Frágil sou e sinto do verso a nudez em lingerie enegrecida
Táctil musa de máscara vermelha metalizada escurecida
Na mão a rubra pena e cinza pena que da dor desminto
E deixo no papel folha dócil solta destino que consinto
Nas mãos as luvas negras rendadas de prazer e sedução
Olhar fito no nada tombada no leito consagrado luxúria
Depois do pecado o corpo apagado de amor e de paixão
O sexo consumido desbravado pago em loucura incúria
Escritos desejos orgasmos prolongados poesia excitante
Esses versos derramados desassossego em volúpia tesão
Ferem corpo alma de medo ousado deslumbre delirante
Musa assim entregue aos devaneios proféticos de emoção
Emocionada confusa entregue nessa vontade solidão
Indecisa a musa descreve seu poema de entrega e abandono
Ao relato de orgia em tinta negra sofreguidão
Tem por dentro o cansaço do quase vir quase sentir
E nesse quase tantas vezes foi princesa rainha sem seu trono
Dum sentimento dum amor que nunca pode consentir
...
musa
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