GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

MEIAS DE VIDRO

Vem despojar-me
Das minhas meias
Começa a enrolar
A liga rendada
Vem amar-me
Sabes que me incendeias
Começa a tirar
A meia vidrada
Adoro teu jeito sem jeito
Fico enfeitiçada
Por essa tua atrapalhação
Rio do aperto no peito
Carinhosa sedução
Meigo cuidado
Deslizas a meia suave
Olhar encantado
De quem faz como sabe
E sabe o que faz
Dando prazer
Sendo capaz
Em gestos sensuais
Transparecer
Imenso
Demais
Intenso
Desejo
Meia de liga de renda
Nas pernas fatais
Sopro de um beijo
Vontade de aprender
Sem que ela se prenda
Sem se romper
Vem-me despojar
Das meias de vidro
Tira-me do castigo
Demorada espera
Me deixas ficar
Corpo desespera
Para se entregar
Para estar contigo
Para te amar
musa

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

JOGO DO SOL E DA LUA

Meias negras
Luvas pretas
Fita vermelha
Leito branco
Corpo centelha
Não de santo
Pecado faúlha
Solta-se da fita
Tesão se atulha
Ninguém acredita
Carícia ou beijo
Que é fogo desejo
Que é jogo com fita
Que é sedução
Pele que palpita
Louca emoção
Onde querer
É sussurro doce
Fusão sol e lua
Ainda que fosse
Ousadia tua
Imenso prazer
De nós dois seria
Deixar acontecer
Entre o sol e a lua
Sensual poesia
Meiga fantasia
Tu meu e eu tua
Musa

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

NUDEZ POÉTICA

Ofereço-te a leitura dos meus sentidos
Com palavras nuas a fervilhar emoções
Desejo em páginas abertas (con)sentidos
Onde aflora a sensual magia das paixões

Do corpo e da alma

Aqui me tens nua
Em pose calma
De sentidos despida
À leitura consentida
Deste ousar de dizeres
Aqui me tens tua
Em carne de prazeres
Dócil jeito de afazeres
Sensual arma a sedução
Nesta entrega de razão
Alma inteira anima
Toda mulher
Magnânima
Abnegada
Consagrada
Em palavras nudez
Poética altivez
Aflorada de vontade
Sensibilidade
Ousadia

Corpo de palavras saudade
Do que fica dos sentidos
Nesta loucura liberdade
Nossos desejos tidos

Em nudez poesia
musa

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

CORPÓREO MARFIM

Pele de ébano
De cera
Argentada
De marfim
Sagrada
De cetim
Pele branca
Parecera
Santa
De tão imaculada
Pele cã
Mas tão juvenil
Quase manhã
Azul anil
Pele alva
Nívea
Frescura calma
Láctea
Via corpórea astral
Ebúrnea
Tingida de cal
Pele de alabastro
Cometa brilhante
Perdido astro
Distante
Pele nivosa
Gelada
Cheirosa
Quente amante
Amada
Feitiço chama
Pele de linho
Alinhavada
Profana
Mau caminho
Charmosa
Pele de flor
Uma rosa
De amor
musa

domingo, 9 de janeiro de 2011

VERMELHO CIO


Vem chegando rubra nua
Pele emoldurada rubro rendado
Neblina fumegante rubra lua
Desejo ardente rubro pecado

Corpo vermelho cio
Em êxtase lingerie de renda
Côncavo convexo caudal do rio
Exibindo tua excitante prenda

Languidamente oferecida
Em pose trémula esfusiante
Me tomas já nos braços despida
Como a mais dócil louca amante
musa

sábado, 8 de janeiro de 2011

COXA CABARET

Danço nos teus sentidos
Tango sensualidade
Quando na verdade
Dançam meus gemidos
Coxa de saudade
Nas tuas mãos liga de renda
Deslizas meias de seda fina
Não há não que a prenda
Negue desejos de menina
Que teu querer não entenda
Um toque cor vermelha
A roçar sedução
Carícia que centelha
Olhar provocação
E a tua vontade louca
É tão frágil mas não pouca
Querendo desflorar corpete
Rubor negro fina seda
É nas tuas mãos labareda
Que incendeia teu florete
Salto alto pé delicado
Flor do corpo em convulsão
Geme consolo em pecado
Nessa dança de paixão
Traje ousado
Traje de dança
Traje negro
Actores de voraz enredo
Coxa de cabaret fantasia
Sentidos em guerra orgia
Meu olhar é a lança
Dessa desinquietante dança
Quase tragédia quase comédia
Acerto teu intenso querer
Ao mostrar caminho livre
Com essa vontade te tive
E assim dancei prazer
Um tango húmido quente
Que entre as pernas se sente
Antes da musica tocar
Já nós andamos a dançar
Em acordes doces gemidos
Nessa dança consentidos
Com ritmo de amar
Até nunca acabar
musa

