No seio do escuro humedecido
Nascem beijos quente frescura
Inventam-se silêncios apetecidos
Em escuridão quase loucura
Faz-se noite de sentidos
Na tua pele sentido
Onde o desejo perdura
Quase sagrado
Quase proibido
Quase pecado
A tua boca rasga a pele endurecida
Claridade que vai morrendo neblina
Deixando um véu de loucura perdida
Que a língua excitada de tesão domina
Nos trilhos desbravados da sedução
Os dedos amansados de excitação
Que mãos e boca de vontade fulmina
Todo o sentir da paixão
Quase tremor
Quase dor
Quase torpor
A noite faz-se escuridão
Na clara tez do teu querer
A lua floresce a tua mão
Dominando de prazer
Há um grito arrebatado
Docilidade vibração
Há um sim abocanhado
Há um não
E mais e mais
Sempre a pedir
Querendo sentir
Suaves golpes de punhais
Teus beijos fulcrais
Provocam orgasmos lentos
Prolongam beijos sedentos
Líquidos odores seminais
Olhares fundos pardacentos
Parecem de êxtase ruir
A cada estocada
Um quase vir
De tão excitada
Quase sentir
Afogueada
A flor labareda
A rosa acesa
Iluminada
A noite entre nossos corpos incendiados
No escuro dos olhos a arder
O amor de prazer
A pele a derreter
O tesão acendido
Rendido
Num dolente gemido
Gozado e permitido
…
musa
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