Contratada
a dias
Horas
soltas em calendário de vontades
Chegas
com as mãos frias
E o
inventario de sentidos por fazer
Em
intimidade e fantasia
A secreta
harmonia
Contra
todas as realidades
Fazes me
sentir uma boneca de prazer
Daquelas
insufláveis e macias
Rosto
eternizado na juventude
Lábios
vermelhos de um florido botão
Inimagináveis
desejos em tanta virtude
Oferecidos
beijos de excitação
A morrer
por te querer
Um só
corte e sangrarei as palavras em jorros de flor
O peito
aberto em livros de sedução
De fácil
manuseio e instruções de amor
O tempo
de usar todos os verbos do sentir
Todos os
gestos em maleável amar
Desse
instante contratado na agenda do existir
Chegas no
papel de amante, desejado e terno, para ficar
Nos
braços da amada até te cansar
Num suor
jardim de caricias e sussurros de silencio a ofegar
Em
devaneios sem fim de polietileno pronto a florir
Servem-te
duas coxas escancaradas e aromas de silabas de cetim
A nudez
sem meias para arrancar
E a
lingerie inexistente
As mãos
cansadas vibram o gozo perfeito
Imaginam
versos em mim
Escorre o
poema contundente
Abre se o
amor no peito
Esvazia
se a literatura quente
Na pele
das palavras uma lagrima sente
Ejacula a
loucura o grito imperfeito
Poesia de
plastico de mágoas consente
Um último
acto com defeito
Mais
turva a dor
Pranto do
desamor
São assim
os dias que não me vens ver
A suave
amargura de endoidecer
O poético
esplendor
Do prazer
...
musa
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