TEU CORPO
Há
resquícios do teu corpo no meu sentir
No tacto
dos meus dedos restam pedaços
Guardo os
como segredos de amor a fingir
Um embalo
perfeito para os meus cansaços
Bebo
ainda do tempero da tua pele
Dos
suores e cheiros em aromáticos condimentos
Sacio-me
no peito em desespero amargo mel
As dores
desmedidas dos agrestes sentimentos
Pedra o
teu corpo toda me rasgo nele
Sangro
momentos das ausências carnais
Ja pouco
mais resta dos sentidos ossos e pele
Fere-me a
desilusão cortes desferidos de punhais
Golpes
acesos onde queimo olhar
Vertido
em fundição de aço ternura
Deixo
ilesos teus lábios por beijar
Na boca
forja malho aromas de loucura
Teu corpo
inteiro leito de prazer
Dócil
prometido no gume de um beijo
Ocupa-me
o pensamento a endoidecer
Mastro
erguido adaga falo desejo
...
musa
2 comentários:
Excelente.
A sensualidade feita poema.
Beijinhos, Ana Bárbara.
Adaga pronta para ti meu amor
O teu trono aguarda o teu sentar
Nas pétalas da tua carnívora flor
O meu tronco, sentindo o teu pulsar
Pedro Pedra
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