Esse martírio de mel
A ser só uma lembrança
O desejo do teu corpo
Caos e cais em fogosa pele
A crescer mais e mais
A sombra que entrança
De carícias o amor bruto silêncio
Na penumbra apaziguada de palavras
E a louca tentação dos verbos
Nos modos e tempos de prazer
A fazer sentido pelas tuas mãos
Sempre no momento mais incendiário
Que o fogo lento do teu olhar
Mansidão excitada
Acende húmida chama
Ilícita vontade afogueada
A deixar de palavras o diário
Confissões a escaldar
A intimidade do profundo gozo
O delito e a transgressão
A cumplicidade de excitação
O jogo poderoso
Dos secretos amantes
Num poema indecoroso
Em memórias já distantes
...
musa
Sem comentários:
Enviar um comentário