GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

terça-feira, 12 de abril de 2011

MUSA ORIENTAL

Remanso deserto
Tua púbis mansa
Meu desejo desperto
Teu querer alcança
Rasgado olhar excita
Pele de ébano em flor
Silhueta mulher bonita
Parece ainda criança
Pureza de suave amor
Perfumada laranjeira
Pomo doirado flameja
É a rosas que ele cheira
Na boca de quem o deseja
Rosal oriente perdido
Nos cabelos perfume intenso
Poro a poro um só sentido
Que a ela todo pertenço
A essa musa oriental
Que todo pensamento domina
Possessa deusa sensual
Quem assim a imagina
Perdido em doces recantos
Desse corpo em cio ardente
Banhado em húmidos prantos
Que a língua afia consente
Quando deitas teu corpo no meu
Elevando meu mastro em riste
Já tua flor gulosa em apogeu
Minha haste clama insiste
Deleite em púbis faminto
Em curvas de louco sentir
Afundo nesse labirinto
Para que não possas fugir
E nossas bocas ensandecidas
Presas em gritos gemendo
Excitadas e rendidas
Vibrando estremecendo
Num espasmo de prazer
Num beijo nunca experimentado
Entre o sagrado profano saber
No cálice das tuas pernas embriagado
Insano sentido deixo acontecer
E então me perco subjugado
A todo instante em ti morrer
Para viver outra vez
Em volúpia sedutora
Porque em ti talvez
Gueixa provocadora
Dona diva insensatez
Musa dominadora
Fêmea de ousada altivez
Feiticeira da excitação
Voltarei túrgido possante
Em loucura tesão
Rendido de paixão
Fazendo-te minha amante
Oriental sedução
musa

segunda-feira, 11 de abril de 2011

BANHO LEITURA

Capricha na leitura
Doce banho sussurrado
Ouvir-te nessa loucura
De poeta enamorado

A água morna envolvente
Ouço tua voz murmurando
Excitação que me consente
O teu sexo duro gozando

Que aos meus pés acariciado
Sussurros líquidos de prazer
Se excita crescendo deliciado
O meu que verte sem se conter

Vais lendo essas rimas soltas
Num êxtase quase adormecer
Corpo e mente rodopiam voltas
Enquanto te ouço doce ler

Que encanto esse nosso instante
Banho de leitura e de desejo
Pelas palavras faço-te amante
Em humedecido e terno beijo
musa

domingo, 10 de abril de 2011

OBSCURIDADE

Fazemos um poema
Dum beijo obscuridade
Na nudez poetada
No brilho da tez nua
Clarificada
Poesia da lua
Entre os dois imaginada
Na sombra dos sentidos
Tacto a tacto decifrada
Poetamos de beijos e abraços
Próximos pele com pele
De enamorados cansaços
Feitos de suor cio e mel
Embrulhamos de laços
Esculpido sombreado a cinzel
Fundimo-nos num só
Em suave penetração
O desejo feito um nó
Sublimamos tesão
Deixo-te beber
Doce excitação
Faço-me ser
Esse teu prazer
Infinito querer
Ver-te
Ser-te
Ter-te
Única paixão
musa

sábado, 9 de abril de 2011

SILÊNCIO DO DECOTE... ao VASCO...

No colo dos seios
o pouso silente
da borboleta de seda
de asas esvoaçando
celebra a manhã
no teu olhar
amando

bocas se aproximando
incontidas de vontade
procurando saciedade
desejo transbordando
línguas floridas
sexos despertando
ansiedade
perdida

há entre os dois
absoluto sentido
sonho e vida
prenhe de metafísica
pedido vidente
advínhamos
premeditados sentidos
de quem sente
ousamos gemidos
e o decote de renda
eleva as carícias
tidas na mente
magia de sentir
seios com alma nos bicos
bocas sussurrando a pedir
mãos do tamanho de universos
repletos de estrelas
murmúrios de versos
desmesurado prazer de sensações
a não querer perdê-las
beijar lamber chupar
constelações de sentidos
cândida poesia
no varão do olhar
nostalgia
naufragar no rio
de todos os sentidos
consentidos
fantasia

