Sobre
as roupas nuas no chão
O
teu cabelo loiro solta-se por fim
Rendes-te
ajoelhada com paixão
Num
olhar celeste que se abre para mim
És
carne e alma de desejo
Que
me sussurras num só grito
Não
és ânsia de um qualquer beijo
És
a libido do nosso sentir infinito
***
Flores
silvestres doces aromas
Tuas
mãos campestres perfumadas
Do
chão em nudez me tomas
Com
as vestes tombadas
Corpo
e sentidos
Olhar
preso em madrugadas
Sussurros
surpreendidos
Nas
nossas mãos fechadas
Murmura
o beijo
Doido
perdido
Doce
desejo
Profundamente
infinito
Querer
proibido
Ânsia
e rito
Paixão
Onde
acalma teu tesão
…
***
Beijo
agora sem querer
Teus
seios, como gume duma espada
Que
me decepa meu ser
Em
corpo pecaminoso e em alma apaixonada
Sinto
meu falo seguro em tua mão
Que
o seguras na certeza que é teu
Retomas
a mim num esgar de paixão
Fito
teu trejeito de prazer que é meu
Espreito
no meu ósculo o teu ser contente
Como
Dionísio provara seu doce vinho
E
tu Ariadne que me abres teu ventre
E
me impeles, me dizendo, é esse o caminho...
***
Por
sendas vielas da minha pele labaredas
Levas
meu fio novelo de linha e minha espada
Em
ajudado amor por entre veredas
Conduz
teus passos ao altar desassossego
Essa
vontade ao oráculo sacrificada
Brindas
meus sentidos no gume luzidio
Da
luz flor em fogueiras acesas
Perdes
todo teu brio
Beijas
o medo
Nossas
vontades insubmissas ilesas
Incendeias
de novo a carne no teu fogo
Héstia
fulminada em mãos de brasas
Pára…
caminha peço-te e te rogo
As
minhas mãos cansadas
A
boca no teu falo presa
Ainda
dormentes escravas
Dessa
tua loucura acesa
…
***
Encerras
agora o teu olhar
No
meu, que entendes mas não lês
Sentes
agora a minha língua lacerar
A
tua doce vulva como se fosse a primeira vez
Desatas
tuas coxas ansiosas sem razão
Num
só laço que me entretece
Afago
esse teu clitóris sem qualquer perdão
Agora
és minha!
É
minha boca que te agradece
És
sabor de Vénus
És
a súmula de meu tesão...
***
...
conseguiste...
Nas
tuas palavras breve excitar
O
desejo caminha e insiste
Na
vulva pássaro preso
Bate
asas humedecida
Solta-se
dos lábios fogo aceso
Na
flor adormecida
Desabrocha
tesão
A
pomba na tua mão
Já
só quer voar
Para
o teu ninho
E
nesse doce excitar
Aprende
o caminho
...