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

PONTO G

Não sei quando, nem como, ou porquê, me passou pela cabeça esta ideia de encontrar o ponto G, da minha escrita? Em Agosto de 1988, fiquei fascinada e deliciada com a leitura do livro"A Tarde de um Escritor", do escritor alemão Peter Handke, dando-me conta de todo o meu processo de autognose, como escritora compulsiva que só se sentia bem a escrever, sozinha no seu quarto, indo encontrar neste pequeno livro o grande tema da solidão humana e, para além dela, a difícil arte de existir no mundo, desleixando-me eu própria, das minhas relações sociais, querendo estar apenas eu, só, na solidão do meu mundo de palavras com a minha pena e as minhas penas. Tão secretamente como é conhecer a alma humana e todos os seus subterfúgios. Modesto auxilio será pois a escrita em que nos debruçamos num fim de tarde, para aí, possuidores de conhecimentos seguros e das leis da harmonia entre a mente e a pena, expormos toda a nossa virilidade intelectual, toda a nossa afirmação pessoal e psicológica, produzindo com palavras em ritmos esplendorosos, todas as nossas amarguras e a sensível solidão que nos inspira - a ignis sacra - expressão dos pensamentos num prazer incomensurável, deslumbramento, sublimação, palavras fulcros fecundos do êxtase que sente o escritor quando saído da nebulosidade do seu dia-a-dia, se recolhe para o seu templo, assumindo o seu talante, de inspirador de oráculos, evocando palavras túrgidas que a sua alma esconde em segredo e as atira para a virgem folha, concebendo desse modo, a erótica mancha de letras que formam palavras, que formam textos, que fazem poesia ou prosa, ou apenas puramente, exprimem os domínios da compreensão criadora do homem. Passo a passo, degrau a degrau, a criação literária à feição daquilo que se solta dos sentidos, definindo nitidamente o carácter do ser, não é senão o cumprimento da rebeldia do poder magnífico que obsidia o pensar, absurda tentação que sintetiza todas as faculdades humanas vibrantes, sem perderem a sua caracteristica fundamental, que é a captação intrínseca de em tudo ver a arte, de tudo lhe parecer artístico, nobre o suficiente, para ser imortalizado em palavras, imagens fotográficas, pinturas, esculturas, digno de ser exprimido através do delírio sagrado da inspiração, materializado esse fogo espiritual da alma, sugestionado por essa mágica escrita, como dois corpos amando-se sobre o tálamo das ideias. É de absoluta justiça que se diga que poderá existir o tal ponto G, da escrita! E que tem muito a ver com o temperamento do escritor. Compreendendo conjuntamente, o manusear com certa perícia, a laboriosa arte de escrever e a fonte dos sentidos, com a sua nascente, os seus rios, os seus afluentes, a foz, e por fim, o mar. A oceânica paixão, magistral vontade que ocupa a maior parte do planeta terra, aqui a mente humana, o mar dos sentidos onde tudo vai desaguar, onde se adora a beleza do pensamento na sua esplêndida nudez, linguagem matizada de precisão e clareza, e beleza feminina, de intensa excitação espiritual que vibra no quotidiano de cada alma humana, que evoca e descreve pensamentos e sentimentos, imprimindo comoções da imaginação humana, tão realistas quanto obscuras, abusando da catarse mental, como um processo comparado ao divã do psicanalista. Muitas vezes essa escrita, essa criação artística literária, é a maior arma contra a doença, qualquer doença, distúrbio psíquico ou fisíco, que nos dá a força necessária para nos sublimarmos desse instante decadente da nossa momentânea vida. Mas voltando ao ponto G, cujo nome vem do ginecologista alemão Ernest Grafenberg, diz-se que se for estimulado de forma lenta e profunda, fazendo vibrar, pulsar, pode provocar um orgasmo intenso e delirante. Desencadear a estimulação do intelecto, decorrente dessa forma lenta e profunda, compenetrada, em que o escritor se masturba de palavras, de metáforas, de eufemismos, de hipérboles, etc., desses vícios, engenho e arte, figuras essas que são um magnifíco recurso para velar pensamentos pornográficos, enfeitando-os com visualidades duma linguagem que lhe sai das profundezas da sua alma, levando-o à ascensão emocional que admite o abuso dessa autognose fazendo-o vibrar de vida. A escrita e o ponto G, são essa litania caprichosa que todo o escritor procura. Obcecado pela superior preocupação literária que consiga impressionar, emocionar, impregnar, deleitar, atrair qualquer leitor, ela deve deslizar suavemente, sem suspeições de plágio, sem rupturas de sucesso, nem pecando pela dureza e inflexibilidade das suas formas, aquém de um golpe de misericórdia, cuja dolência morna, tire todo o prazer de uma leitura sadia e a sua liberdade estrutural das palavras, sem interferir, sem infringir, sem recalcar as regras básicas de uma boa escrita emocional. A meu ver, o ponto G é simplesmente a harmonia das palavras com o pensar, numa afectuosa cumplicidade de sentidos e imaginação. Um sem o outro não existem, e a criação, é como dizem os franceses, esse «enjambement», fusão, enlace, abraçar de dois corpos que acontece quando o casamento é perfeito, entre o pensar e a palavra, temas soltos, livres, que repudiem as leis da lógica, dando azo a tanta ficção, fantasia, a magia absoluta e infinita, com todo o seu esplendor de uma escrita criativa e feliz, que tantos ousaram alcançar ao tocarem no seu ponto G, fazendo-o de uma forma maleável, vibrante, pulsante, adaptada a todas as combinações do ritmo e da harmonia e exigências temperamentais de cada escritor. Essa criação não é mais do que a sublimação de todos os sentidos, despertos e estimulados, por essa maravilhosa e engenhosa ferramenta, que é o nosso pensar imaginativo. Esqueça-se um pouco de sexo e procure dentro da sua alma o seu ponto G da escrita!
...
musa

