DESESPERÂNCIA
Quero uma tarde quente
Ou uma noite de luar.
Sentir-me entrar
Dentro do teu desejo
ardente.
Quero penetrar
Onde me leva o teu corpo
fremente.
Quero navegar
Ir e voltar
Voltar e vir
me
contigo.
Quero cheirar sentir morder possuir lamber meter
aflorar furar rasgar
entrar suar beijar
gozar.
Estar dentro em cima em baixo atrás
levar-te às lágrimas trazer-te à paz.”JC
Alma quebrantada
Penumbra ardida
O fogo em pele
Que te consome
De mim
Dúvida fugidia
Escura noite esperada
No corpo a vida
O sal e o mel
Com que some
O fim
De que é feita a agonia
Da íntima distância
A somar melancolia
Meiga desesperância
Arrebatada de luz e gozação
Súplica e querer
De uma noite de sedução
Em lua cheia de prazer
O que ainda não vivido
Terno estremecer
Corpo aguardar
Alma tormento
Sombras incandescentes do leito
A naufragar adormecido
Doce lamento
Naus carregadas de desejo
O húmido olhar
Ao fundo do peito
Profundo e vivo sentido
A morrer num beijo
...
musa
Prosa ERÓTICA Poesia SENSUAL "Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência"
GRÃO DE MALÍCIA

- Grão de Malícia
- Miramar, Norte, Portugal
- GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio
quarta-feira, 22 de julho de 2020
quinta-feira, 21 de maio de 2020
DÚVIDA
DÚVIDA
Porque me desassossegas de silêncio
E me renegas de desejo
E não te entregas
Nem te vejo
E contínuas alimentar verso intenso
E sôfrego olhar
Tímido imenso
E deixas poesia de palavras a penetrar
O tempo de sedução
Reticências de ouro e de incenso
Fogo aceso agonia de excitação
Memórias feitas de pele e sentidos
De gozo e de gemidos
Da tua boca e da tua mão
Quando os dois despidos
Fomos prazer e paixão
Partilha dúvida vontade
Na doce intimidade
E a súbita espera de acontecer
Para matar a saudade
E o querer
Ou não
...
musa
Porque me desassossegas de silêncio
E me renegas de desejo
E não te entregas
Nem te vejo
E contínuas alimentar verso intenso
E sôfrego olhar
Tímido imenso
E deixas poesia de palavras a penetrar
O tempo de sedução
Reticências de ouro e de incenso
Fogo aceso agonia de excitação
Memórias feitas de pele e sentidos
De gozo e de gemidos
Da tua boca e da tua mão
Quando os dois despidos
Fomos prazer e paixão
Partilha dúvida vontade
Na doce intimidade
E a súbita espera de acontecer
Para matar a saudade
E o querer
Ou não
...
musa
quarta-feira, 13 de maio de 2020
QUERER
QUERER
Escrever te é um poema que eu nunca vou terminar...
É um querer outra vez
Uma certeza e um dilema
É um vazio repleto de silêncio a naufragar
Como este tempo cheio de mudez
É um verso sem rimar
Este afastamento permitido
Esta ausência a fazer sentido
Este medo talvez
O desejo adormecido
A embalar a nudez
Do querer escondido
Ambulante
Se é poesia por escrever
Tão crua e tão distante
Súplica de beijos e abraços
Terno e doce gemer
De palavras e cansaços
Loucura ofegante
Meiga doçura de prazer
Íntimo grito a sufocar
Quase endoidecer
Difícil de suportar
Como quem de palavras mate
Quem de amor querendo gozar
"Fiquemos pela poesia
Sonhar corpos nus é agora um dislate
A verdade soa, agora, a verdade
As palavras só nos podem enganar
A dor
Fiquemos, então, pela poesia
A solidão não magoa os ausentes
Aos que sofrem um castigo lógico
Não se atendem os queixumes
Fiquemos, se acreditarmos, na poesia
Talvez o mundo cavalgue o tempo
Como uma onda cavalga a praia
E então
Os sonhos reguem de dourado a terra ressequida."
Um dia,
Tu querendo e eu a querer
Faremos a vida
Acontecer
...
musa
Escrever te é um poema que eu nunca vou terminar...
