GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

segunda-feira, 23 de maio de 2016

MEIAS DE SEDA

Talvez ainda haja rendas
Para despir o teu olhar
Meias de seda por tirar
As tuas mãos a caminhar
E nunca entendas
Os caminhos escolhidos
Os odores e os sentidos
Os sussurros e os gemidos
Que não consigo calar
E as coxas a tremer
As pernas a estremecer
O calor e o prazer
Na pele a estalar
Húmida excitação
Fogo abrasão
A sedução
Do olhar

Há nos teus olhos a brilhar
Entre pernas um arrepio
Imaginado rio
De seda ou cetim
A mão o fio
Que puxa por mim
...

musa

FANTASIA

Todas as tuas fantasias
São a excitação rendada
A vontade demorada
Vagas maresias
Pele molhada
De prazer


O corpo a arder
De tentação
Estremecer
De tesão


Líquido em flor
Em maceração
Profano odor
Luxúria pura
Meiga loucura
Do amor


Rendas para despir
Em doido sentir
Húmido calor
Fogo carnal
Na pele


Brilho sensual
Despido
Gozação
Sentido
Afago da mão
A prender


Seda de mel
A escorrer
O cetim


O negro carmim
Do desejo
É por fim
O beijo
musa

quinta-feira, 19 de maio de 2016

POEMA DE AMOR A UMA PAIXÃO

Paixão secreta a tua que fazes minha
Quando nua em cativeiro meu corpo amas
E por ele todo inteiro teu corpo nú caminha
A doce seduçao altiva do poema que declamas

E tens da boca as palavras proferidas
No olhar as silabas em silêncio tão guardadas
Amamo nos abraçados de mãos dadas
Dos versos de paixão as caricias tão sentidas

Talvez haja amor nessa tempestiva loucura
Que sabemos ser poema de segredo impossível
O esplendor sentir dessa visceral ternura

Os beijos com paixão são raios da claridade
Desejos de uma candura carnal impassível
Que só os amantes vivem de prazer na saudade
...
musa

quarta-feira, 11 de maio de 2016

BEIJO

 BEIJO

Sentido aroma
O teu odor no meu peito
Rumor ao meu ouvido
O meu corpo toma
Despido no leito
Estremece imenso em gemido
Um fio de intimidade
Abraço intenso furtivo
Timidez ansiedade
Nudez da tua pele entranhada em mim
Vestem-me as tuas mãos de saudade
Um prazer sem fim
Vontade mel desejo
Somente nada
Ficou preso na tua boca
O ultimo beijo
O gozo de se vir
Antes da madrugada
Antes do lume aceso
Antes do sentir
...
musa

QUISERA FORA AMOR

QUISERA FORA AMOR

Dessa toda impulsividade
Que da pele do desejo humedecida
Brilha mel tonalidade
Colmeia apetecida
Favo de saudade

Ébano e carvão
Duas mãos dedos entrelaçados
Na alma assim sentida
Fogo excitação
Corpos cansados

Cúmplices na cama por fazer
Rendidos extenuados
De loucura e de prazer
Entregues desassossegados
Ecoam no silêncio abraços beijos gemidos
Prometidos de tanto querer
Pernas ainda a estremecer
De amor morrer

Adormecida no teu peito
Olhos fechados por um instante
O mundo existe somente naquele leito
Nos braços do meu amante
...
musa

LAVE BLEU DÉESSE

                                       http://www.yvespires.com/
LAVE BLEU DÉESSE

Sur le ciel bleu de lave
Nue ébène de la peau
Repouse sur l'étage de l'incendie de oiseau
L'âme et l'esprit pour le partage
Le silence un petit ruisseau
Lumière de la vie du cercueil de l'aube
Naît vol de sang dans le sentiment de détresse
Jolie couleur bleu mauve
La vie du feu dans les mains de la déesse
Un petit instant avec des ailes d'oiseaux
L'éternité émergeant de la lave incandescente
Rêve bleu dans burins de poésie
Tendre cru éblouissant
La beauté piégé danse du feu
Par la main de dieu
Et de la vie
...
musa

sexta-feira, 6 de maio de 2016

SENTIR CLANDESTINO


SENTIR CLANDESTINO

Há instantes em que ocupas a minha alma o meu coração a minha pele o meu corpo inteiro em densidade intensidade profundidade e afundas o meu sentir de saudade que o tempo resgata náufrago de desejo e loucura e magia que só os amantes conhecem a doçura...

