Alimentas cálice de serenidade
Sémen sagrado enleio sentir
Altar profano de cumplicidade
Vens-te sereno sem eu te pedir
Sossegas corpo e alma turbilhão
De todo gozo deixado acontecer
Numa prece de loucura e tesão
Rogamos na pele súplica de prazer
Tantos dos nossos sentidos desfeitos
Onde não cabe o amor profanidade
Cumprirei contigo todos os leitos
Até ser eleita na tua santidade
Meretriz do teu desassossego
Senhora da tua inquietude
Companheira do teu segredo
E dona de uma só virtude
Serena desprendida do pudor
Arvoro em ti uma solidão apetecida
Faço-me do teu querer fazendo amor
Contigo sou e sinto-me compreendida
…
musa
2 comentários:
Não sei se influenciado pela serenidade, que tanto aprecio... considero este um dos melhores e mais sensuais poemas que aqui li|
Grata pelo sentir...
Beijo poético da musa
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