É um querer outra vez
Uma certeza e um dilema
É um vazio repleto de silêncio a naufragar
Como este tempo cheio de mudez
É um verso sem rimar
Este afastamento permitido
Esta ausência a fazer sentido
Este medo talvez
O desejo adormecido
A embalar a nudez
Do querer escondido
Ambulante
Se é poesia por escrever
Tão crua e tão distante
Súplica de beijos e abraços
Terno e doce gemer
De palavras e cansaços
Loucura ofegante
Meiga doçura de prazer
Íntimo grito a sufocar
Quase endoidecer
Difícil de suportar
Como quem de palavras mate
Quem de amor querendo gozar
"Fiquemos pela poesia
Sonhar corpos nus é agora um dislate
A verdade soa, agora, a verdade
As palavras só nos podem enganar
A dor
Fiquemos, então, pela poesia
A solidão não magoa os ausentes
Aos que sofrem um castigo lógico
Não se atendem os queixumes
Fiquemos, se acreditarmos, na poesia
Talvez o mundo cavalgue o tempo
Como uma onda cavalga a praia
E então
Os sonhos reguem de dourado a terra ressequida."
Um dia,
Tu querendo e eu a querer
Faremos a vida
Acontecer
...
musa
terça-feira, 12 de maio de 2020
QUASE
QUASE
Gaivota de voos ausentes
Num silêncio invisível
Quase incerto
Num silêncio invisível
Quase incerto
No peito quebrado
O íntimo aperto
O último beijo guardado
Tímido discreto
O íntimo aperto
O último beijo guardado
Tímido discreto
Atravessando o deserto
Em dias indiferentes
Num amor imprevisível
Quase secreto
Em dias indiferentes
Num amor imprevisível
Quase secreto
Murmura libido queixume
De voos por acontecer
Em chão de cinzas e lume
E a saudade por arder
De voos por acontecer
Em chão de cinzas e lume
E a saudade por arder
Sussurra de longe chamamento
Desassossego prazer
De penas asas querer
Quase lamento
Desassossego prazer
De penas asas querer
Quase lamento
"Voa
não carregues as palavras não ditas
que te escrevo numa garrafa
porque naufraguei em mim
não carregues as palavras não ditas
que te escrevo numa garrafa
porque naufraguei em mim
Voa
as minhas asas cansadas não acenderão as tuas cinzas
generosas
as minhas asas cansadas não acenderão as tuas cinzas
generosas
Voa
lágrimas salgadas não vão matar a tua sede
lágrimas salgadas não vão matar a tua sede
Voa
um vulcão tem que manter a crosta fresca
para viver."
um vulcão tem que manter a crosta fresca
para viver."
E eu digo:
Na inquietude travessia
Neste sentido estremecer
A alma voa em poesia
Para no teu corpo acontecer
Na inquietude travessia
Neste sentido estremecer
A alma voa em poesia
Para no teu corpo acontecer
Não quero voar...
Só espero aqui
Na minha ilha ausente de ti
...
musa
Na minha ilha ausente de ti
...
musa
segunda-feira, 11 de maio de 2020
QUE É DO AMOR DOS AMANTES
QUE É DO AMOR DOS AMANTES
Como vivem os amantes neste tempo de distanciamento social, de confinamento, reclusão, sem ter de volta um abraço de saudade, um beijo, um dar de mãos, como se não houvesse amanhã.
Um encontro às escondidas. Uma tarde sem hora. Um instante de duas vidas.
Sumário do destino, ou a capacidade de sintética vivência clandestina fruindo da oportunidade de risco ponderado, ou mesmo pisar o risco tomando o pulso da adrenalina, nas rédeas soltas de um universo conspirador.
Não consigo deixar de pensar nos amantes afastados, na dor escondida do ausente amor, agastados nas suas vidas rotineiras, emprestados ao silêncio da responsabilidade civil, de máscaras, luvas e viseiras, o cruel castigo divino sem culpados nem inocentes.
Tempo não existe. Mil perguntas sem resposta, e a mesma dúvida, justiças indiferentes, soluções falidas, repetidas mil vezes sem conta, que ardil sentimento se vive assim, que tumulto toma conta das suas vidas, que amor, afronta, se consome sem chama ou cinza, e o que conta afinal, que tragédia ou drama se imortaliza numa grande paixão, tão surreal destino a descruzar o caminho.