CANDURA

Vórtice deitado
Contorcido desejo
Dócil brancura
Afável alterado
Corpo em alvura
Doce ensejo
Ternura
Tentação
Trepidação
Dos sentidos
Esquecidos
Na pele de ébano
Adornada renda
Prece oferenda
Em palco esmaltado
Brancura
Pele de leite
Loucura
Deleite
Enfeite
Rendado
Branco desejo
Esperando
Um beijo
musa

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

SUBMISSA

Submissa
Desordeira
Ostentando a coleira
Do teu jogo perverso
Prisioneira
Consentida
Desse teu querer travesso
Obedecida
Deixo-te brincar
Para que possas jogar
Teu jogo de sedução
De mãos atadas
Algemas devoção
Olhos vendados
As faces coradas
Os seios excitados
Timidez ousadia
Como pude consentir
Tal acto de fantasia
Presa sem poder fugir
Sentada pernas abertas
Tu entre elas
Em meiga orgia
Linhas paralelas
Ideias secretas
Gestos desfeitos
Rijos os peitos
Trémula tentadora
Sexo molhado
Boca devoradora
Olhar desejado
Assim rendida
Quieta perdida
Deixo-te ser
Dono e senhor
Deixo-te beber
Fluido sabor
Néctar em fogo
Desse louco jogo
Em convulsão prazer
Do meu sexo
A arder
musa

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

OLHOS VENDADOS

… apesar de silencioso… continua o turbilhão na alma e… nas calças… Terás de os resolver… não importa se com a boca se com a roupa rasgada… para te possuir num qualquer canto…

Sobre o chão ajoelhada
Numa prece sedução
A cara vendada
Pela fita negra
Tapada

Atrás de ti… meu tesão

Que o jogo comece
De emoção às escuras
Olhar vendado tece
Pelas tuas mãos maduras
A colher frutos doces
Resplandece
Paixão

A teia de mistério desejo
Imagino tuas mãos perdidas
A boca em súplica de beijo
E as minhas consentidas

Por esses caminhos lavrados
Na pele arder de vontade
Nunca os olhos fechados
Conheceram tanta saudade

Desse corpo em fogo
Na loucura do jogo
Quase pecado
Quase rendição
Quase prece

A pele em convulsão
Tu ao meu lado
Como a aranha tece
Fio imaginado
Sua teia de sedução
Nosso querer amanhece
Enredo-te em louco tremor
Gozas perdido prazer
Na escuridão ouço riso clamor
Um orgasmo acontece
Deixamos outros acontecer
E já alma estremece
O corpo delira
O sexo é lira

Nas tuas mãos dedilhado
Melodia vendada
Toque musicado
Flor desfolhada
Acordes orgasmos
Doces espasmos
Propulsão

Firmamento estrelas brilhando
Uma nova constelação
Sentimos a vir
Os corpos dançando
Nesse sentir
Quase um universo
Fazemos amor
Já não é sexo
É rima do verso
Refrão a compor
Acorde disperso

