GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

sábado, 6 de julho de 2013

DOCE SEDUÇÃO TORPOR

DOCE SEDUÇÃO
Valsa humedecida no palco da tua boca
Deixa-me louca
Deixa-me quente
Deixa-me…
Sentida
Enfurecem-se as mãos a tremer
Ah… os teus sentidos em pecado
Derramamos doce sedução
Vertido louco prazer
Dos dedos da tua mão
Do teu olhar provocado
Ousar dizer
Quero-te
Gosto do teu sorriso
Por ti perco o juízo
É bonito... é outra premonição?
Tua ou minha?
Na lembrança para os dois
E essa tua visão dos morangos onde está?
E depois?
Os morangos, com champanhe, encaixam em vários sítios...
O champanhe é que vai dizer...
Mas tinhas dito que estavas a ver
Era alguma imagem
Uma viagem de prazer
A luxuria da paisagem
Estás a puxar por mim...
Estou nada… deixo-te assim?
Só queria ver
A imagem a ilusão
A fantasia
A sedução
Tenho a certeza que conseguia encaixar meio de um, no teu umbigo
E outro meio, entre as tuas pernas...
Doce castigo a que te entregas
Sabes o tamanho dos estragos que estas a fazer
E depois, fazia magia: com as mãos afastadas, eles desapareciam de onde estavam
Na ponta da minha língua rodopiavam
E apareciam na minha boca.
Estás a ver a imagem?
Estou a sentir... estás a deixar-me louca
Também consigo fazer isso de olhos vendados
Estas a desassossegar eu
Estás a provocar estragos
Estás a levar-me ao céu...
Já estou a salivar-me
Já estou a descontrolar-me
Estou a ver te... e a sentir-te
Que calor
Depois, champanhe gelado
Ligeiramente temperado
De sal
E fogo
Torpor
Convulsão de sentidos... onde para a tua imaginação?
Todo evaporado na minha garganta
Ah… este desejo… esta vontade que já é tanta
Esse teu olhar... magma incandescente na ponta dos teus dedos acende rios em mim...
Nunca bebi champanhe assim...
Um dia hei-de fazê-lo...
Em concavidades provocadas pelos arrepios dos teus dedos e boca
Na pele do todo teu corpo hei-de bebê-lo
Gamo fugidio por vales orvalhados em busca do mistério da gruta
Na plana planície dos meus segredos escava emoção oca
Enlevos de prazer com que mão e boca luta
Não tens trabalho para fazer?
Vens para aqui desassossegar-me!
Deixas-me a endoidecer...
Inspiras me...
Estás a provocar-me

musa

1 comentário:

Ilidio bessa disse...

Já estive a ler e acho que está óptimo, só temos que alterar algumas deixas e sermos mais interventivos entre elas e dará um resultado espectacular.