AMOR SOLITÁRIO
Este amor solitário tão de silêncio e queixume
Que a alma guarda num sacrário em angústia altar
Sem dor alguma melancolia ou ciúme
Somente húmida névoa em manhãs de olhar
De praias desertas de palavras sorrisos e sentir
Vagas de marés enchentes e vazias
Amor que a solidão não faz nunca desistir
Ainda que as noites sejam longas e sombrias
E o tempo tatue de saudade a areia molhada
Memórias de carícias e a ternura do beijo
No leito a paisagem da pele nua e suada
Perdurará a lembrança loucura do entardecer
Junto ao teu corpo no íntimo cansaço do desejo
O amor solitário a morrer de prazer
...
musa
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