubra
como o sangue mais vermelho
A virgem
mancha no leito
Dos
corpos abraçados no espelho
Da
embaciada excitação
Do mais
antigo evangelho
Da
suplicada oração
…
musa
1 comentário:
hummm pura tesao
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