***
O
caminho dos teus lábios
Que
nem são grandes nem maiores
Roubam
dos meus, pensamentos sábios
Em
interlúdios de beijos menores
Agora
sou eu que invento o beijo
De
meu claustro espreito
E
em teus olhos, nosso jardim consigo ver
Na
ponta da língua escapa-se amor em desejo
Em
movimentos sincronizados de teu prazer
Agarro
tuas mãos sujas
Com
as minhas de suor e de teu ser
Afago
teus seios agora duros como penhas
Não,
meu amor, não quero que fujas
Quero
que em minha boca te venhas
***
É
tão grande o teu sentir
Faço-me
na tua boca estrela maior
Dou-me
nos teus lábios sem fugir
A
esse teu desejo doce fulgor
E
sinto-me a menor constelação
Que
em profano doido amor
Na
via láctea de sensual tesão
É
na pele do teu ser universo
É
na vontade sumo excitação
É
silêncio no sentir do verso
Em
inventados interlúdios beijos
Muito
maior do que todos os desejos
Este
consentir estranho no sexo
…
***
Agora
trepas aos céus do prazer
Debruçada
sobre átomos de oxigénio e carbono
Que
se definha num éter
Não
és um qualquer satélite, és quase amanhecer
Teu
clitóris é o maior dos planetas é Júpiter
Que
só eu sei sorver
Tua
seiva de prazer escoa-se em minha face
Como
um mar salgado que tento abocanhar
Gemes
agora por este enlace
Gemes
de um quase sofrer
Por
este Sol, que só ele te sabe amar
***
Amor
interplanetário
Outros
céus já eu vivi
Amor
de pele e sentidos
Planeta
no céu da tua boca imaginário
Que
desse prazer ainda não senti
Nem
cedi aos teus pedidos
Ainda
que queira o contrário
Esse
mar salgado na tua boca
Como
tantos barcos perdidos
Em
vagas deixar-me louca
Em
ondas deixar acontecer
Morrer
nessa tua boca
Em
marés de prazer
…
***
Vem-te
meu amor, vem-te agora
Nesta
tempestade de sentimentos
Abandona
esse mar
Impelido
por Éolo por ora
E
atravessa o meu mar
De
sargaços por momentos
Teus
olhos fixam o teu último juízo
Tudo
é doce, tudo é singelo
Olhas-me
em vez derradeira
Teu
vir é simplesmente belo
Vens-te,
como vez primeira
Enquanto
te vejo naufragar
Na
minha praia do Paraíso.
***
Sonhos
há que com mel e nozes
Deliciam
teu palato de prazer
Palavras
na ponta da tua língua
Sonhos
doces a florescer
Onde
a fome morre a míngua
Nessa
ilha do teu ser
Dois
remos seios no peito
Corpo
barca no leito
Que
amas ao amanhecer
Ao
despertar ao alvorecer
Cruzando
em mim mar desse jeito
…
***
Oiço
agora os primeiros gemidos do dia
Que
me retiram da sombra do teu ensandecer
Oiço
o som primaveril da cotovia
Que
nos anuncia o amanhecer
Quero
agora penetrar
A
tua colmeia numa nogueira perdida
Não
de língua, mas de falo que não temo falar
Nessa
tua praia outrora vazia e tão escondida
O
caminho indicado por tua mão
Que
me agarra firme como quem jamais teme
Sentes
a dureza, sentes todo o tesão
És
tu que geres o bote, és tu que manobras o leme
***
Balbuciam
pequenos delírios
A
tua voz doce e quente
Sopra
brisa em campos de lírios
Como
quem o tempo consente
E
não é só desejo sentir
É
mais profundo premente
Como
se o amor a sentir
Pele
dos sentidos a permitir
O
que a vontade quieta silente
Se
faça de sossego no teu gemido
E
em segredo te faça um pedido
Não
sou eu mais quem teme
A
mão segurando teu leme
O
teu sentir perdido
...
***
Agora
penetro-te sem perdão
Com
um ligeiro esgar de tua face
É
dor é prazer é paixão
Que
findamos num enlace
Fitas
meu olhar
Enquanto
acomodas em ti meu falo
Digo-te
calado, quero-te amar
Neste
meu movimento que te embalo
Sinto-me
em ti perdido
Quase
me vindo, só de te olhar
Sou
anjo por ti possuído
Nesse
teu inferno, que me apraz devorar.
