Na louca agonia da tua virilidade
Na paixão do corpo possuído
Na dureza da sensualidade
Turgido tesão túmido
Teu gozo desmedido
Mar noite escura
Nossa loucura
Perguntas-me pela noite descida sobre as pedras
Beijadas no silêncio húmido perto do mar
Aprisionadas no escuro muralhar
Do feitiço pardo dos teus olhos
Em silenciado sentido
Adentro olhar
Perdido
Nas pedras há o tempo prisioneiro
Instinto manso levitando
Grito derradeiro
Nos encontrando
Onde silente murmúrio
Parece ficar
Ouvindo
Gritar
Nas pedras presas pardas
Gravamos a noite de silenciados
Sentidos guturais ardentes
Luzes acesas do outro lado da cidade
Os nossos olhos cansados
Os nossos corpos inconfidentes
Os nossos olhos de saudade
Clareiam a pele de sentir
Nas pedras gastas da idade
Consentimos existir
Ousamos desistir
Amamos consentir
...
musa & João (dolce far niente)
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