Não deixo de pensar nos amantes afastados, nesta dramática situação, de viver um amor escondido, tristes e cansados, do peso do silêncio e do sentido, a ténue linha da razão, loucura e sensatez, ou a fluidez do delito, o gozo e o grito, a sombra da culpa no humedecido olhar de saudades.
Que amor sobrevive sem intimidades, sem o toque, o beijo, a carícia, o sentir...
"
Revolvido silêncio no mais íntimo tesão
A flor fechada há tanto tempo
Na mais doce e secreta solidão
E um morno fogo de ausente lamento
Sem a poesia de sedução
Apenas a carícia da mão
A lembrar chama da tua boca
O quanto ávida e louca
Provoca excitação
E húmida e quente fazendo tremer
Ardente o corpo de paixão
Em labaredas de prazer
Tremulos os dedos
A provocar
Loucura de querer e a dizer
Conta-me ao ouvido mil segredos
Fogo aceso do teu olhar
E o pénis entesoado
com "vontade de foder"
E tantos os gemidos
A gritar e a ofegar
Incendiando os teus sentidos
O corpo molhado
De um cansaço bom
Nos lábios um róseo tom
Quase arroxeado
Volta e vais ver
Vais sentir
O que é suar e estremer
Se me fizeres vir
...
musa
Como vivem os amantes neste tempo de distanciamento social, de confinamento, reclusão, sem ter de volta um abraço de saudade, um beijo, um dar de mãos, como se não houvesse amanhã.
Um encontro às escondidas. Uma tarde sem hora. Um instante de duas vidas.
Sumário do destino, ou a capacidade de sintética vivência clandestina fruindo da oportunidade de risco ponderado, ou mesmo pisar o risco tomando o pulso da adrenalina, nas rédeas soltas de um universo conspirador.
Não consigo deixar de pensar nos amantes afastados, na dor escondida do ausente amor, agastados nas suas vidas rotineiras, emprestados ao silêncio da responsabilidade civil, de máscaras, luvas e viseiras, o cruel castigo divino sem culpados nem inocentes.
Tempo não existe. Mil perguntas sem resposta, e a mesma dúvida, justiças indiferentes, soluções falidas, repetidas mil vezes sem conta, que ardil sentimento se vive assim, que tumulto toma conta das suas vidas, que amor, afronta, se consome sem chama ou cinza, e o que conta afinal, que tragédia ou drama se imortaliza numa grande paixão, tão surreal destino a descruzar o caminho.
Não deixo de pensar nos amantes afastados, nesta dramática situação, de viver um amor escondido, tristes e cansados, do peso do silêncio e do sentido, a ténue linha da razão, loucura e sensatez, ou a fluidez do delito, o gozo e o grito, a sombra da culpa no humedecido olhar de saudades.
Que amor sobrevive sem intimidades, sem o toque, o beijo, a carícia, o sentir...
"
Revolvido silêncio no mais íntimo tesão
A flor fechada há tanto tempo
Na mais doce e secreta solidão
E um morno fogo de ausente lamento
Sem a poesia de sedução
Apenas a carícia da mão
A lembrar chama da tua boca
O quanto ávida e louca
Provoca excitação
E húmida e quente fazendo tremer
Ardente o corpo de paixão
Em labaredas de prazer
Tremulos os dedos
A provocar
Loucura de querer e a dizer
Conta-me ao ouvido mil segredos
Fogo aceso do teu olhar
E o pénis entesoado
com "vontade de foder"
E tantos os gemidos
A gritar e a ofegar
Incendiando os teus sentidos
O corpo molhado
De um cansaço bom
Nos lábios um róseo tom
Quase arroxeado
Volta e vais ver
Vais sentir
O que é suar e estremer
Se me fizeres vir
...