A vida essa poesia que tudo consente
Sentir adocicado dolente clandestino
Arrasta-me no teu querer torrente
Faz-me endoidecer de espera
Quase uma estranha partida do destino
A sublimação tamanha de prazer quimera
Ausente em delito silêncio calado
Na dormência desejo dos sentidos
Há um beijo alado
Em dois olhares prometidos

Clandestino o pássaro esvoaça o abraço
Dois corpos em tortura abraçados enternecidos
De paixão loucura e cansaço
Talvez amor no peito
Dois sexos em gemidos
Fundidos no leito
Em gestos furtivos
Quase a derreter
De louco prazer
Querer perfeito
...
musa

quinta-feira, 5 de maio de 2016

ODORATA

Azul vermelho magenta
A cor íris florescida
Na pele apetecida
Pétala tingida
Violeta


De amor sedenta
A seda lilás transparente
O corpo quente
Borboleta
Enfurecida


Renda tingida
Roxo púrpura de vida
Gozo de boca torpor
Rosa adormecida
Lírio botão
A pele humedecida
Vale de excitação
Doce odor
Lilás seduçao
Em flor
musa


quarta-feira, 4 de maio de 2016

SECRETO VULCÃO


É na intimidade sísmica do sentir
Em abalos de ternura e de prazer
Réplicas seguidas de ofegar e vir
Que corpo em segredo faz arder


O mais intenso e profundo desejo
Da suavidade maciez boca carmim
Explode o vulcão expelindo o beijo
Na pele que o cobre nudez cetim


O toque dos dedos em timbre e lava
Melodia em dança secreta de amor
Na vontade excitação que não acaba


Secreto vulcão eterno vício adormecido
A mão que acorda em fogo o esplendor
O toque que em segredo revela o sentido
musa

sábado, 30 de abril de 2016

CHAMA-SE SAUDADE

CHAMA-SE SAUDADE

Porque te tornaste tão silencioso comigo
Preferia as tuas palavras em troca das tuas mãos sobre o meu corpo
Os versos cheios da tua vida a encher me os olhos de loucura
A tua boca distante da minha a contar me a aventura de viver
A tua mente ávida de momentos de ternura
As tuas palavras em troca do prazer
Dos teus lábios roubando nos meus gemidos
E todo sentir que pudesses descrever
Um universo de mil orgasmos êxtase e sentidos
Tu tornaste impossivel a ausência e a solidão
E fizeste da espera a memória crua e viva da sedução
Tenho e sinto aquilo que se chama saudades do teu ser
De uma parte de ti em palavras confidentes
De te olhar e ver e tocar e entender
Em versos de silêncio tudo o que de mim sentes
E saber porquê há sempre a esperar-te o meu coração
...
musa

sexta-feira, 29 de abril de 2016

TEU CORPO NOITE


Teu corpo noite ave nua
Invade asas meu sentir
Cobre-me manto luz de lua
Brasas suor voo a refulgir
Quando fazemos amor

A coberto da noite escuridão
Corpos sombras sobre o leito
Entregues em dança excitação
No palco desassossego do peito
O voo de mãos e bocas imperfeito
No céu sensivel da seduçao

Da noite mais sombria a deslumbrar
O dia feito noite intimidade do quarto
Deixamos aves da loucura voar
Rasgamos desejo em sublime parto
Nascemos de novo no olhar
No escuro dos sentidos
Doidos perdidos
musa 