E
é teu pudendo que consente
Que
seja ainda mais profundo premente
***
A
carne e a alma penetrada
Luxuria
de um jardim proibido
Já
não posso negar-te nada
Entranhado
que estás no meu sentido
Anjo
do pecado possuído
Nas
entranhas da minha libido
A
minha pele naufragada
Em
todo teu ser
Afundo-me
no fundo de ti
E
num esgar morrer
Húmida
quente excitada
Na
minha mão te consenti
Inundo-me
de prazer
E
mesmo sem te ter
Já
tanto te senti
…
***
Dizes
não me ter
Mas
eu insisto em mostrar
Que
nem sempre o amanhecer
Nas
nossas vidas se fez tardar
Refreio
um pouco o meu arrebatamento
Para
teu íntimo degustar
Gozo
agora segundo a segundo cada momento
No
teu cálice que em beijos faço brindar
Quero
teus quadris amarrados
Por
minhas mãos como último cear
Desejos
de mim em ti roubados
Centelha
que do Éden quero roubar
Não,
não te mexas agora
Não
quebres o encanto abraça-me sem demora
***
Quero-te
no tanto deste querer
Como
uma aurora que abraça a manhã
Sentires
nos meus lábios todo prazer
Do
tempo de saborear doce romã
E
deixar-me nos teus abraços acontecer
Os
meus quadris poderes ter
Nas
tuas mãos fartas dos meus seios
O
falo e a flor a endoidecer
Sem
rédeas sem laços sem freios
E
nós em cavalgada anoitecida
Fazemos
da noite e da madrugada
Íntimo
ato da nossa vida
Que
assim se entrega na alvorada
Poderemos
morrer de um prazer proibido
Mas
sei que já não te posso tirar do sentido
…
***
Não
quero morrer por ora aqui
Nem
me quero vir e estar de partida
Quero
demorar-me dentro de ti
Quero-te
dar meu sémen quero-te dar vida
Quero-te
cavalgar mais um pouco
Nesta
cama de planícies sem fim
Cavalo
alado e selvagem que me deixa louco
Que
se evade outra vez sem esperar por mim
Solta
tua cela nesse espartilho que te sufoca
Desamarra-te
de todo teu ser
Sente
a brisa de meu expirar que te toca
Em
poesia prestes a desfalecer
Fitam-me
teus seios hirtos e maduros de mim
Como
maçãs doces deste pecado sem fim
***
Gulosa
lascívia esse teu querer
Na
planura do meu corpo teu perder
Nas
entranhas do meu ventre teu sentir
No
gozo lento deste nosso prazer
Que
de palavras eu te possa permitir
Vem…
vem cavalo alado desassossegar
Caminho
quente doce humidade
Vem
dentro de mim consentir
Vem
no jardim proibido penetrar
Pégaso
da poesia sensualidade
Em
ritmado refrão declamar
Gemidos
sussurros segredos
Intensa
profunda excitabilidade
Sou
cavalo domado nos teus dedos
No
arreio supremo da habilidade
Teu
falo é rédea solta de enlevos
No
prado da nossa felicidade
...
***
Ajoelha-te
agora no nosso imenso leito
De
dorso penetro-te eu teu jardim proibido
Acomoda
teus antebraços nesse teu coxim a preceito
Tuas
nádegas de meu falo são abrigo
Parece-te
agradar nosso compasso
Neste
bailar de doce loucura
É
teu corpo meu que sem cuidado abraço
Mas
não se descuida de minha demência toda a tua doçura
Também
no teu ser eu te mostro
A
deusa que em ti está prestes a se soltar
E
também como devoto, por ti me prostro
Neste
sacrifício pagão de teu altar
Teus
gemidos de Hera são bocados de pecados meus
Musa
de poesia e primavera, deste teu amante que é Zeus
***
Bradam
os céus de júbilo e fantasia
Penas
plumas coxins coxas abraços e o peito
Zeus
sente-se no paraíso da Teogonia
Tem
por trono entranhas meu leito
O
raio, a águia, o touro e o carvalho
E
todo meu prazer em demasia
Dão-lhe
a conhecer o que eu valho
Em
doce sentir e ousadia
Nas
suas aventuras eróticas
Divindade
do Olímpico panteão
