Preencher esse vazio de desejo satisfeito ao sentir do gozo da poesia…
Desprender-se da pele gozo carícias de sol com cio de mar
Há sal e fogo arrebatando sentidos em tesão de maresia sobre areal de desejo
Formas feitios estátuas de salitre e chumbo oxidadas de fluidos corporais
Vontades esgrimidas sobre peles vibrantes em lâminas vivas de punhais
Adagas túrgidas em punho levantado verso húmido em olhar sedutor
Provocado sentido salgado sémen saliva suor doce cratera e mastro
Cristas vagas dedos expelindo fogo táctil de lúmen aceso verso lastro
Espuma vagas lambidas de língua pericial
Antecipação do teu querer fazer-me amor
E todo o teu sentir deitado nesse areal
Como se eu e toda eu corpo e alma fosse o teu universo
Amor e poesia
Poema fantasia
Querer declamado em verso
Das tuas palavras cito:
“Deito-me nesse areal, acomodo as formas da tua areia ao meu corpo, com a mão abro-te e aconchego o meu tesão na clareira do sentir que me ofereces…”
Sou mar onde afogas membro com vagas de abundância longas alteradas e quentes
Vagas de ânsia madura de alvura branda e doce
Que fosse tal a tua vontade onde me sentes
Que te afundarias mais e mais
Escorrendo de mim húmidos afluentes
Saindo dos lábios a escorrer
Ondas ritmadas de prazer
Nas tuas mãos deixo-me incandescer
No brilho aceso de outros punhais
Fogo lava carvão em lume
Em profundidade sedução
Corte salgado fenda gume
Mergulho nas tuas águas mortais
Onde apago incansável tesão
Morro desses teus sentidos imorais
Toque dos teus dedos da tua mão
Doces segredos duma paixão
…
musa
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