BRUMA DESEJO



Corpo areia beijada
Pela espuma do mar
A bruma acostada
Pelo teu olhar

E o teu corpo a vaga que tomba nua
A onda de nudez a naufragar
Maresia soprada pela lua
Sobre o meu corpo vem repousar
Em húmido desejo
Brumal o beijo
Com sabor a mar
E louco sentir

Vagas alteradas que o fazem vir e endoidecer
Pernas entrelaçadas que o fazem estremecer
Vagas cheias e vazias de sentidos
Em doido e terno querer
Em loucura de prazer
Em murmúrios e gemidos
Marítima gozação
Perdidos de excitação
...
musa

quinta-feira, 28 de abril de 2016

NA CURVA MAIS QUIETA


Porquê
Com a poesia das palavras em longas cartas
Seduziste o meu sentir
E  no ausente silêncio permanece
O teu olhar a tua boca o teu existir
E só vens se te apetece
Colher do corpo inteiro a indiferença
Mondar das mãos o desassossego
E ainda que eu não te pertença
Sou toda o tempo de desejo e de segredo
Na curva mais quieta
Do caminho da loucura
Na sombra do medo
Entre a traição e a loucura
A distancia dessa hora secreta
Na memória da ternura
Há a dor e a desilusão
O porquê que perdura
Em todas as palavras que escreveste
E em todas as caricias que tu deste
Um fio solto de paixão
Ainda conduz
A espera que seduz
A meiga excitação
...
musa

HIMENEU


Superficial
O hilo cicatriz
Da névoa candura
Himenal
Nébula navegante matriz
A trevosa loucura
Negro filamento visceral
A festa dos sentidos
Pântano dos lírios
Do húmido luzimento
Em fulgor carnal
Espectros perdidos
Rasgos martírios
Violácea matinal
Em rompente laceração
Da luz madraça
A conspurcar a escuridão
Risca fere traça
Peninérveos sentidos
Palavras penas
Plúmbeas sombras
Imprevisíveis poemas
Do virgem verso
As vestes serenas
Da poesia a cair
Profetizado universo
É este sentir
...
musa

LOUCURA DE FOGO


Queima
A língua viva em fogo ateado
Braseiro húmido de prazer
Atrevida num beijo molhado
Deixa a boca louca a arder
Apetecível desejo pecado
Boca sensualidade algemada


Fogo dos infernos em sentir
Preso gozo emudecido cadeado
A língua em fogo queimada
A mais ardente trémula loucura
Beijo a beijo num quase vir
Dança da língua em tortura
Apetece sentir


Gosto sabor travo sensação
Vontade de beijar sem parar
Caminho êxtase excitação
Apetece gemer gritar
Um sussurro ao ouvido
Queima de sentido
O teu olhar


Morde o lábio o tesão
Chama delirante
Apetece gritar
Inebriante doçura
Gozação ofegante
Dócil tremura
Emocionante


Loucura de fogo
Escaldante
Dominador
Teu querer
O jogo o beijo
De amor
De prazer
Desejo
musa

terça-feira, 26 de abril de 2016

FLOR DE ABRIL


Nem um dia a flor abriu
Botão fechado escondendo odor
O mais perfumado sentido e pudor
Da primavera dos sentidos o esplendor
Que jamais algum sol consentiu
Em inebriante jardim
Caminhos proibidos de seda e cetim
Longos gemidos a percorrer
De olhar demorado
Florido prazer
Provocado

A flor de abril em humedecida cor
Róseo tom acetinado
Pétalas de amor
Matizadas carnais
O tom avermelhado
Das meias sensuais
O brilho espelho da tentação
Florescida mulher madura
Apetecida loucura
Jardim excitação
Tímida liberdade

Tremula intimidade
Flor sensualidade
Desfolhada cumplicidade
Meiga doçura
...
musa