Confesso o banho do pensamento
O verso escrito na água morna
A pele aroma emolumento
Corpo banhado na dorna
Espuma gratificação
Prazer vivificado
Poesia paixão
Meu pecado
Poema
A água perfumada alfazema
Velas a arder baunilhadas
No fundo da tina sal-gema
Rimas d’água purificadas
Que delicia poetar
Num banho de espuma
Na morna água escrevinhar
Rimas uma a uma
Até ao verso feito
O poema sentido
Nesse banho eleito
Meu doce abrigo
Descanso perfeito
Cansaço vencido
Medo desfeito
Gozar desse jeito
O poema molhado
Palavras humedecidas
Orgasmo provocado
Nas águas aquecidas
E voltar a escrever
Com a pena solta
O tanto desse prazer
Que morna água traz de volta
Na banheira de espuma
Escrevo meus sentidos
Uma vela perfuma
Pensamentos tidos
Poesia humedecida
Um chá de jasmim
Uma mão consentida
Rima de versos em mim
Louca fantasia
Doce poesia
…
musa
1 comentário:
Leitura de alto bom gosto. bjs.
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