Por entre a poesia
Alvorada querer
Teu desejo consenti
Ai… como ousaria
Agora... 
Te ter
Aqui
musa

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

SEIO MADURO


… um beijo longo e molhado. Inicio de outros sentidos. É um bom ano para nos esquecermos perdidos em fantasias e sensações…  apetece-me revisitar-te, para um café ou uma fantasia. Escolhe…

Linda a tua mensagem… sonhei delírios sobre a tua pele em escombros os desejos depois de em ruínas tombarem nossas carícias e beijos… quero-te…

… podíamos começar com uma massagem de olhos vendados, continuar com corpos e vinho, numa festa digna de Baco…

Desejos… eu levo o corpo tu trazes o vinho… ah… Baco… quero-o nos teus lábios…

… és escultura imaginada, esculpida em mármore branco, formas gregas nuas. Tapas-te com um simples laço carmim, que eu desato e com o qual tu me vendas, para me conduzires na memorização do teu corpo, com as mãos, com os lábios, com a língua… tem um dia inquieto.

Desinquietas-me…
Em nudez arrepiada
Escorre do seio deleite de Baco
A pele atraiçoada pelo sentir
Deixado cair o enfeite
O rubro laço desfeito
Tu bebes do meu peito
Os lábios nesse fruir
O néctar vinho maduro
Escorre no bico duro
Ávido de tua boca
Líquido enfeitiçado
Provoca dócil tesão
Húmido fogo atiçado
Faz entrar em convulsão
Paraíso de prazer
É nosso acontecer
Meiga sedução
musa

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A MUSA E A PENA

Frágil sou e sinto do verso a nudez em lingerie enegrecida
Táctil musa de máscara vermelha metalizada escurecida
Na mão a rubra pena e cinza pena que da dor desminto
E deixo no papel folha dócil solta destino que consinto

Nas mãos as luvas negras rendadas de prazer e sedução
Olhar fito no nada tombada no leito consagrado luxúria
Depois do pecado o corpo apagado de amor e de paixão
O sexo consumido desbravado pago em loucura incúria

Escritos desejos orgasmos prolongados poesia excitante
Esses versos derramados desassossego em volúpia tesão
Ferem corpo alma de medo ousado deslumbre delirante
Musa assim entregue aos devaneios proféticos de emoção

Emocionada confusa entregue nessa vontade solidão
Indecisa a musa descreve seu poema de entrega e abandono
Ao relato de orgia em tinta negra sofreguidão

Tem por dentro o cansaço do quase vir quase sentir
E nesse quase tantas vezes foi princesa rainha sem seu trono
Dum sentimento dum amor que nunca pode consentir
...
musa

domingo, 2 de janeiro de 2011

SEXO LICOR

Bebe com prazer
Degusta esse licor
Monte de Vénus molhado
Néctar adocicado
Vem no meu sexo sorver
Excitação dor
Pecado
Prazer

Fluido doce quente
Deleite torrente
Orgasmos em flor
Divino mosto
Teu gosto
Amor


O cálice do teu beijo
A taça proibida
Desejo
Tesão
Vida
Emoção
Pedida
Paixão
Sentida
Sedução
musa 

sábado, 1 de janeiro de 2011

MEL TENTAÇÃO

MEL TENTAÇÃO
ESCORRE NA PELE
TEU DESEJO POR CUMPRIR
DOIRADO DOCE MEL
FICA DOS DEDOS A CAIR
SOBRE A PELE QUENTE 
TENTADA A PEDIR
DOCE TESÃO
SENTE

JÁ QUASE EM CONVULSÃO
A LÍNGUA HUMIDA ESCORREGA
DESLIZA LAVA DO VULCÃO
NESSA OFEGANTE ENTREGA
LAMBE VARRE QUAL FURACÃO
MEL TENTAÇÃO EM CORRERIA CEGA
DOCE PAIXÃO
EUFORIA

ACESO FOGO EM PELE COMOÇÃO
DOCE PEGANHENTA FAVO DE MEL
SORVIDA DEGUSTADA
SOBRE A PELE LAVRADA
EM HUMEDECIDO DESASSOSSEGO
UM SÓ SENTIDO DOCE E LEDO
OFERECIDA DOS SEIOS LOUCO DESEJO
PEDINDO DOS LÁBIOS UM DOCE BEIJO
A BOCA NA PELE MELADA
ARREPIADA TRÉMULA EXCITAÇÃO
ESSA PELE ADOÇICADA
QUE ASSIM TREME
OFEGA GEME
ENFEITIÇADA
TESÃO
musa


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