Faz
em mim escorrer o orvalho
Em
tuas investidas apoteóticas
De
todo prazer de todo tesão
Tal
como Melissa o amamentou
Com
leite de cabra e mel
Também
o meu corpo sacrificou
Todo
meu ser em carne e em pele
Todo
meu sangue em doçura e em fel
…
***
Estou
exausto de não te ter
De
te possuir a carne e não a alma
De
me vir em ti e não ver nascer
Teu
sorriso que me acalma
São
gemidos sentidos
De
nossa luxúria e ousadia
Embates
suaves por ti permitidos
Por
meu corpo quente que escalda tua pele fria
Somos
Deuses. Somos nada
Somos
divindades do saber
Tu
Diké que embrenhas a espada
És
a minha sentença do prazer
És
carne és beijo que em teu corpo arrepanho
És
prazer no meu leito desejo imensurável tamanho
***
Na
tua exaustão dizes-me vou percorrer-te o corpo
Como
espuma da onda que acaricia a areia
E
eu digo-te quantas vagas precisas
Para
morrer na minha praia mar
És
fogo chama que meu corpo incendeia
De
flamas faúlhas suor beijas deslizas
Fogueira
de todos os sentidos
Braseiro
de desejos submetidos
No
corpo ateado de doido incendiar
Lavrado
na Héstia acendida
Suave
quente excitar
Da
pele humedecida
Húmido
calor
Frio
ardor
…
***
São
tuas costas que beijo
Como
paredão deste mar
Que
consolo teu desejo
Num
mar salso de teu olhar
És
fogo frio que em mim arde
Em
calor consumido de uma só vez
Que
devoro com alarde
Em
flamas brancas de tua tez
És
chama, és calor és paixão
Num
mar de prazer revolto
Que
afagas gulosa com tua mão
As
zonas erógenas de sémen envolto
És
gozo em mim por gozar
És
carne em desejo por devorar
***
Não
há oráculo que vença o mar
Não
há amor que vença a poesia
Não
há desespero que vença o desejo
Que
possa todos os sentidos naufragar
No
teu sentir comedida ousadia
Na
tua mão caminho de um beijo
No
teu querer mar de prazer
Todo
teu ensejo em mar Egeu
Em
terra e em céu possa acontecer
A
minha vida o meu sentido todo teu
Em
extrema saudade amante imortal
Inconsolável
gozo igual ao meu
No
teu tímido olhar Teseu
Paixão
perdida abissal
…
***
Deixo-te
exausta em tal líbido secreta
Neste
mar que lhe chamas Egeu
Em
teu corpo já avisto Rodes e Creta
Quando
afundo nesse corpo que é meu
São
labirintos de teu prazer
Desenrolados
em novelos de carinho
Nem
a Dédalo coube prever
Que
nada poderá impedir meu caminho
É
a força de tuas coxas que me apraz
Nesse
teu mar em que me aninho
Enquanto
te devoro por detrás
Quero
que tuas nádegas sejam minhas almofadas
Do
meu amor e de minhas fortes estocadas
***
Ante
ti meu desassossego labiríntico sentir
Enfrentas
Minotauro rugindo de prazer
Cobras-me
submissão sem nada te consentir
Sou
ilha aflorada em grutas por percorrer
Sou
flor desflorada em misterioso querer
Sou
lã desmanchada em manta por descoser
No
teu falo embainhada em gume afiado
O
cetro reluzente turgido bastão
Lâmina
luzidia de desejo provocado
Arde
a vontade na palma da tua mão
Flagrar
incontido que olhar deixa antever
Vulcão
de carne e sentido flameja de tesão
Na
tua estocada firme e hirto de loucura
A
pele abrasada inflama-se de ternura
…
***
É
suor que por mim se desata
Como
lava quente de teu vulcão
Metal
máfico que por tua bainha arrebata
E
me impele à paixão
Dás-me
tu tanto prazer
Mesmo
só de teu corpo admirar
Mas
o meu em teu quer meter
A
ansia de te cravar
Não
és ilha só desabitada
Porque
agora moro aqui
Abrigado
em tua areia desflorada
Me
quedo em prazer dentro de ti
No
cume desta montanha sinto-me o dono do mundo
Que