musa
terça-feira, 22 de outubro de 2019
NÃO SEI SE
NÃO SEI SE
Precisava ver-te
Para guardar na memória do olhar
O instante de ter-te
E talvez amar
Ou saber
Para guardar na memória do olhar
O instante de ter-te
E talvez amar
Ou saber
A matemática não ajuda a esquecer
Dividir multiplicar subtrair somar
Só aumentam o desejo de querer
O denominador comum de prazer
Tudo o que ainda há para dizer
Ou apenas murmurar
Ou sonhar
Dividir multiplicar subtrair somar
Só aumentam o desejo de querer
O denominador comum de prazer
Tudo o que ainda há para dizer
Ou apenas murmurar
Ou sonhar
Não sei se és unidade
Ou múltiplo comum
Ímpar intimidade
Ou apenas um
O único desejado
Bem amado
Ciência ou paixão
Loucura carnal
Lado a lado
Por excitação
Ousado
Sexual
...
Ou múltiplo comum
Ímpar intimidade
Ou apenas um
O único desejado
Bem amado
Ciência ou paixão
Loucura carnal
Lado a lado
Por excitação
Ousado
Sexual
...
musa
DIVINAL
DIVINAL
Só mais uma tarde
Dizias
E o corpo inteiro a ceder
Ávido de loucura e de prazer
De insanas ousadias
Em profundo querer
E antes que tarde
A corroer desassossego
A chama inteira que ainda arde
Palavras a arder de tão tardias
Na alma a temer o medo
Na boca o silêncio em segredo
Na carne braseiro de agonias
Cede o grito demorado
O gozo provocado
Lento gemer
Divinal
Secreto o tempo torpor
Em tão estranho ritual
O olhar doce e sensual
O ilícito instante do amor
Tão íntimo e carnal
E amamos de ternura e de cedência
De desejo ardente e de ciência
De tortura dolente e de cadência
Em sintonia espiritual
...
musa
Só mais uma tarde
Dizias
E o corpo inteiro a ceder
Ávido de loucura e de prazer
De insanas ousadias
Em profundo querer
E antes que tarde
A corroer desassossego
A chama inteira que ainda arde
Palavras a arder de tão tardias
Na alma a temer o medo
Na boca o silêncio em segredo
Na carne braseiro de agonias
Cede o grito demorado
O gozo provocado
Lento gemer
Divinal
Secreto o tempo torpor
Em tão estranho ritual
O olhar doce e sensual
O ilícito instante do amor
Tão íntimo e carnal
E amamos de ternura e de cedência
De desejo ardente e de ciência
De tortura dolente e de cadência
Em sintonia espiritual
...
musa
domingo, 20 de outubro de 2019
ILÍCITA LOUCURA
Como dois olhos pagãos
Em prece diante do altar
Dois círios acesos no olhar
Tomas meu corpo em tuas mãos
E tudo o resto é para esquecer
A pele em jeito de oração
A boca rosário de prazer
A língua litania excitação
Herege teu jeito devaneio
Desvela teu bem querer
A mão que segura o peito o seio
Revela em súplica sedução
Doce endoidecer
Ternura paixão nos olhos enleio
Ilícito recado
Insana tortura
Se amor ou se pecado
Rezo em doçura
A um deus desconhecido
Confesso-me perdido
E crente fiel desta loucura
Todas as preces em meu sentido
Vontade é a oração
A fé que sempre perdura
Ensina-me a rezar
A terna devoção
Como quem sabe amar
Do jeito dos amantes
E ainda que distantes
Saibamos guardar
Nossa intimidade
Paixão cumplicidade
Ilícita loucura
Provocantes
...
musa
sexta-feira, 18 de outubro de 2019
LASSITUDE
LASSITUDE
Da tarde o que resta
Lassidão de tristeza
A escuridão funesta
No umbral incerteza
E nunca foi a promessa
No infinito abandono
O luar medonho
Ou a frialdade
Única mágoa
A timidez lassitude
Intimidade
Quase fraqueza
Arrepio
A doer a inquietude
No olhar o vazio
A beleza
Ausência
Contorno sombrio
Solitário esperar
Transparência
Angústia e sentir
O húmido olhar
A ferir
Este aperto cansaço
O ausente abraço
Querer e desistir
E a paixão a resistir
Indelével traço
Do sentir
...