sentada no teu colo macio
teu mastro túrgido incessante
eleva-se possante húmido cio
tomando-me tua amante

há entre os dois a crescer
excitação e loucura
derrame de prazer
doida bravura
doce combate
embate desejo
louco beijo
preso entre os dois

não sei o que será depois…

fico a imaginar
quase a endoidecer
que nossas bocas se possam colar
num terno e selvagem mar de prazer
musa

sexta-feira, 8 de abril de 2011

CONCHA NEGRA

Os teus pés
Dedo a dedo
Irei chupar com enlevo
Desmesurado
Ao fundo dos teus pés
Mastro erguido orlado
De velas rendas cordas do convés
Onde te prendas de lés a lés
E possas ancorar no meu rio
Ondular no meu cio
Vela erguida
Doce ardente
Água vertida
Docemente
Sentida

Concha de renda
Guarda segredo
Em negra doçura
Mel arvoredo
Doida loucura
A humedecer
Descoberta
Despida
Escorre prazer
Da concha secreta
Desabrida
Desperta
Estremecida
Aos pés oferecida
A endoidecer
musa

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Pour LANGOUREAU Gilles

CHERCHEUR D’OR…GASMES

Doux affamé d’une âme avide
Ma peau plaine inquiétante nue
Perdu dans la sueur brulant acide
Aux chemins caresses d’une seule rue

Tu vas vers mon corps troublant soufflée
Ruée aveuglement de charme désir
Ma peau mon âme tendrement aimée
Mon chercheur d’or rivière plaisir

Sous un bleu ciel tes yeux joui d’amour
Ambitieux chercheur d’orgasmes délirants
Entre tes mains poussent des cris glamour
Le meilleur chercheur de tous mes amants

Trouve des parcours
Chercheur d’orgasmes brillants
Dans milles velours
Déchirés flambant
La fleur envoutée
Ne me laisse pas volée
Mes rêves mes espoirs
Tous les comblant soirs
Fais-moi sentir
Luisant pépite
Fais-moi devenir
Que certains décrivent
Comme un doux mythe
Mais peu arrivent
A trouvée en moi
La juste loi
Mais que tu arrive
A me faire sentir
Puisque dans tes mains
Dans ta bouche ivre
Tu me fais jouir
Troublée dansant
Gâtée enfant
Pleine désir
Amant
muse

DÓCIL FELINA

Corpo de mulher excitada
Dócil felina cio doçura
Selvagem ternura
Fêmea delicada
Doce loucura
Provocada
Ardente
Desejo
Todo corpo insustentavelmente quente
Na leveza estonteante húmido beijo
Delirante sentido inconfidente
Onde silenciosa rastejo
Na tua mente
Farejo
Almejo
Ser

Fogo das entranhas da terra estremecendo
Cuspidas de lava cio e carícias a florescer
Nas mãos suave excitação derretendo
Vulcão pele suada de fluidos humedecida
Nas chamas do desejo em faúlhas arder
Permitida convulsão penetração consentida
Do olhar ao abraço do beijo ao prazer
musa

quarta-feira, 6 de abril de 2011

PROVA-ME

Em contornos vontade corporal
Retornos duma utopia de sentidos
Magistral poesia de imensos quereres
Trazendo maresia de cheiros intensos
Densos dizeres cios incontidos
Prova-me desejos devaneios
Instantes beijos furtivos
Suaves doces enleios
Acometidos

Lambe-me a pele na ponta da língua afiada
O gume santificado do desassossego pervertido
Num eixo de êxtase em gravidade ousada
Percorre-me o corpo num só sentido
Sorve-me adentro fluidos espessos
Faz-te margem leito do meu rio
Nos teus dedos largos possessos
Enche-me a alma o todo vazio
Desagua-me com calma
Prazer escorregadio
Mão me acalma
Onde me sacio
E fantasio
A alma

O querer inteiro submisso prazer
Derradeiro sentido a me provar
Com todos teus gostos despertos
A pele poro a poro a endoidecer
Com todos teus desejos secretos
Onde sacio todo este amar
Provando-me no teu querer

De mim te saciar

musa