Bebe-me mansa
nas pétalas doces da tua boca
sente macia húmida a lança
corda em trança da forca
carrasco do teu olhar
doido por me matar
numa bebedeira até doer
sorve-me de prazer
até eu gritar
e deixa-me desfalecer
até querer outra vez
e te pedir talvez
bebe-me em golfadas
rindo do líquido escorrendo
morde-me às dentadas
mesmo que esteja doendo
degusta-me de loucura
sobre o prato esquentado
da tua pele aromatizada
com ervas de ternura
e um fio de mel coado
na boca caramelizada
de humidade frescura
sacia-te dessa vontade
com gosto a felicidade
deixa-te ser doce
pecado mau pedaço
eu queria que fosse
néctar cana melaço
bebida inebriante
saliva da tua boca
sede seiva amante
morango e chantilly
beijo sedutor
como o que hoje senti
da boca do meu amor
...
musa
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