musa
Da tarde o que resta
Lassidão de tristeza
A escuridão funesta
No umbral incerteza
E nunca foi a promessa
No infinito abandono
O luar medonho
Ou a frialdade
Única mágoa
A timidez lassitude
Intimidade
Quase fraqueza
Arrepio
A doer a inquietude
No olhar o vazio
A beleza
Ausência
Contorno sombrio
Solitário esperar
Transparência
Angústia e sentir
O húmido olhar
A ferir
Este aperto cansaço
O ausente abraço
Querer e desistir
E a paixão a resistir
Indelével traço
Do sentir
...
musa
DUAS AVES REBELDES
DUAS AVES REBELDES
A bater asas rebeldia
Voar gozo endoidecer
Meiga vontade agonia
Súplica excitação prazer
Húmido brilho no olhar
E o súbito fogo das entranhas
Íris sedução a cintilar
Centelhas faúlhas chamas
Mãos a esvoaçar gemer
Na boca murmúrios e o desejo
Na pele louco voo de querer
Migrar rumo a um beijo
Línguas sexo em profundidade
Duas almas rebeldes voando
Céus de loucura intimidade
Abraços estremecendo suando
Orgasmos infinitos sensuais
O êxtase de voos em sentir
A vida de instantes divinais
No fugaz segredo a dividir
...
musa
terça-feira, 15 de outubro de 2019
TENHO UM VERSO DURO
TENHO UM VERSO DURO
"Tenho um verso duro para te meter..."
Sem ontem
Nem amanhã
Nem hoje
Nem a urgência de um agora
Implorando poemas de prazer
Sedenta de um sublime instante de Titã
Apenas e só a distância que demora
A ser outra vez
Vontade e querer
Sedento da loucura consumada
Ou talvez
A errância
Indefinida de silêncio inundada
"Esmagar-te de poesia, escrever a Vénus o poema mais intenso"
A doce harmonia
Que palavras nunca ousaria de versos mais profundos que o sangue a pulsar--te o desejo louco que se faz súplica no silêncio da espera
Até à eternidade de dois mundos
Fundidos num só
Ou a breve quimera
Verso ou pó
Poema ou poeira
Cumplicidade
Às vezes apetece-me morrer no teu abraço
Endoidecer no teu cansaço
Intimidade
Saudades tuas ... imensas
"E eu de te...possuir..."
De certa maneira
Em ambos o sentir
Nestas palavras intensas
Que hão de se vir
...
musa
"Tenho um verso duro para te meter..."
Sem ontem
Nem amanhã
Nem hoje
Nem a urgência de um agora
Implorando poemas de prazer
Sedenta de um sublime instante de Titã
Apenas e só a distância que demora
A ser outra vez
Vontade e querer
Sedento da loucura consumada
Ou talvez
A errância
Indefinida de silêncio inundada
"Esmagar-te de poesia, escrever a Vénus o poema mais intenso"
A doce harmonia
Que palavras nunca ousaria de versos mais profundos que o sangue a pulsar--te o desejo louco que se faz súplica no silêncio da espera
Até à eternidade de dois mundos
Fundidos num só
Ou a breve quimera
Verso ou pó
Poema ou poeira
Cumplicidade
Às vezes apetece-me morrer no teu abraço
Endoidecer no teu cansaço
Intimidade
Saudades tuas ... imensas
"E eu de te...possuir..."
De certa maneira
Em ambos o sentir
Nestas palavras intensas
Que hão de se vir
...
musa
quarta-feira, 2 de outubro de 2019
A ESTREITA CURVA DE UM ORGASMO
A ESTREITA CURVA DE UM ORGASMO
Quando acontece rápido fugaz
Apetece contorcer sem respirar
Tece o prazer que se desfaz
Teia de sentidos no olhar
Incendeia a pele fogo molhado
A mão escaldante que acompanha
Como em brasa o íntimo queimado
A chama desejo ardente e estranha
Desorientado desassossego loucura
Sufoca em gemidos estremecimento
Há na garganta um último grito de tortura
A estreita curva de um orgasmo lento
...
