Petit poeme de ma vie
“Ouvimos música
comemos torradas
Pomos a luz a semi-luz
Vimos por aqui a fora
agora com uma caneta nos dedos só o que é bonito não cansa
ouve-se o tilintar das campainhas entre a música
continua a chuva seca
muda o mês de setembro para outubro — veja se a data
em breve será um número no passado
uma nostalgia ou, mais certo, algo esquecido
novos números virão
O outono vai trazer o frio, talvez
ah, essa falsa incerteza que não me mata!
Ao contrário da verdadeira
que desata a doer sem se ver
como o fogo do amor do poeta continua a vida como um filme da nouvelle vague
onde só falta o sol de S. Tropez
e mesmo o de S. Torpes
onde não vivi daquela, nem de nenhuma, vez
ao menos li no chão o teu poema, Alberto, em Sines
e li a vida pura em muitas coisas simples
no pecaminoso prazer de esquecida dor.
Comeu a divisão dos versos/parágrafos
No pecaminoso prazer de esquecer a dor
JC”
Nostalgia ou a poesia
Das coisas íntimas e sensíveis
Petit poeme de ma vie
Le seul envie
A doce melancolia
Os versos possíveis
... e a vida continua...
Com todas as mortes à cabeceira
Insípida sem sabor
E todas as ausências demoradas
E o chão perdido
Onde já nada faz sentido
O tempo é rasteira
Angústia ilusão torpor
Esperanças vãs e vagas
Um sonho perdido
Um delito acontecido
Um verso adormecido
Somente em palavras
A pele dorida e nua
No prazer luminoso
Quiçá pecaminoso
Versos sentimentais
Da vida crua
Ou a sombra esquecida
Para uma qualquer Primavera
Do que foi um sonho de amor
E não é mais...
Ah... a música era
...
musa
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