CADERNO DE MEMÓRIAS
Não sei se é poesia
Esta vontade de me desmembrar
Como quem a dissecar
Abre da alma a escadaria
Essas portas do olhar
Para o fosso agonia
Ilícito descontentamento
Umbral melancolia
Negro deslumbramento
Que enlouquece dia a dia
E no punhal do teu silêncio penitente
Traços de oração e fantasia
Hiberno memórias enlouquecidas
Das sombras desmembradas e adormecidas
A luz afiada e contundente
Disseca lembranças esquecidas
Estão lá as tuas mãos em flor
A boca fonte de delírio
O teu corpo desnudado de amor
Na ponta dos dedos resquícios de martírio
...
musa
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