musa
DE TE TER
DE TE TER
Não se faz a noite de sombras divididas
De penumbra manchada pelo corpo suado
O lençol rasgado por mãos enfurecidas
Na umbra lunar do corpo cansado
Não se faz a noite de íntimo descanso
De gozo e de gemidos em pauta de silêncio
De olhos adormecidos no murmúrio manso
O caudal de riso e o grito extenso
Não se faz a noite da luz respirada
Da mão fechada que conduz loucura
A carnal madrugada iluminada
Do beijo de prazer em tormento ternura
A endoidecer sentir sem tempo ou futuro
O lento esperar sem querer
De tão frágil intimidade
O corpo provocado e o olhar seguro
O jeito maduro e a lua de vontade
Somente de te ter
Em cumplicidade
...
musa
Não se faz a noite de sombras divididas
De penumbra manchada pelo corpo suado
O lençol rasgado por mãos enfurecidas
Na umbra lunar do corpo cansado
Não se faz a noite de íntimo descanso
De gozo e de gemidos em pauta de silêncio
De olhos adormecidos no murmúrio manso
O caudal de riso e o grito extenso
Não se faz a noite da luz respirada
Da mão fechada que conduz loucura
A carnal madrugada iluminada
Do beijo de prazer em tormento ternura
A endoidecer sentir sem tempo ou futuro
O lento esperar sem querer
De tão frágil intimidade
O corpo provocado e o olhar seguro
O jeito maduro e a lua de vontade
Somente de te ter
Em cumplicidade
...
musa
domingo, 29 de setembro de 2019
QUERER SEM TEMPO
QUERER SEM TEMPO
Contigo
Não quero tempo nem futuro
Nem importam as horas a passar
No lugar discreto e seguro
De cumplicidade no olhar
Onde os corpos se castigam
Contigo os meus olhos mendigam
Momentos que se hão-de lembrar
Sem a fragrância da tristeza
Ou a doce fragilidade
Inquietos instantes de incerteza
Em horas de intimidade
Contigo apenas e somente
O vasto além do agora
Entre os teus braços docemente
O silêncio que se demora
Do beijo que se consente
Contigo tanto que é vivido
Como se uma réstia de passado
Na penumbra esquecido
Entre socalcos suado
Fosse o viver repetido
Nossa pele ainda a estremecer
De amor adormecido
Em despertado prazer
Fizesse todo o sentido
Viver cada segundo ao teu lado
Só para te querer
...
musa
Contigo
Não quero tempo nem futuro
Nem importam as horas a passar
No lugar discreto e seguro
De cumplicidade no olhar
Onde os corpos se castigam
Contigo os meus olhos mendigam
Momentos que se hão-de lembrar
Sem a fragrância da tristeza
Ou a doce fragilidade
Inquietos instantes de incerteza
Em horas de intimidade
Contigo apenas e somente
O vasto além do agora
Entre os teus braços docemente
O silêncio que se demora
Do beijo que se consente
Contigo tanto que é vivido
Como se uma réstia de passado
Na penumbra esquecido
Entre socalcos suado
Fosse o viver repetido
Nossa pele ainda a estremecer
De amor adormecido
Em despertado prazer
Fizesse todo o sentido
Viver cada segundo ao teu lado
Só para te querer
...
musa
sábado, 28 de setembro de 2019
FLOR ORGASMO
FLOR ORGASMO
Rompemos a penumbra
Pétalas pelo chão
As vestes uma a uma
A cair de excitação
Sentir manso desassossego
Mensagem gerada no olhar
Das mãos em flor o segredo
Louca vontade a desabrochar
A boca ainda em botão
Florida pele de húmido beijo
No entardecer da sedução
A haste cortada no íntimo jardim
Êxtase de divinal desejo
Do bouquet que fazes dentro de mim
...
musa
Rompemos a penumbra
Pétalas pelo chão
As vestes uma a uma
A cair de excitação
Sentir manso desassossego
Mensagem gerada no olhar
Das mãos em flor o segredo
Louca vontade a desabrochar
A boca ainda em botão
Florida pele de húmido beijo
No entardecer da sedução
A haste cortada no íntimo jardim
Êxtase de divinal desejo
Do bouquet que fazes dentro de mim
...
musa
quinta-feira, 26 de setembro de 2019
LOUCA VISÃO
LOUCA VISÃO
"A tua boca no meu pénis
O meu pénis na tua boca
Sacia essa fome louca
Saboreia, delicia-te
Com volúpia
E se eu me contorcer
Te agarrar a cabeça,
Te puxar para mim
Deixa acontecer
Me empurrar para ti
Lambe, chupa, sorve mais
Os teus lábios são a fonte
A corrente e a foz
Do teu do meu prazer."