em teu corpo entranha neste prazer profundo
***
Entranhas-te
num corpo habitado de solidão
Onde
as palavras se perdem em demasia
A
cada estocada de palavras em tesão
Os
dois fazemos versos de poesia
Saberão
os deuses como somos felizes
Nessa
tua ânsia onde de versos deslizes
Todo
teu intenso e eloquente sentir
Que
em pensamentos brindas mitologia
E
a minha alma enalteces de loucura
Sou
ilha deserta onde realizas fantasia
És
Olimpo onde minha sede te procura
Para
a cada instante te viver cada dia
Matar-te
fome onde inspiração perdura
Alimento
somos dos dois verso secura
…
***
Penetro
agora teu poema apertado
Confortado
com pequenos gemidos teus
Dobro-me
sobre teu corpo deitado
Em
desejos e consolos meus
Afagas
tua vulva sedenta
Quase
em extrema saudade
Teu
corpo quase não aguenta
Meu
querer e minha tenacidade
Navegamos
em mares distantes
Que
jamais foram cartografadas
Somos
loucos, somos amantes
Em
pecados de desejo velados
Gemes
de dor e de querer
Gemes
em amor e prazer
***
Sussurros
gemidos murmúrios sinfonia
Toda
a pele se agita tormento latir
O
teu corpo grita no meu em ousadia
É
a carne e alma em sublime sentir
Onde
o gozo se dilui em cio e fluídos
Em
trilhos rituais marcas sentidos
Vens
saudoso sem saber em busca de prazer
E
eu deixando-te por aí ir
Até
toda em mim e em ti me vir
Há
todo um encanto feito magia
Há
marcas pungentes de cartografada ternura
Há
todo teu olhar em ângulos diferentes
Procurando
na minha magnitude loucura
Vibrante
saudade que só em mim sentes
…
***
Devoro-te
como um ser desejoso
Como
animal vulgar sem brio
Como-te
com fervor guloso
Como
animal com cio
Retardo
o meu vir
Se
bem, que é o que eu mais desejo
Gemo
como vulgar rafeiro a latir
Enquanto
tua língua me procura o beijo
Tua
magnitude é suprema
De
devoção e encanto
Fêmea
de sensualidade extrema
Que
te dobras em meu pranto
Sonho
de Sujeito, de prazer vulgar
De
te ter a preceito e saber-te amar
***
Saberei
amar-te ou não
Serei
apenas carne e desejo
Sobejo
no teu sentir supremo tesão
No
teu vir enlouquecido doido beijo
Em
rasgo de pele e sentido
Descomunal
intenso por vezes proibido
Queimas-me
carne e alma em sedução
Fogo
aceso enraivecido animal
Tens
no olhar sombrio instinto fatal
Laços
dos teus meigos abraços
Preso
odor de fêmea no cio
Segues-me
endoidecido os passos
Em
vulgaridade querer
Morres-me
no prazer
…
***
Não
sei se morra se viva
O
meu sémen dentro de ti
Não
serei eu dono desta corrida
Se
me venha agora e aqui
Teu
bafo de secreção
Em
teu vaso que me atrai
Que
te penetro com minha mão
Enquanto
tua seiva se esvai
Fode-me
amor dizes-me tu
Num
grito de êxtase te inundo
Vestida
de virtude nesse corpo nu
Cravo-te
forte e bem profundo
És
pecado subjugado que namoro
Em
forma de corpo amansado que devoro
***
Saberei
sentir-te ou não
Que
importa a ânsia que nos devora
O
tempo que nos atrai e nos separa
O
espaço que compartilhamos solidão
O
desejo que por um beijo se demora
Nesta
lucidez límpida e clara
Evitamos
o sentir no apertar da mão
O
olhar que de nós se desentende
O
querer que da pele é só tesão
Desta
vontade que nos ensina e se aprende
No
partilhar a poesia da ilusão
Não
mais do que loucura de versos
Não
mais do que ternura de universos
Não
mais do que esta nossa paixão
…
***
FORAM
SOMENTE O POEMA DE PALAVRAS COM O TESÃO POÉTICO DO SENTIR NUM CAMINHO DE POESIA
A DOIS SENTIRES…
…
Bardo
& musa
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