Sobre o chão ajoelhada
Numa prece sedução
A cara vendada
Pela fita negra
Tapada
Atrás de ti… meu tesão
Que o jogo comece
De emoção às escuras
Olhar vendado tece
Pelas tuas mãos maduras
A colher frutos doces
Resplandece
Paixão
A teia de mistério desejo
Imagino tuas mãos perdidas
A boca em súplica de beijo
E as minhas consentidas
Por esses caminhos lavrados
Na pele arder de vontade
Nunca os olhos fechados
Conheceram tanta saudade
Desse corpo em fogo
Na loucura do jogo
Quase pecado
Quase rendição
Quase prece
A pele em convulsão
Tu ao meu lado
Como a aranha tece
Fio imaginado
Fio imaginado
Sua teia de sedução
Nosso querer amanhece
Nosso querer amanhece
Enredo-te em louco tremor
Gozas perdido prazer
Na escuridão ouço riso clamor
Um orgasmo acontece
Deixamos outros acontecer
E já alma estremece
O corpo delira
O sexo é lira
Nas tuas mãos dedilhado
Melodia vendada
Toque musicado
Flor desfolhada
Flor desfolhada
Acordes orgasmos
Doces espasmos
Propulsão
Firmamento estrelas brilhando
Uma nova constelação
Sentimos a vir
Os corpos dançando
Nesse sentir
Quase um universo
Fazemos amor
Já não é sexo
É rima do verso
Refrão a compor
Acorde disperso
Por entre a poesia
Alvorada querer
Teu desejo consenti
Ai… como ousaria
Agora...
Te ter
Te ter
Aqui
…
musa
1 comentário:
Splendida prosa dove l'amplesso diventa magicamente poesia.
antonio
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