Sinto teu desejo a roçar a pele de renda
Guipure de preta seda lança fios do jogo
Para que nessa teia eu me seduza e renda
Encostada ao teu peito em verso ardente
Na humidade branda do suor adocicado
Sinto a brandura da pele rudeza quente
A trespassar-me teu dócil louco pecado
Impetuosa vontade aflora teu falo obsceno
De costas coladas eu sinto-lhe suave latejar
Desliza por entre negra renda fluido veneno
Loucura fetiche gozo desejo doce palpitar
Pernoito corpo alvorada em dolente excitação
O teu mumificado em desesperada intimidade
De costas lhe sinto pressa nobreza penetração
Na entrega carne poética vibrando leviandade
Imploram nossos sentidos na afável sedução
Teu meu capricho delírio em busca de prazer
Ah!... como eu te sinto sim desejo duro tesão
A desflorar negra renda na pele a endoidecer
…
musa
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