Sou na manhã a pele de seda
Que a língua solta em devaneio
Busca orvalho com sabor a café
Olhar guloso e cheio
Leva a vontade da boca ao pé
Caminhos de suor trémulo ardente
Doce torpor que olhar sente
Corpo que enlouquece
Sentir desfalece
Frio e quente
Num gemido ao ouvido vibrar
A boca que entontece
A pele excitada a estalar
O gozo que apetece
Deixar vir
Sentir
A imaginação flui desejo aumenta
O aroma do café na pele suada
De beijos e caricias esquenta
Nos dedos aprisionada
A boca aguada por mais e mais
Como gume de punhais
Fere o tesão
Arde a mão
Em ritmos delirantes
Loucura excitação
Bebemos como amantes
Em fogo da paixão
Café delírio
Negro martírio
Rubro odor
Há nos sentidos o vermelho
Gosto aceso de fogo lento
Perdido no tempo
O suor espelho
Vidrado olhar
Teima gozar
Delirante
Amante
…
musa
1 comentário:
Adorei o poema!
Voltarei mais vezes, pela qualidade, sensualidade dos poemas e fotos e sobretudo pela mulher que nos preenche o imaginário e nos fervilha a líbido.
Bem mais modesto e politemático, podes se quiseres passar no meu blog encontrarás lá alguma poesia:
http://devaneiosdevida.blogspot.pt
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