ILUSÃO
Ainda é cedo
Ainda é cedo para esquecer
Ainda é cedo no memorial das lembranças
Feito de imagens adormecidas
De palavras ainda por escrever
Todo um historial de esperanças
Viagens no tempo esquecidas
Tristezas e temperanças
Afável querer
Rasgar os dias sem os viver
Das horas de espera sentidas
A emocional quimera da ilusão
Indivisível emoção
A matemática do sonho desfeito
E a bater tempestivamente no peito
O peso inquieto do coração
Instintivamente secreto
E o silêncio de o dizer
Para toda a eternidade
A evasiva saudade
A dor docilidade
No veludo da melancolia
As tuas mãos a tua boca e o teu olhar
Jamais o sentimento da poesia
Negará essa intimidade
Silenciando o sossegar
Da nossa cumplicidade
Separado um dia
…
musa
Sem comentários:
Enviar um comentário