TALVEZ
Talvez não ame
Outro corpo que não o teu
E nomei as coisas banais
Em gestos loucos de querer
Dos lábios com que declame
Versos que levam ao céu
Estrofes excitantes e carnais
Num poema de prazer
Gélido calor
Ah… e a intensidade
Talvez a síntese do amor
Do olhar a sensualidade
Que faça endoidecer
O gozo áspero das veias
O rubor do sexo humedecido
O íntimo estremecer
A pele que incendeias
O ardor do sentido
O sorriso
O gemido
Talvez o fluido
Uma goticula a escorrer
A prova do talvez
Do que se há-de fazer
A cumplicidade nudez
Entre os lençóis a brancura
Das mãos à estranha loucura
Do silêncio dos porquês
Que fazemos acontecer
…
musa
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