GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

segunda-feira, 16 de maio de 2011

GOZO PECADO (A TI… MARTÍN DE ALBA)

Faço-te um verso
A cada letra do teu olhar
O meu no teu imerso
Dentro de ti a mergulhar
Mística alma sequiosa
Dessa tua prece
Na pele rosa
Se enfurece
Desejo

Arde profano beijo
A cera derretendo
Mais e mais desejo
No corpo transparecendo
A vela vermelha a arder
Pingam pétalas sobre o peito
Provocas rogas invocas prazer
Pecado sagrado sobre o leito
No seio parece florescer
Bico talhado botão de rosa
Perfume esfumado a endoidecer
Excitação trémula dolorosa
Rubro sentido gozado
A mão humedece da flor
Insano cio vertido
Êxtase paixão amor
De cera dor provocado
Tesão luxúria sentido
Desejo fantasiado
Em mim consentido
Por ti imaginado
Ténue gozo pecado
musa

PERNAS CRUZADAS

Prendo teu olhar
No meu corpo sentado
Cruzo entre as pernas
Teu desejo ousado
Doce proibido
Casto sentido

Na teia das negras meias vidradas
Esculpidas de ardente escuridão
Entre as minhas pernas cruzadas
Aperto e sinto humidade tesão
Consinto tua vontade na mão
Dedos em busca de orvalho quente
No carro o clima aquece
E os vidros embaciados
Desfalece corpo e mente
Nervoso agitado estremece
Silêncio em gestos inusitados
Seios a ousar provocação
Num decote sem pudor
Encostados excitados
Loucura doida emoção
Com vontade de fazer amor
Assentos reclinados
Nada nos pode impedir
Corpos ardentes extenuados
Carícias quase em flor
Quase quase a sentir
Ofegamos atordoados
Brindamos beijo florir
Deixamos acontecer
Voltamos a nos pedir
Morrer assim de prazer
Sexo e mão a florescer
Nesse quase quase a vir
Quase ser quase ter
musa

sábado, 14 de maio de 2011

DOCE QUEIXO

Perco-me no teu queixo
Sorves cheiras solves
Ânsia paredão
De beijos dissolves
Doce excitação
E eu deixo

Amo a tua boca nesse lugar
Promontório de muitos desejos
Falésia onde alcança o mar
Dos teus lábios valados de beijos

Acaricias amas silencias falar
Caminhas para a boca insaciável
Num mergulho de línguas a naufragar
Afundas desejo ousado insano afável

Profano lugar onde me amas em ritual
Sagrado sentido mar de pele ardente
A cada olhar prenhe de realidade virtual

Que o beijo no queixo destino consente
Que o corpo em ânsia anima sente
Que o desejo desagua húmido fatal

No beijo trémulo vibrante latente
No queixo caminho ao pescoço doce

Excitas incitas abres paixão
Limitas vontade como se fosse
Possível ser e ter mão no tesão
Poder parar rio de sedução
Nas margens do queixo
Quente molhado
Insaciável deixo
Cometer pecado
musa

sexta-feira, 13 de maio de 2011

CONCHA DE SEIOS

No escuro silenciado
De beijos em segredo
O corpo meigo amado
Sem tabu sem medo

Por detrás colado
As mãos em concha sobre os seios
Meia nudez riso murmurado
Desembaraçados todos os meios
Despes a camisa tiras as meias
E o fogo tesão de chamas ateias

Seios ardentes em fogo lento
Bicos duros macios entesados
Solta-se tesão desse momento
Escorrega a mão para o vulcão
Pedindo lava nos dedos molhados
Bravios sussurros louca paixão
Em beijos ternos adocicados
Tua boca morde a orelha quente
Fantasiando meiga sedução
Escorregamos em cio ardente
Profunda comoção
Confidente
Amor toma conta de corpo e mente
Livres de roupas desinquietos
No escuro do quarto frio
Queimamos desejos despertos
Incendiado insano cio

Silêncio escuridão nas peles a derreter
Mãos perdidas tanto quanto bocas famintas
Soltamos feras húmidas crateras louco prazer
Sobre o leito doce nossas sedes extintas

Teu jeito demorado sobre a pele excitada
Em doçura cândida de mãos laboriosas
A boca mordiscando a orelha perfumada
Toda a pele cheirando a delicadas rosas

Quanto prazer nos teus olhos enternecidos
Pura meiguice em ninho de afectos
Trocamos carícias loucamente perdidos
Nessa cumplicidade de olhares secretos

Foi delicioso encontro depois de tanto tempo
Num rumo sereno de misteriosa excitação
Palavras sagradas em profano pensamento
Os dois provocamos ousamos dócil sedução
musa

domingo, 8 de maio de 2011

POR MIL SENTIDOS

Vou…
Cavalgar…
Por mil sentidos
Buscando a fome do teu beijo
Chão lavradio de chamas vivas
Caminhos suaves do desejo
Que inflamam minha alma translúcida
Em púrpuras horas de devaneios
De soberba loucura e astúcia
Trote livre de cordas e arreios
Vontade delirante lúcida
Sem entraves sem freios

