... como amo te ler...
és a ilha que eu sei que existe mas o meu olhar jamais pode alcançar...
sinto esse pedaço de terra onde firme és palavra mar imenso onde naufraga estendo o braço de pensamento para sair da água e sentir o chão desse sentir...
sei que nunca te alcançarei porque solitária que és ilha perdida onde o mar não tem começo nem fim apenas chão de terra abraçado de vagas salgadas e húmidas do mesmo tamanho que as lágrimas que de pequenas tombam em gotas quando chove...
fico esperando a chuva que vai trazer-te de palavras para o regaço do meu sentir e dar-te-ei colo no desejo que te encanta os sentidos...
erguida do mesmo tamanho que é o mar pelo desejo de ter-te por perto imensa dessa água salgada e fria na pele vontade de receber o teu rio fico entre a onda e a praia fazendo-me vaga morrendo na areia enternecida dos sentidos…
são murmúrios que estalam como a fúria das vagas sobre rochas molhadas de chuva que convida a rituais quentes suores cumplicidades ousadias caprichos cedências rumos perdidos em naufrágios de prazer…
esperarei... posso esperar... fico à espera nessa praia de sentidos estátua de sal com doces lágrimas aos pés mordendo a areia de saudade...
espero até tu me chamares e eu sentir que tu abandonaste a ilha e te fizeste ao mar...
…
musa
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