Louca visão
Caminhos do horizonte
Ânsias divinais
Atrevida excitação
Gozo atroz
Esta vontade de se vir
E secretamente existir
Excitada
E uma torrente de magma a escorrer
Mão humedecida
Boca esfomeada
O corpo a estremecer
Húmida enfurecida
A vagina escancarada
Meiga tortura
Agora e sempre repetida
A nossa maior loucura
Apenas adormecida
Ainda não viste nada...
...
musa
"A tua boca no meu pénis
O meu pénis na tua boca
Sacia essa fome louca
Saboreia, delicia-te
Com volúpia
E se eu me contorcer
Te agarrar a cabeça,
Te puxar para mim
Deixa acontecer
Me empurrar para ti
Lambe, chupa, sorve mais
Os teus lábios são a fonte
A corrente e a foz
Do teu do meu prazer."
Louca visão
Caminhos do horizonte
Ânsias divinais
Atrevida excitação
Gozo atroz
Esta vontade de se vir
E secretamente existir
Excitada
E uma torrente de magma a escorrer
Mão humedecida
Boca esfomeada
O corpo a estremecer
Húmida enfurecida
A vagina escancarada
Meiga tortura
Agora e sempre repetida
A nossa maior loucura
Apenas adormecida
Ainda não viste nada...
...
musa
ENDOIDECER CONTIGO
ENDOIDECER CONTIGO
Rendição
Loucas as horas a rodopiar
Batem minutos pela tua mão
Esfregam, e esgaçam sem parar
Longos segundos de excitação
No molhado olhar
Da boca a salivar
Desassossego
Loucas as horas a rodopiar
Batem minutos pela tua mão
Esfregam, e esgaçam sem parar
Longos segundos de excitação
No molhado olhar
Da boca a salivar
Desassossego
E o tempo insano e cego
Parece parar
Na espera do êxtase divinal
O minuto transcendental
Orgasmo de prazer
Auge sentimental
Por querer
Contigo endoidecer
Parece parar
Na espera do êxtase divinal
O minuto transcendental
Orgasmo de prazer
Auge sentimental
Por querer
Contigo endoidecer
Vontade intemporal
Prelúdio silêncio tesão
Do amor por fazer
Versos de sedução
Liturgia ensandecida
No altar da vida
Oração por escrever
O corpo o cálice a transbordar
Na hora em que bebes de mim
O mundo fica assim
Parado no teu olhar
Relógio sem corda
Quando da boca transborda
Sémen desejo
Num único beijo
...
Prelúdio silêncio tesão
Do amor por fazer
Versos de sedução
Liturgia ensandecida
No altar da vida
Oração por escrever
O corpo o cálice a transbordar
Na hora em que bebes de mim
O mundo fica assim
Parado no teu olhar
Relógio sem corda
Quando da boca transborda
Sémen desejo
Num único beijo
...
musa
ÍNTIMO MADRIGAL
ÍNTIMO MADRIGAL
"Madrugada
Desperta o dia
E o desejo urgente de te ter
Possuir-te ardentemente
Antes do sol nascer.
O meu corpo deitado sobre o teu
Quente tenso ardente
Vimo-nos loucamente
Antes da noite morrer."
Há em mim
Ainda
A voz dos versos por florir
Madrugadas de peito aberto
E esta ânsia sem fim
O desejo louco de te sentir
Pernas escancaradas
Diante do lugar secreto
Onde teu olhar
Se afunda adentro assim
Teu rosto tão perto
Que ouso tocar...
E as nossas mãos enlaçadas...
A lembrança a divagar
Íntimo madrigal
Tão de veias incendiadas
Tão carnal
Palavras provocadas
Em íntimas madrugadas
De poesia divinal
"Agora
A esta hora
É hora do operário ir trabalhar
Quando podes?
Onde te posso encontrar?
