GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

REINO DE PELE E SENTIDOS

      “estou ansioso por estar contigo”

Não és só o meu Marquês
És REI… dum reino de pele e sentidos
És peregrino recolhido ao altar
Franqueias a porta talvez
Entregue de joelhos consentidos
E dentro de mim vens rezar
Por devoção paixão tesão
Sentidos perdidos
Talvez indomável desejo
Por que não…
Vontade de amar
Doce beijo
Teu beijar

Suave prazer a tua boca noutra boca
Entre as minhas pernas abandonadas
A essa vontade dos dois pedida
Ah… como me deixas louca
De pernas escancaradas
Entre as tuas pernas sentida
Nossas bocas consagradas
Em desejo sagrado
Vontade admitida
Louco pecado
Essa investida
Consentida

Tua boca sorve lambe delapida
Convulso arfar do meu peito
Nesse humedecido leito
De prazer acometida
Deixo-te ser

Deus Rei Marquês Conde plebeu
Talvez meu amo senhor dono
Mas tão de mim tão meu
Que em poesia me decomponho
E num poema só teu

Meu silêncio amor… deponho
musa

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

SEGREDO

            "deixas-me louco de tesão"

Hoje não queria ser eu a escrever poesia
De tanto que ainda te tenho na minha pele
Hoje não queria ser eu a fazer o poema
De tanto que tenho o teu gosto a mel

De tanto que te lembro deslizando sobre mim
Sobre as minhas meias de seda de cetim

Jamais vou ou posso esquecer este dia
Esta vontade loucura cortesia suprema
Este desejo fogo rio prazer em segredo
Que os dois consentimos e vivemos a medo

Hoje tenho os sentidos excitados em desalinho
Tive da tua boca beijos em secreto delírio
Desbravando chão terra caminho
Sossegando desinquieto martírio

Tomaste conta de terra de ninguém
A pele impregnada do teu cheiro cio
Marcando território daqui e de aquém
Fazendo correr mar salgado doce rio

Fizeste poesia por dentro e por fora
Deixando-te estar como quem se demora
Em águas paradas em vagas vaivém
Em loucas investidas sem tempo sem hora
Em gozo prazer pecado segredo porém
Cúmplice de corpo e alma ténue sedutora

Jamais tido sentido consentido a alguém
Como a madrugada sonha a bela aurora
Ou a rosa em botão de paixão desflora

És o meu segredo em carne e alma e poesia
O único a quem concedo palavras em poema
E me deixo ter manhã fim de tarde noite ou dia

És pasto de chamas onde me deixo queimar
Rocha pedra preciosa areia poeira sal-gema
Deliciosa vontade por quem me deixo domar

És cumplicidade química tesão paixão dilema…

Sem ti como é que eu vou sossegar…
musa

num local secreto... só tu e eu... 15h55

FITA CARMIM

Feitiço da fita
Pele leitosa
Excita
Deliciosa
Carmim
Unha vermelha
Frenesim
Porosa
Groselha
Rubra rosa
Espelha
Desejo
Mão
Ensejo
Paixão
Atrevida
Sentida
Emoção
Vermelha
Centelha
musa

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

JOELHO DA MUSA

É manhã desperta
Em pele de café
Aroma liberta
Acordada já de pé
Debaixo da túnica rosa
Desliza a calcinha rosada
No verso e na prosa
Atrevida ousada
Sobre o joelho da musa
Despida a vontade
Cai-lhe a blusa
Vem-lhe a saudade
Caminha
Luminosa
Rainha
Esplendorosa
Livro desfolhado
Menina
Ai… esse joelho
Tomba a calcinha
Não é vermelho
Mas é sedução
Volta para a cama
Recomeça a paixão
Onde deixou cheiro
Onde marcou cio
Onde dormiu
Essa musa ama
Todo e inteiro
Faúlha chama
Perfume flui
Desejo rio
Seu fogo preso
Dentro sentiu
Por um fio
Amor
Querer aceso
Tinteiro
Suor
Perigo ileso
Escreve humedecida
No lençol brancura
Deixa sentida
Estranha loucura
Joelhos afastados
E o rio corre
Corpos engastados
E o desejo morre
De joelhos cansados
Amor ocorre
musa

domingo, 16 de janeiro de 2011

OFERENDA

Aqui me tens
Bosque a explorar
Fundo de mar
Pradaria
Colo de poesia

Aqui me tens
Vale encantado
Peito ofertado
Seios excitados
Bicos entesados

Aqui me tens
Pele delicada
Derme rosada
Nascente desejo
Ninho de beijo

Aqui me tens
Campo aberto
Descampado
Sonho secreto
Bem guardado

Aqui me tens
Oferenda
Tua prenda
Por abrir
Por sentir
musa

sábado, 15 de janeiro de 2011

BEIJO DE SACIEDADE

Pele a estalar
Tesão
Escaldante
Vibrar
Sentido
Fome
Amante 
Desejo
Beijo
Delirante
Insaciável
Prazer
Acometido
Inflamável
Louca
Vontade
Querer
Desmedido
Ansiedade
Tremer
Toque dos lábios
Incendiados
Gemidos
Provocados
Gozo a vir
Boca que beijas
Sacias
Suave sentir
Esvazias
Rio a encher
Adias
Acontecer
Ejacular
Correr
Domar
Sentido
Ter
Tesão
Loucura
Doçura
Paixão
Ternura
A um pedido
Teu
Eu venho-me
musa