Vou cavalgar-te por todos os meios
À meia-luz contemplada multicolor
Livre de angústias ou de anseios
Bailando suave rasto de claridade
Na pele pejada de estrelas brilhando suor
Brancura doce fervilhante humidade
No mar do teu corpo azul tonalidade
Mil sentidos em cor brilho intensidade
Como desfolhar pétalas dum perfeito-amor

Perfumado desejo
Bela flor
Doce velejo
Meu clamor
Louco beijo
Da boca
Ardente

Volúpia escorrendo rio afluente
Da escarpa esculpida em fantasia
Mil sentidos cavalgo fervente
Em fogo brando bruma alquimia
Gozo profano táctil consente
Nesse cavalgar de insana arritmia
Na alma e no corpo presente
Das palavras erótica poesia
Dos sentidos sensual ousadia
Que em riso goza estridente

No prado glorioso da noite e do dia

Cavaleiro e cavalo confidente

Cavalgar louca orgia
musa

sábado, 7 de maio de 2011

PRELÚDIO DE MAR

... como amo te ler...
és a ilha que eu sei que existe mas o meu olhar jamais pode alcançar...
sinto esse pedaço de terra onde firme és palavra mar imenso onde naufraga estendo o braço de pensamento para sair da água e sentir o chão desse sentir...
sei que nunca te alcançarei porque solitária que és ilha perdida onde o mar não tem começo nem fim apenas chão de terra abraçado de vagas salgadas e húmidas do mesmo tamanho que as lágrimas que de pequenas tombam em gotas quando chove...
fico esperando a chuva que vai trazer-te de palavras para o regaço do meu sentir e dar-te-ei colo no desejo que te encanta os sentidos...
erguida do mesmo tamanho que é o mar pelo desejo de ter-te por perto imensa dessa água salgada e fria na pele vontade de receber o teu rio fico entre a onda e a praia fazendo-me vaga morrendo na areia enternecida dos sentidos…
são murmúrios que estalam como a fúria das vagas sobre rochas molhadas de chuva que convida a rituais quentes suores cumplicidades ousadias caprichos cedências rumos perdidos em naufrágios de prazer…
esperarei... posso esperar... fico à espera nessa praia de sentidos estátua de sal com doces lágrimas aos pés mordendo a areia de saudade...
espero até tu me chamares e eu sentir que tu abandonaste a ilha e te fizeste ao mar...
musa

quarta-feira, 4 de maio de 2011

PERFUME DE PARIS

Deita sobre o corpo perfume de Paris
Como quem diz
Da maciez da rosa
Pétalas de cor aveludadas
E o teu cheiro
Poemas e prosa
E o grito derradeiro
Das nossas mãos entrelaçadas
Deita sobre ele
Pétalas brancas rubras rosadas
E toda a luz de uma cidade
As cores de uma paleta
O grito de saudade
Em odores vitrificados numa roseta
E a ferida aberta
De um poema a morrer
Pelo amor que ficou por fazer
Deita sobre o meu o teu
Enrola os teus dedos
Na penumbra húmida do meu ser
E o beijo que aqueceu
Os nossos olhares e os nossos medos
Apenas quis dizer
Que a última pétala da rosa clamor
Foi luz
Perfume
Sedução
Em cheiros e cores
Voláteis odores
De tantos sabores
A ilusão de sentir numa flor
Leves seios ondulados
De ciúme
De amor
Onde apenas demora
Traição
A verter pelos olhos azulados
Onde mora
Tanta solidão
...
musa
in “Penas da alma para a mão” Papiro Editora

terça-feira, 3 de maio de 2011

AMA-ME

Na pele profana manchada de sémen
Com marcas de dedos esgotados de prazer
Na chama acesa da boca humedecida
Olhar arrasado quase a desfalecer
Na flor do corpo amada sentida

Ama-me a rosa desabrochada dos teus fluidos
Ao toque estremecido da pele embevecida
Na ponta dos dedos da mão entorpecida
Gasta de beijos em todos os sentidos

Ama-me dos pés ao sopro da respiração
No afago dos cabelos molhados de suor
Abrindo valados de ousada excitação
Rendidos ao prazer de assim fazer amor

Ama-me o peito os bicos dos seios tesos
Na planura da pele embalada de desejo
Carícias florescendo nossos olhares acesos
Pela fogueira explodindo doce beijo

Candura inebriante de corpos seduzidos
Amados no colo de doces palavras excitantes
Por caminhos de loucura conduzidos
No trilho insano de todos os amantes
musa

RENDADO DE SENTIDOS

Há odores líquidos escorrendo num rendado de sentidos
Corpos suados tremendo de loucura excitação
Inebriante sentido em gotas de pele prazer
Molhando teu olhar de desejo
Humedecendo tua boca de tentação

Sim… palavras quentes murmuradas nos ouvidos de cada um
Fantasias inusitadas dançando na mente afogueada
Há duas línguas que se procuram
Mãos que exploram os corpos suados
Bocas que se desejam em mil vontades
Provar de todos os líquidos, sucos e sabores


Vontade de... ser-te esta noite manjar sobre a pele... mais logo devoro-te...

