... na excitação da descoberta... paramos o tempo para
nos saborearmos rendidos à poesia...
os teus olhos são sangue e lágrimas do meu corpo que
escreve...
vigília de versos nascidos em amor e sensualidade
loucura erótica poética serenidade
de todos nossos sentidos
espectáculo de poemas acontecidos
és tu em palavras e imagens toda... dás-te toda...
assim me consinto
és poetisa mulher sensual
de palavras consentidas
podemos sensualizar todas nossas palavras
fazendo versos no corpo
de um só sopro
emergir a mente
docemente
poesia estranha forma de vida
estranho consentimento dessa sensualidade
como espinhos onde eu me pico
pelo que de mim desnudo em palavras
podemos fazer poemas em conjunto
e sentir o que há dentro de nós
o teu corpo é um desejo sólido, dá-se no obscuro, à
espera de um falo latente, de um desejo só, da única boca onde escorrem versos
como gotas...
no mais ousado poema sentindo as brechas do poetar com
sentidos à flor da pele
no verso da dor onde o desejo enterra a saudade e queima
a doce abertura de ti...
em brocados tentamos, colarmos a pele aos dedos, o lábio
ébrio, ao pénis voluto, uma palavra, devolve o orgasmo ao teu mundo
a flor desflorada no beijo néctar sorvido... o véu pétala
descaído... ébria sede desejo palavra doce... devolvo-te poema orgástico
selvagem como poesia voragem fosse
esse sentido tido membro e vulva aberta... na palavra
secreta existe o mundo
pudesse eu ir nessa voragem latente e tocar a tua flor,
chamá-la deusa, ser teu amor
e transformar a vulva na minha lembrança secreta, um
corpo aberto ferida a volver para o mar orgástico
pátria corporal ensandecida por esse quase tocar... a
pele caminhos humedecidos nesses rasgos desejos a flor colhida... torna-se vida
nas tuas mãos devassadas dos meus sentidos dor
a dor transformada no beijo vulva, clítoris infinito,
onde revolvo o tesão, na tua língua, nos teus seios, mergulhando infinitamente
na dor da lonjura, quando não alcança ainda o corpo leve em teus braços
já me tens no teu caminho... dor prazer obstruída pela
boca beijo alcança consente latente destemida assim se obriga a te seguir em
passos onde a palavra cobre a tua sombra desejo sedução e nessa comoção finges
ouvir meus gritos prazer dor
e ao te consentir ... deixo destino nessa estranha forma
de vida entre razão e amor
sedução e prazer, ânsia de estar, não só imagino como
ouço, vejo e toco, lambo e desço, no culminar já te pertenço, destino louco,
ensandecida razão
almica sedução acontece tida na frescura da nascente das
palavras rio meu corpo e mente aos teus sentidos partilhados como parte do
tanto de mim palavra poetizada
partilhados os sentidos, presos nas palavras, reserva-se
o lugar ao real, cujo sentido enobrece a palavra, feita gozo, pleno e obsceno
entre seres da palavra e do sentido
sorvo teus orgasmos mentais escorre canto da boca esse
sémen ensandecido pela descoberta loucura onde nunca pertenço um só sentido
porque palavra pranto escrita nunca foi procura em mim
acontece... e de poemas se tece... choro poesia
sorve e lambe, pois sonho e teso, tento no sentido da
palavra, escorrer prazer liquido de sémen, enquanto o verso penetra na carne
lindo final...e agora?... e agora... teia poemar... presa
e predador
abre a teia, deixa penetrar, ser presa ou predador, tanto
faz no amor
sem a destruição... presa... apenas com esse sabor...
ser-te rendição e chama acesa em fruição
diluído estou no teu verso corpo, destruído vou ao teu
encontro, onde desejes poetar, amar, abraçar, desejar...
difícil terminar... versos pele poema fel e mel esse
dilema sem saber o que fazer
entrego-me fujo rendida já estou mas mesmo consentida
nunca me dou
fruir-te...
porque a palavra é falo em meu verso e satisfaz o desejo
que peço à poesia...
absorver-te...
na síntese desse sentido fruída absorvida escorro teu
sangue escrita
porque Falo, é teu verso, enterro o meu no teu nome, e
deixo ser te e seres até sangrarmos na noite
escorres e eu deixo, lambo como se ferida fosse, aguardo,
a hora o momento, de poetar no teu jeito no real corpo demente
singrar-te seria barca em teu corpo poema casco abrigo
mas nesse sentido temo ser mar rebeldia em rubro leito que da noite castigo
queres poetar
e em nobre poesia assim de palavras por dentro ficar em
ti... porque noite e dia... já me senti
instante...
musa & Joaquim
1 comentário:
OI!! Quem e esse joaquim se me puder dar o mail era muito bom!!
bjs adoro este blog
Enviar um comentário