GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

quarta-feira, 31 de março de 2010

BOCA AMANTE

e puro prazer animal?


ser fêmea.... com cio...


imagino-te, encontrar-te num imprevisto... ter-te por trás de pernas bem abertas... puro cio


abriste esse cio agora... como um rio de curso imprevisivel...


usa a mão como se fosse a minha mão, molhada a esfregar o peito, volta a encher a mão, molha os dedos, explora o rabo... abre-te, usa-te com pura luxuria... eu faria isso, mas acrescentava o membro, bem teso, entesado na tua garganta


pensarei em ti esta noite...


farei um filme, a uma mão mas em ti...


a preto e branco... apenas os meus lábios de um vermelho rosado vivo humido....


ficaram umas ligeiras gotas brancas nos teus lábios vermelhos... o resto não sei, apenas tu me poderás dizer...



gotejava um fio pérola
resplandecente opacidade
escorria néctar adoçicado
nos lábios virtualidade
entrega de teu falo
abocanhado

o filme a preto e branco
apenas os meus lábios
tombando de fino manto
de um vermelho rosado
suave vivo humedecido
boca de carmim pintado
num beijo doce sentido

... ficaram umas ligeiras gotas brancas
nos teus lábios vermelhos
que aí deixadas às tantas
são pátina de velhos espelhos
e o resto não sei...
apenas tu... me poderás dizer
se é justo se é de lei
o que desejamos fazer...
...
musa

não são desejos profundos, são desejos de profundidade... de nectares escorridos pela garganta ou talvez espalhados por outros recantos...

profundidade gutural
brotas sémen desmedido
desejo descomunal
assim te deixas rendido

cobiças boca liberta
macia inerte esmalte
desejo que não te falte
nessa sedução secreta

nectares escorridos
na garganta funda
deixam humedecidos
a pele que se inunda
de doces leites vertidos

espalhados talvez
em recantos profanos
pedindo outra vez
teus pecados insanos

gula assim prevertida
em excitação ardente
nessa boca sentida
pedes beijo docemente
...
musa

2 comentários:

silvioafonso disse...

.

E você me diz, poeta! E eu jazo
envergonhado. Poeta não sorri de
noite, não dorme perante o dia e
não se diz apaixonado por mulher
que não seja santa. Poeta se cala,
nada ouve, sonha. Não trabalha,
se tem emprego, não estuda se tem
escola. Poeta não é dobrado, é
sonata. Não é verso e se for, não
tem rima. Não é homem ou mulher,
não é menino ou menina.
Poeta é todos os contos ou não é
coisa alguma, pois seus amores não
têm nome, se os vê, não sente sede,
mas se não vê, não sente fome.
Palhaço Poeta ou Maluco
Palhaço é o meu cognome


silvioafonso












.

A. Pedro Ribeiro disse...

god or the devil bless you.