“Catedral subterrânea do prazer
Quando verei a luz da tua carne
e morrerei?
Entrar no teu cheiro
Invadir a tua dádiva
Aflorar o teu profundo querer
Beijar-te e beijar-te
Saciar-me da tua pele
E saciar-te
Sorver em teus lábios meu prazer
O meu e o teu
Se libertas em mim o teu desejo
E eu em ti
Seremos os ditosos escravos
Da luxuria redentora
Do viver supremo.”
…
João
Seremos o mel e o fel
Em altar de sentidos
Na eternidade do amor de pele
De mãos e bocas esculpidos
De sal e suor
Excitados
Os dois fundidos
Pele na pele desabrochados
Existes porque em mim amanheces
Na ténue claridade do sentir
De palavras sentidos teces
A luz das tuas mãos quase a florir
Gestos que nunca consenti
Mas tantas vezes aconteces
Dentro de mim
Do que vivi em ti
Tu e eu
Esperas e hesitações
Entre o inferno e o céu
Desejas aflorar o íntimo profundo
Secreto mundo infinito do altar das paixões
E eu espero
A hora amanhecida das emoções
Dar-te o cheiro a dádiva o mundo inteiro
O sentir e o querer
Morrer e viver do desespero
Esperar o prazer derradeiro
De saber sentir para te ter
Em dócil sedução
Na pele do sentido o prazer
Profano sagrado primeiro
Em despertado tesão
…
musa
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