Vontade de te
Beijar
Lamber
Apalpar
Penetrar

Neste momento iria calmamente lamber o teu sexo, língua e dedos para sentir bem o teu sabor…

Desinquietas-me…

Hoje estou um pouco ordinário sim… louco nas palavras mais mundanas do sentir…

Também me desinquietas e dás tesão imenso nesta sedução de nos fruir… a dois…


Não resistem as saudades
Trémulas ânsias ao desejo
De acolher o teu corpo
No abrigo meu peito
Acolho-me no portal do teu olhar
Recolho-me na ombreira
Serena do teu ventre
Sorvo deleite
Do teu ser...
Mais abaixo
Onde desassossegas
Todo o teu querer
Nada mais importa
A fraqueza dos gestos
Que atraem seres
Ao prazer
Desejo
Tesão

Importa sim é tu sentires as vontades impregnadas nas palavras
E dos sentidos teres parte do sonho que une nossas mentes nesse prazer de sonhar...

Nisso não há problema, sinto a vontade, o meu corpo sente a vontade.
Cada vez que leio as tuas palavras visualizo os nossos corpos unidos pelo desejo

Imagino as minhas mãos a percorrer o teu corpo nu

... por seios e valados contornos e montanhas essas tuas mãos orvalhando a pele de mil e uma tentações...

Penso em ti...

A tua pele é suave como a seda
A tua pele tem um sabor doce e salgado.
Uma mistura de sabores que aumentam o prazer

Os teus bicos duros esperam pela minha boca que os vai mordiscar e chupar

… desassossegas-me...

Tu também

Queres percorrer o meu mastro com língua e mãos?

... entre os teus joelhos a tua mão segurando meus cabelos
Fêmea selvagem crina ao vento
Rédeas ao teu comando teus olhos vibrando
Desejo em correria no gume da língua solta
Sobre o teu falo fio de saliva
Desprende teu gozo arrepiado
Dócil nas minhas mãos
Vai e vem num galope prestes a explodir...


A explosão vem pouco depois
Ondas de prazer antecipam sentir
A saída da minha seiva
Não aguento, não quero aguentar
Estou prestes a deitar tudo para fora

Para onde pergunto-me
Na tua boca?
Entre os teus seios?
No resto do teu corpo?


... um rasto de gotículas marca território sobre o corpo ensandecido....
… quero mais...
Da masmorra do vulcão ergue-se túrgido endoidecido
Vai pingando ventre seios pescoço
Derramando sobre os lábios leite espumoso de tesão...

Agora estou cheio de tesão
Porque te estou a ver
O leite derramado nos teus lábios
Selo a explosão com um beijo na tua boca
Mas a verdade do beijo…
… é que as tuas mão recomeçam a acariciar
O meu pau que vai ficando duro.

Desço com  a boca, perco algum tempo nos seios
Desço novamente em direcção do teu sexo latejante

Incendeiam-se odores vitrificantes na platina das peles coladas
Vibram excitadas nas mãos desbravando novos caminhos
Bocas sexos afogueados dançam em chamas de tesão...

... sinto a tua respiração perto de mim...
Nas minhas costas o bafo quente da excitação
As tuas mãos dançando na minha pele
Ao ritmo do teu sexo desenfreado
Como te sinto excitado e duro
Molhando de fogo o frio do tesão
Que habita entranhas escaldando
Pelo teu mastro erguido vitorioso
Nessa penetração...

Excitadíssimo...
Vontade de beijar-te toda da cabeça aos pés
Vontade de te deitar de costas, pôr as tuas pernas por cima dos meus ombros
E penetrar-te…

Escorrem sentidos em cio faminto de bocas mãos olhares pele com pele num suor tépido resvalando curvas de corpos excitados...

Estou excitado

Gostava de poder teletransportar-me para junto de ti e apertar os teus seios, descobrir as tuas coxas suadas… teu sexo molhado teu corpo suado sedento de prazer…

Eu tenho algo frio por debaixo das calças. Terei de ir ao wc e acariciar-me… pensando em ti?

… excitas-me...


Fazes humedecer sentidos rendados
Bicos enrijecem debaixo da blusa transparente
E as coxas suadas colam-se a cadeira
Num aperto contraindo excitação...

… quero-te...

Tesão comanda-nos ensandecidos
Saboreio o teu sexo novamente
Sabores intensos de sal e mel
Néctares que me dão prazer
Os meus dedos exploram
Levo-os húmidos até à tua boca
Para que os chupes

Agora quero penetrar-te
Bem fundo
O meu caralho precisa da tua cona…

Perdidos retomamos os mesmos caminhos
Guiamos mãos desbravando poro a poro
Molhamos de beijos contornos corporais
Amamos insanos de sagrados e profanos sentidos
Desencaminhados e destemidos
Gozamos infindáveis prazeres
Para nunca mais sermos iguais
Donos de nossos quereres
Sempre mais e mais
musa