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

OBSCENIDADE

“como trocaria todas estas palavras por um beijo aí entre o teu pescoço e o teu ombro”

Abre-se um sexo obsceno
Em rasgadura no ombro
Num beijo dócil ameno
Loucura húmido escombro
Desfloras-me artéria
E sangro virgindade
Alma matéria
Obscenidade
Arterial

Como gostaria de me encher
Dessa tua energia sensual
E sangrar-te de prazer
Intenso descomunal
Como se o universo
Fosse o teu pescoço
O meu sexo
Profunda comunhão
Risco esboço
Carne e alma
Louco tesão
Que desse beijo se acalma
Profunda excitação

Ver-te deusa nos olhos
E mulher na tua carne
Paixão de ser

Transparecer
Amar-te até ao amor
Fundido dentro de ti
Sem medo e sem dor
Contigo aprendi

Liberta em fechada ilusão
Para não sofrer
Calar coração
Sem querer

Como eu tanto já te senti
Em secreto sentido
E com as mãos te consenti
Suave gozo desmedido
Demorado imenso
Porque te penso…

E no meu pescoço sinto
Lasciva vontade
Consinto
Lenta penetração
Reciprocidade
Sem pecado
Desejo ousado
Obscenidade
Puro tesão

Duas bocas em suavidade emulsão
Dar-te os beijos que já te escrevi
Amar-te até ao amor estando dentro de ti
No teu ombro cheirar pele do teu pescoço desflorado
Encontrar-te onde não sabes o que procuras procurado
Viver-te de coração livre e alma aberta
Porque dentro de mim algo desperta
E eu fico à espera
Como quem desespera

“tenho saudades tuas, de que me escrevas, de que me sintas… do que ainda não vivi contigo…”

Há entre os dois… não sei que pensar
Talvez um beijo encurralado
Um desejo calado
Posso adivinhar?
musa

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

MEIAS DE VIDRO

Vem despojar-me
Das minhas meias
Começa a enrolar
A liga rendada
Vem amar-me
Sabes que me incendeias
Começa a tirar
A meia vidrada
Adoro teu jeito sem jeito
Fico enfeitiçada
Por essa tua atrapalhação
Rio do aperto no peito
Carinhosa sedução
Meigo cuidado
Deslizas a meia suave
Olhar encantado
De quem faz como sabe
E sabe o que faz
Dando prazer
Sendo capaz
Em gestos sensuais
Transparecer
Imenso
Demais
Intenso
Desejo
Meia de liga de renda
Nas pernas fatais
Sopro de um beijo
Vontade de aprender
Sem que ela se prenda
Sem se romper
Vem-me despojar
Das meias de vidro
Tira-me do castigo
Demorada espera
Me deixas ficar
Corpo desespera
Para se entregar
Para estar contigo
Para te amar
musa

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

JOGO DO SOL E DA LUA

Meias negras
Luvas pretas
Fita vermelha
Leito branco
Corpo centelha
Não de santo
Pecado faúlha
Solta-se da fita
Tesão se atulha
Ninguém acredita
Carícia ou beijo
Que é fogo desejo
Que é jogo com fita
Que é sedução
Pele que palpita
Louca emoção
Onde querer
É sussurro doce
Fusão sol e lua
Ainda que fosse
Ousadia tua
Imenso prazer
De nós dois seria
Deixar acontecer
Entre o sol e a lua
Sensual poesia
Meiga fantasia
Tu meu e eu tua
Musa

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

NUDEZ POÉTICA

Ofereço-te a leitura dos meus sentidos
Com palavras nuas a fervilhar emoções
Desejo em páginas abertas (con)sentidos
Onde aflora a sensual magia das paixões

Do corpo e da alma

Aqui me tens nua
Em pose calma
De sentidos despida
À leitura consentida
Deste ousar de dizeres
Aqui me tens tua
Em carne de prazeres
Dócil jeito de afazeres
Sensual arma a sedução
Nesta entrega de razão
Alma inteira anima
Toda mulher
Magnânima
Abnegada
Consagrada
Em palavras nudez
Poética altivez
Aflorada de vontade
Sensibilidade
Ousadia

Corpo de palavras saudade
Do que fica dos sentidos
Nesta loucura liberdade
Nossos desejos tidos

Em nudez poesia
musa

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

CORPÓREO MARFIM

Pele de ébano
De cera
Argentada
De marfim
Sagrada
De cetim
Pele branca
Parecera
Santa
De tão imaculada
Pele cã
Mas tão juvenil
Quase manhã
Azul anil
Pele alva
Nívea
Frescura calma
Láctea
Via corpórea astral
Ebúrnea
Tingida de cal
Pele de alabastro
Cometa brilhante
Perdido astro
Distante
Pele nivosa
Gelada
Cheirosa
Quente amante
Amada
Feitiço chama
Pele de linho
Alinhavada
Profana
Mau caminho
Charmosa
Pele de flor
Uma rosa
De amor
musa

domingo, 9 de janeiro de 2011

VERMELHO CIO


Vem chegando rubra nua
Pele emoldurada rubro rendado
Neblina fumegante rubra lua
Desejo ardente rubro pecado

Corpo vermelho cio
Em êxtase lingerie de renda
Côncavo convexo caudal do rio
Exibindo tua excitante prenda

Languidamente oferecida
Em pose trémula esfusiante
Me tomas já nos braços despida
Como a mais dócil louca amante
musa