No teu leito desfeito,
Ou no meu
Em que secreto lugar?"
E os laços soltos e desfeitos
A pele a ofegar o suor dos nossos peitos
E ainda
O vigor do fogo aceso e a vibrar
Em chamas o teu olhar
Tanta espera no teu desejo
Mansidão o teu cansaço
O último grito um beijo
Gravado na memória de um abraço...
E o lençol a cobrir
Cada gemido
Cada batida
Cada rubor
E o êxtase de se vir
Tarda em nós o doce sentido
O doce torpor
A alma despida
Nos braços do amor
E o tempo a encobrir
De húmida névoa lívida
Versos que ambos sabemos de cor
Versos que tanto nos fazem sentir
Poemas da vida
...
musa
"Madrugada
Desperta o dia
E o desejo urgente de te ter
Possuir-te ardentemente
Antes do sol nascer.
O meu corpo deitado sobre o teu
Quente tenso ardente
Vimo-nos loucamente
Antes da noite morrer."
Há em mim
Ainda
A voz dos versos por florir
Madrugadas de peito aberto
E esta ânsia sem fim
O desejo louco de te sentir
Pernas escancaradas
Diante do lugar secreto
Onde teu olhar
Se afunda adentro assim
Teu rosto tão perto
Que ouso tocar...
E as nossas mãos enlaçadas...
A lembrança a divagar
Íntimo madrigal
Tão de veias incendiadas
Tão carnal
Palavras provocadas
Em íntimas madrugadas
De poesia divinal
"Agora
A esta hora
É hora do operário ir trabalhar
Quando podes?
Onde te posso encontrar?
No teu leito desfeito,
Ou no meu
Em que secreto lugar?"
E os laços soltos e desfeitos
A pele a ofegar o suor dos nossos peitos
E ainda
O vigor do fogo aceso e a vibrar
Em chamas o teu olhar
Tanta espera no teu desejo
Mansidão o teu cansaço
O último grito um beijo
Gravado na memória de um abraço...
E o lençol a cobrir
Cada gemido
Cada batida
Cada rubor
E o êxtase de se vir
Tarda em nós o doce sentido
O doce torpor
A alma despida
Nos braços do amor
E o tempo a encobrir
De húmida névoa lívida
Versos que ambos sabemos de cor
Versos que tanto nos fazem sentir
Poemas da vida
...
musa
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
DÍVIDA
DÍVIDA
Como dois amantes
Ensandecidos
Rasgam as roupas no silêncio penumbral
Dos olhos húmidos de espera
E os dois despidos
Como a flor que desespera
O tempo em botão
De murmurantes gemidos
Doida devoção
Na intimidade carnal
Sem pudor
Divinal
Gozo e sentidos
Provocação
Fazem o amor
Na escuridão
Umbral Dócil agonia
Dívida tesão
Dois versos perdidos
Dual excitação
Na poesia
Sensual
...
musa
QUASE LOUCURA
QUASE LOUCURA
"Alma serva
Do fremente apelo primitivo
Corpo escravo
Da louca compulsão cupida,
Aceitas a entrega simultânea e cega
Aceitas a aceitação pura
Angelical, animalesca
O fim da procura
A ausência do medo e da razão
Num lugar secreto
Numa tarde sem tempo nem futuro?"
Para te ter
Quase loucura
O tempo de silêncio
E o teu olhar a reescrever
Sem palavras o prazer
Verbo íntimo querer
Em secreta aceitação
A louca compulsão
De vontade sentir
O mundo no teu olhar
De novo ... e ainda
Retornar... vir...
...
musa
"Alma serva
Do fremente apelo primitivo
Corpo escravo
Da louca compulsão cupida,
Aceitas a entrega simultânea e cega
Aceitas a aceitação pura
Angelical, animalesca
O fim da procura
A ausência do medo e da razão
Num lugar secreto
Numa tarde sem tempo nem futuro?"
Para te ter
Quase loucura
O tempo de silêncio
E o teu olhar a reescrever
Sem palavras o prazer
Verbo íntimo querer
Em secreta aceitação
A louca compulsão
De vontade sentir
O mundo no teu olhar
De novo ... e ainda
Retornar... vir...
...
musa
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